quarta-feira, abril 26, 2006

Bairro do Castelo

BAIRRO DO CASTELO
CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE

Escrevi aqui á algum tempo a situação catastrófica em que se encontrava o bairro do castelo, com casas a ruir por todos os lados e ruas em péssimo estado, enfim sem quaisquer condições para ali se viver condignamente. Podia até dizer-se que o referido bairro não era o centro histórico da cidade de Castelo Branco, mas antes um local totalmente esquecido por alguns responsáveis políticos da nossa cidade, ao longo dos tempos.
Voltei ao referido bairro na quinta-feira passada, dia 20 de Abril, com o objectivo de ali tirar algumas fotografias, e fui surpreendido pelas obras que por ali arrancaram em grande escala. O que tive oportunidade de ver deixou-me feliz, mas também revoltado. Se por um lado a Câmara albicastrense faz um esforço gigantesco na recuperação das ruas do bairro, na construção de um parque infantil (Foto-0) situado no meio da rua D’ega, na construção de um anfiteatro ao ar livre, de um parque de estacionamento subterrâneo nas traseiras do arquivo distrital, era importante que com a abertura do referido parque de estacionamento, se consiga tirar das ruas do castelo a maioria dos carros ali estacionados.

Constatei igualmente a recuperação de algumas casas, (Foto-1) com apoio do projecto “Porta Aberta”, (que belo projecto este! só lamento o número tão reduzido de casas recuperadas), sendo este sem dúvida o grande problema do bairro do castelo.
Vi ruas (Foto-1) onde praticamente não existe uma única casa com condições de serem habitadas. Vi casas, sem telhados (Foto-4) e com paredes a cair. Se fosse poeta, até poderia dizer, vi um bairro deserto de pessoas.

A questão a colocar aqui é a seguinte: como foi possível deixar chegar o bairro do Castelo a situação a que chegou?
Serão os proprietários das casas do castelo todos pobres e sem recursos para as reconstruir?
Não poderiam os responsáveis pela Câmara Municipal de Castelo Branco nos últimos 20 anos, serem responsabilizados pelo crime de abandono da zona histórica da Cidade
Não é fácil a resolução deste grave problema, porém o actual presidente da Câmara Municipal já deu provas de que quando quer consegue. O desafio aqui fica. Quero ainda aqui referir o bom trabalho que está a ser feito pelo comércio tradicional, na Rua de Santa Maria com a recuperação de algumas casas para pequenos estabelecimentos comerciais.

O Albicastrense

sábado, abril 22, 2006

TIRAS HUMORÍSTICAS II

Recentemente perguntaram-me quando é que as tiras humorísticas que apresentei aqui seriam actualizadas. O que acontece é que a tira que aqui coloquei era apenas uma forma de publicitar o blog, no qual elas são actualizadas todos os sábados. Para as visitarem têm de aceder ao blog:

quinta-feira, abril 20, 2006

Casas da minha Cidade - III




CASAS DA MINHA CIDADE – III

Não sendo a cidade de Castelo Branco rica em edifícios de interesse arquitectónico, é com tristeza que assisto ao estado de degradação dos poucos que existem na nossa cidade.
Aqui está mais um caso que considero grave, e de total irresponsabilidade por parte do respectivo proprietário. Ao fim da rua João Carlos Abrunhosa (Antiga rua da Ferradura) e fazendo esquina com a rua S. Jorge, existe o edifício que aqui vos mostro através destas fotografias:
A casa em questão poderá ter sido construída pelo comerciante António Sá Rodrigues para sua residência e estabelecimento comercial no início do Século XX (?) Não sei o seu valor arquitectónico, porém, olhando para as barbaridades cometidas por alguns, que felizmente já não estão no poleiro, a referida casa bem merecia outra sorte.
A questão que aqui coloco e que gostaria de ver respondida pelos responsáveis da nossa cidade é necessariamente a seguinte:

Como obrigar o respectivo senhorio a recuperar estas casas!

Qual o papel da autarquia albicastrense na resolução destes e outros casos?

São perguntas que aqui ficam para quem quiser responder, no entanto como albicastrense que sou gostaria de dizer o seguinte:
Será possível pensar e olhar o futuro de Castelo Branco, deixando o passado da nossa terra mergulhado num monte de ruínas? Será possível pensarmos numa cidade nova e moderna, sem um passado presente?

O Albicastrense

segunda-feira, abril 10, 2006

O BENFICA DE CASTELO BRANCO: UMA INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA


O SPORT BENFICA E CASTELO BRANCO VAI A VOTOS

Não sou sócio do Sport Benfica e Castelo Branco, porém tal motivo não me impede de aqui colocar algumas questões a todos os albicastrenses, sócios ou não do clube mais representativo da nossa cidade.
Tenho acompanhado pelos jornais da terra as dificuldades do clube na substituição dos actuais corpos gerentes, e como Albicastrense que sou, o assunto não me pode passar ao lado. Gostaria por isso de colocar neste blog o assunto em discussão, e apelar a todos os sócios para a sua participação na próxima assembleia do clube, dia 18 do corrente mês, pois só eles podem neste momento ser o elo de salvação do clube.
Gostaria ainda de apelar e lembrar a algumas grandes empresas sedeadas na nossa cidade, que o desporto também faz parte da vida dos albicastrenses e da própria cidade, e de que não basta instalarem-se na cidade, ganhar o seu dinheiro e depois fazerem o papel da avestruz que esconde a cabecinha deixando o rabinho de fora, dizendo que nada tem a ver com o assunto.

