sábado, março 16, 2024

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)


"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE"

Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. Um fantástico trabalho que António Roxo publicou durante anos no jornal "Notícias da Beira". Que nos anos sessenta, a "Revista Estudos de Castelo Branco", publicou.
(Continuação)
(Continua)
O ALBICASTRENSE

quarta-feira, março 13, 2024

ZONA HISTÓRICA - RUA DE SANTA MARIA

AQUI MORAVA GENTE, TANTA GENTE SEM CASA!!!
😖 😕 😔 😓 😒 😑
A rua de Santa Maria que foi em tempos uma das mais populosas da terra albicastrense, padece à muitos e muitos anos da falta de amor. Passar pela rua, entristece-nos a alma e destroça-nos o coração.

Dói, sentir a falta de crianças a correr e a brincar na rua.
Dói, não ver o Ti Manel, o Ti João,  a Ti Maria e a Ti Rosa à janela, em amena cavaqueira.
Dói, pensar que nela nasceram e viveram e morreram milhares e milhares de albicastrenses do passado. 
 Dói, ver o desinteresse de quem comanda a terra albicastrense, depois de ter prometido 250 novas famílias para a nossa zona histórica.

Depois admiram-se, que as pessoas fartas de tantas promessas feitas mas raramente cumpridas, se voltem para quem lhes promete o céu na terra.
 O ALBICASTRENSE

sábado, março 09, 2024

MEMÓRIAS DO BLOGUE - LEMBRANÇAS PARA A HISTÓRIA DO BISPADO - (ÚLTIMO)

MEMÓRIAS DO BLOGUE 

    "DEZ ANOS DEPOIS"

LEMBRANÇAS....

Para a história do Bispado de Castelo Branco”
 
(Continuação)
Também o acusa de menos patriota, ao congratular-se pela nomeação de Ferry, “por sua prudência e probidade”, e tão-pouco o absolve da pastoral, em que aconselha facilidades aos intrusos, “vindos não como conquistadores, mas sim como amigos e como aliados para proteger-nos”.
Ipsi verbis, eram os termos de proclamação de Junot ao povo português, divulgada inicialmente em castelo branco. Mais tarde, quando a desgraça d,el-rei Junot se torna evidente, constitui-se então uma Junta de Salvação, sob a presidência do prelado, com o vigário geral, o provisor do bispado e as autoridades judicias, juiz de fora, provedor e corregedor, D. Vicente Ferrer não teria sido, então extemporaneamente, um bispo da resistência depreende-se dos juízos de Roxo, indubitavelmente, excessivos, visto que a tropa de Junot não deparou com resistência alguma digna deste nome, quer à sua chegada quer mesmo na capital. Deve salientar-se o seu meticuloso zelo e porfiado espírito disciplinador, junto do clero diocesano.
Sendo vigário encomendado da Colegiada de Santa Maria do Castelo o padre João Ruiz, na sua visitação de 27-XI-1785, o prelado lamenta encontrar a igreja:
Em estado que alem de indecente não admite reparo algum; qualquer que se pretenda e execute será innutil, menos que ella se reedifique: não tem sacrystia, o corpo ameassa total ruína, de sorte que em breve nos veremos reduzidos a fazer remover para outro lugar o tabernáculo do Santíssimo Sacramento”.
Não podemos dessimular o que esta Igreja he pouco, ou quazi nada frequentada, o Monte em que está situada, sendo a situaçaõ da antiga Cidade se vê hoje sem habitantes a povoação pelo sossecaõ dos tempos se tem estendido no Campo e que hoje he sobrranceiro o dito Monte e vindo por esta cauza a ser iancessivel aos moradores da Cidade he tambem hum lugar dezerto. Considerando pois na referida situaçaõ da Igreja, e no estado em que se acha, naõ Nos lembramos de outro provimento mais, senaõ de recomendar ao Reverendo Vigário que requeira a S. Magestade com este Cap. a providencia necessária e que demanda a mesma Igreja; o que lhe ordenamos fassa em breve, aliás estranharemos como Nos parecer qualquer negligencia que acharemos a este respeito”.
Com grande magoa e perturbação do Nosso Espírito somos informados que os beneficiados naõ rézaõ no coro. Tertia, Sexta e Noa e que naõ assistem á Missa Conventual, que todos os dias se deve dizer á hora de Terdia como lhes ordenado na erecçaõ e instituiçaõ dos Beneficios, feita por ElRey Dom Manuel, e pelo regimento do Coro disposto por El Rey D. Joaõ 3º de saudoza memoria...
A transcrição tem o mérito de revelar um dos típicos documentos de D. Vicente, com o informe curioso de abandono da população da parte alta da cidade, em torno do castelo, já então verificado.
As visitações sucedem-se com inalterável regularidade, a esta e outras igrejas, até à última provisão de 10-VII- 1814, mas não cabe nos limites desta obra a sua análise.
Faleceu a 24-VIII desse mesmo ano, e jaz no adro da Sé, junto ao balcão as sacristia (1).
(1) Sobre a sepultura de D. Vicente Ferrer publicou o Dr. Luís Pinto Garcia um opúsculo com o titulo: “Lápide Sepulcral Biface”, em que analisa e comenta com erudição o estranho caso de se encontrar no reverso da pesada e comprida pedra granítica que serve de tampa funerária, outra legenda fúnebre, de D. Joana de Meneses, esposa de D. Brás Baltazar da Silveira, governador das armas desta província e provedor da Misericórdia de Castelo Branco em 1721, editado em 1945. (Irei aqui publicar brevemente, este pequeno e interessante livro).
Texto retirado do livro: Estudantes da Universidade de Coimbra Naturais de Castelo Branco de: Francisco Morais e José Lopes Dias
Final
O ALBICASTRENSE

terça-feira, março 05, 2024

ZONA HISTÓRICA - UM PORTADO MALTRATADO.