Meus amigos: independentemente da cor clubista de cada um, proponho uma discussão sobre o assunto que é de todos nós, uma discussão livre e séria pois o Benfica de Castelo Branco é uma instituição de utilidade Publica merecendo portanto todo o respeito do mundo.

Um abraço para o "castra leuca" do Albicastrense.



domingo, abril 09, 2006

A Certificaçao do Bordado de Castelo Branco

A certificação do bordado de Castelo Branco tem sido motivo de notícia nos jornais da nossa cidade nos últimos tempos. A ideia do certificado não é nova, pois a mesma já se arrasta á alguns anos, porém a ideia que me fica depois de ver na RTP uma reportagem sobre o assunto, e ler nos jornais locais as notícias sobre esta iniciativa é de que todos os problemas dos bordados de Castelo Branco serão resolvidos com o tão proclamado certificado. Como não acredito em certificados milagrosos, das duas uma: ou eu estou cego e ainda não vi a importância de tal certificado; ou então a história está a passar-me completamente ao lado. Vamos por partes, se for uma questão de cegueira da minha parte o problema resolve-se facilmente com uma visita ao oftalmologista, porém se a história me estiver a passar ao lado gostaria de aqui colocar algumas questões aos responsáveis por todo o trabalho realizado até ao momento e poder compreender o que se está a passar. 
Primeira questão:
1- Como devem saber em 1976, graças aos esforços do então director Dr. António Forte Salvado e de outras pessoas que ali trabalhavam, foi criada no Museu Tavares Proença a Oficina – Escola de bordados de Castelo Branco, cujo os objectivos eram, (e penso que continuam a ser), a produção, conservação, restauro e divulgação dos bordados, competindo ainda ao Museu o estudo e aperfeiçoamento das técnicas e da arte dos bordados.
2- A referida oficina-escola de bordados tinha quando da sua fundação em 1976, 22 ou 23 bordadoras. Hoje por motivo de reforma da maioria das bordadeiras, e de estupidez politica de alguns, o número está reduzido a cinco, tendo quatro delas mais de cinquenta anos, e uma mais de quarenta.
A primeira pergunta a fazer no seguimento do que atrás foi dito é necessariamente a seguinte.
Como é que a certificação do bordado de Castelo Branco o vai proteger? Quando a única entidade que o faz com credibilidade, a oficina-escola de bordados do Museu Tavares Proença Júnior deste 1976, está neste momento numa situação de morte anunciada?
Segunda questão:
Como devem saber a aprendizagem e formação das bordadoras não é tarefa fácil, recentemente ouvi na televisão uma das bordadoras do Museu afirmar.”Que trinta anos após ter começado a bordar ainda hoje está a aprender”.
1- Sabiam que neste momento estão a decorrer em Castelo Branco vários cursos de bordados de Castelo Branco, (um e decorrer na Junta da Freguesia, outro na associação do Valongo, estando ainda a decorrer um terceiro na sala da Nora do Cine–Teatro), podendo ainda existir mais algum que eu desconheço? Sabem qual é a media de idades das senhoras que frequentam esses cursos? Cerca de cinquenta anos de idade! Serão estas senhoras as futuras bordadeiras da oficina – escola do Museu?
A segunda pergunta como não podia deixar de ser, é necessariamente a seguinte.
a) Como é que o certificado vai proteger o bordado, quando a única entidade que teria credibilidade para fazer formação com qualidade (o Museu Francisco Tavares Proença) está completamente fora da formação feita no sector? Como vamos sensibilizar as jovens da nossa cidade e frequentarem cursos de qualidade de bordados, de Castelo Branco, quando as entidades que os fazem actualmente não estão minimamente vocacionadas para esse fim? Muito mais poderia ser dito sobre o assunto, porém gostaria de terminar por hoje dizendo o seguinte: a continuidade e defesa dos bordados da nossa terra terá que passar sempre pela Oficina -Escola de Bordados do Museu Francisco Tavares Proença, e quem pensar que a certificação do bordado, e uns pôs de perlimpimpins, e mais algum investimento privado são a solução do problema está completamente fora da realidade.
O Albicastrense

segunda-feira, abril 03, 2006

TIRAS HUMORISTICAS


Esta pagina tem a partir de 23 de Março a ligação para um blog com o título de “Heróis do Quotidiano”, que recomendo vivamente. A mesma relata situações humorísticas sobre acontecimentos locais, semanalmente. A referida pagina terá todas os sabados uma nova tira. A visitar.

O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...