RUA DO ARRESSÁRIO 

😖  😪  😫  😬

A TRISTEZA MORA NA NOSSA ZONA HISTÓRICA


Pobre zona histórica que tão abandonada estás! 
Em vez de se recuperarem as casas existentes, resolvem tapar as portas com  tijolos....  
É esta a recuperação prometida por quem comanda atualmente, a terra albicastrense?  
                                     
  O ALBICASTRENSE

sexta-feira, março 01, 2024

MEMÓRIAS DO BLOGUE - LEMBRANÇAS PARA A HISTÓRIA DO BISPADO - (VIII)


DEZ ANOS DEPOIS

LEMBRANÇA...

Para a história do Bispado de Castelo Branco


(Continuação)
O segundo bispo, D. Vicente Ferrer da Rocha, também da Ordem dos Pregadores, nasceu em Lisboa a 5-IV-1736, sendo eleito a 21-VII-1782, confirmado a 16-XII do mesmo ano e sagrado no Convento da Trindade, da capital, a 24-II do ano seguinte.
Demorou em Castelo Branco mais de trinta anos, deixando assegurada a sua actividade em consideráveis melhoramentos. Muito lhe ficou devendo o Paço Episcopal e a Sé, de sorte a tornar-se conhecido pelo Bispo-artista.
Nas obras do prelado anda estreitamente confundida a esfumada lembrança de um humilde, mas notável colaborador, frei Daniel, professor dominicano, imaginário e autor dos alçados de sacristia e da capela-mor da Sé, talvez do chafariz da Mina, digno de merecer as honras de algum investigador, com argucia e lazeres para trazer à homenagem publica um apreciável obreiro das nossas jóias de arte e arquitectura locais.
Pouco sabemos dos dados biográficos, apenas que D. Vicente lhe dava plenos poderes para imaginar e prosseguir as obras do bispado. Faleceu a 8-X-1806, e ficou sepultado no adro da Sé, à porta da sacristia, obra de sua própria concepção e risco, junto do prelado e amigo.
D. Vicente Ferrer, como se disse, foi testemunha e comparsa de alguns episódios da primeira invasão napoleónica, e acolheu Junot no Paço Episcopal.
Perante o general em chefe e o governador militar da cidade, Peyre Ferry, em tal emergência aponta-o Roxo como sendo extremamente sensível à lisonja e brindando Ferry com a quantia, ao tempo, importante, de duzentos mil reis, em resposta a uma carta de requintada amabilidade gaulesa.
Mas conta, do mesmo passo, como as justiças da cidade e as câmaras da comarca ordenavam colectas e fintas – imagine-se com que vontade! - para o mesmo destino...
(Continua)
Texto retirado do livro: Estudantes da Universidade de Coimbra Naturais de Castelo Branco de:
 Francisco Morais e José Lopes Dias
O Albicastrense

terça-feira, fevereiro 27, 2024

FUNERAL DE FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR

JORNAL «O BEIRÃO»

Relato do funeral de Francisco Tavares Proença, na imprensa da nossa cidade.

 
                                                                      
   O ALBICASTRENSE
 

domingo, fevereiro 25, 2024

MEMÓRIAS DO BLOGUE - LEMBRANÇAS PARA A HISTÓRIA DO BISPADO - (VII)


MEMÓRIAS DO BLOGUE

"DEZ ANOS DEPOIS"

LEMBRANÇA

Para a história do Bispado de Castelo Branco


(Continuação)
Estremecem de indignação e de impotência da época. Provavelmente de Alcântara, debalde Junot proclama aos portugueses e, em primeiro lugar, a esta cidade (20 de Novembro de 1807), os falsos propósitos de nos “salvar da dominação inglesa”, de manter a disciplina e o bom comportamento da suas tropas, sob a pena das leis e conselhos de guerra; debalte, seria acolhido com Delabord, Loison, o governador Peyre Ferry e outros chefes gauleses à mesa do prelado, no magnifico Paço, concorrendo a cidade no bom gasalhado aos intrusos, em boletos, requisições e facilidades de varias ordem.
Sofriam-se ultrajes na honra e na fazenda, e assim sucederia em outras terras beiroas, Sarzedas, Covilhã, Alpedrinha e Tinalhas, até que, decorridos tempos, contra a saque, o morticínio e o incêndio, os primeiros gritos de explosão patriótica levantassem a resistência e a insurreição por toda a parte.
Por ali passou o Conde de Aranda, comandante do exercito franco-espanhol na Campanha de 1762, o infante espanhol D. Carlos, em 1833, e bem merecia evocar-se o que de curioso, trágico ou burlesco, presenciou o histórico cenário. Mas após o ultimo bispo de Castelo Branco, foi-se de deteriorando e delapidando o recheio do Paço, até 1835, em que passou a outras funções. 
Ali se hospedou Saldanha em 1846, que por medida de segurança mandou recolher a baixela a Tomar, restituída no ano seguinte e conservada em deposito particular, até 1854, em que se verificou ter o peso de 28864,9 oitavas de prata. Tudo foi entristecendo e envelhecendo naquela casa, até à instalação do liceu em 1911 e após ter decaído em funções mesquinhas....
(Continua)
Texto retirado do livro: Estudantes da Universidade de Coimbra Naturais de Castelo Branco de: Francisco Morais e José Lopes Dias

O ALBICASTRENSE

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...