quarta-feira, janeiro 25, 2012

CHAFARIZ DE S. MARCOS

AS NOSSAS TRISTEZAS
Já aqui falei por variadas vezes, da triste situação em que se encontra o Chafariz de S. Marcos.
Volto a este tema porque ao passar por ali hoje, fiquei indignado e revoltado com o que pude observar no local.
Revolta que pode ser observada através das imagens captados por mim no local e aqui postadas. Não vou aqui fazer muitos comentários, sobre a desgraçada condição em que o infeliz chafariz se encontra, contudo, como albicastrense que ama a sua terra e muito se preocupa com o pouco património que ainda não foi abaixo, não posso deixar de interrogar os meus velhos neurónios do seguinte.
- Então o homem que comanda a autarquia albicastrense, vai gastar uma verdadeira pipa de massa na construção de várias infraestruturas (que diz irem transformar a cidade), e depois deixa este velhinho chafariz, chegar ao ponto em que ele se encontra?
- Ou será, que para se ter a tal cidade moderna e virada para o futuro, é necessário deixar morrer o passado?
Perante este abandono e imitando aqueles que resolveram ir a Belém levar umas moedinhas ao nosso presidente, para ele poder superar as muitas dificuldades que atravessa, este albicastrense atreve-se a pedir aos albicastrenses que ainda amem a sua terra, para quando passarem pelo infeliz chafariz, deitarem uma moedinha no respectivo tanque e pedir ao patrono que lhe deu o nome, que o proteja. Pois se assim não for, um dia deste ainda nasce por ali um parque de estacionamento subterrâneo, e lá se vai o velhinho Chafariz de S. Marcos. Aos responsáveis pela autarquia albicastrense, este albicastrense só pode mesmo dizer:  "a atual situação do Chafariz de S. Marcos, é uma verdadeira afronta a todos os albicastrenses vivos e um ultraje à memória dos nossos antepassados".
O Albicastrense

sábado, janeiro 21, 2012

CRÓNICAS DO QUINTAL DOS MARRECOS - III


A FALTA DE MASSAROCA
No quintal dos marrecos, os acontecimentos mirabolantes sucedem-se a uma velocidade de tal ordem, que o que hoje é novidade, está no dia seguinte completamente ultrapassado por outro ainda mais espalhafatoso.
O Chefe-Mor do quintal dos marrecos, veio a público informar os marrecos povão, que as coisas estão a ficar muito mausinhas para ele, pois a marreca companheira, recebe uma “miséria” de massarocas mensais e tem que ser ele, com a sua fraca ração de massarocas, a ajudá-la no dia a dia, pois se assim não fosse um dia destes, ela ainda acabava no quintal destinado aos marrecos sem massarocas para sobreviverem.
Disse ainda o Chefe-Mor: “que já teve que ir ao baú das massarocas poupadas, buscar algumas massarocas extras, para fazer face às muitas dificuldades do dia a dia”, avançando de imediato: “que se não fosse o facto de ele e a sua marreca companheira, serem um casal marrécal poupadinho, hoje estariam sem massarocas”.
O espanto do povão marrécal, foi geral! De imediato se levantaram os “quá-quá” da indignação perante tais afirmações.
O líder dos marrecos desfavorecidos, comunicou ao povão marrécal, que o Chefe-Mor estava a “insultar” os marrecos povão, pois muitos deles têm apenas 200 massarocas por mês, para poderem subsistir.
Ex. pretendentes à presidência do quintal marrécal, dizem-se dispostos a ocupar o lugar do Chefe-Mor, caso ele queira dar o fora, não exigindo mais massarocas para ocupar o respetivo cargo.
Os restantes lideres marrécais, parecem ter ficado sem “quá-quá”. Perante tais afirmações, um grupo de marrecos solidários por causas “mui nobres”, decidiu iniciar de imediato uma campanha solidária de recolha de massarocas, de forma a ajudar o infeliz Chefe-Mor e impedir que tal situação possa alastrar-se a outros ocupantes da chefia marrécal.
Aguardam-se a todo o momento novos “quá-quá”, sobre tão mirabolante questão.
O Albicastrense

sexta-feira, janeiro 20, 2012

BORDADOS DE CASTELO BRANCO - CARTEIRAS COM FOTOGRAFIAS



Carteiras com 12 Fotografias antigas de Castelo Branco.

Carteiras com 12 Fotografias de Bordados de Castelo

 Branco.


Três versões de cada colecção.


CONTACTOS: antbispo@gmail.com


O Albicastrense

quarta-feira, janeiro 18, 2012

VELHAS IMAGENS DA MINHA CIDADE - XX


O passatempo: “Velhas imagens da minha terra” tem para identificar desta vez, uma imagem que deve ter sido captada na primeira metade do passado século.
Esta velha imagem, será seguramente uma das mais fáceis de identificar que até agora aqui postei.
A pergunta como sempre, é a seguinte: Que local da nossa cidade nos mostra esta imagem?
O local está hoje muito diferente, porém, esta não podia ser mais fácil.
PS. Tal como das outras vezes, as respostas certas só serão publicadas dois ou três dias depois, para que todos possam responder.
O Albicastrense 

sábado, janeiro 14, 2012

ZONA HISTÓRICA DE CASTELO BRANCO


Ao longo dos seis anos de existência deste blog, falei aqui por muitas e variadas vezes sobre a pobre zona histórica da minha terra, (falei e irei com certeza continuar a falar) no entanto, sempre que o fiz, filo na convicção de que, o que estava a dizer não era o falar por falar, mas antes com a ideia de que quem comanda a autarquia da minha terra, poderia e deveria fazer muito mais pela sua recuperação.
O vídeo que embeleza este poste, é baseado em fotografias da zona histórica de Castelo Branco, captadas por mim nos últimos dias.
Este vídeo com cerca de cem imagens, da-nos uma perspectiva da actual situação em que se encontra a chamada; “zona histórica de Castelo Branco”. Zona que durante muitos e muitos anos, esteve ao abandono de tudo e de todos, mas que nos últimos anos (felizmente), tem merecido as atenções de quem comanda a autarquia da minha terra.
Negar o trabalho que nos últimos anos têm sido feito pelos autarcas que a comandam, seria uma autêntica burrice, como não me considero imbecil, só posso mesmo afirmar que o trabalho realizado na sua recuperação, tem que ser valorizado. Porém é igualmente justo afirmar, que existe ainda muitíssimo trabalho para realizar.
Trabalho que tem que merecer a prioridade das prioridades dos responsáveis pela autarquia da minha terra, pois se assim não for, dificilmente os albicastrenses verão um dia, uma criança a correr, a brincar, ou a sorrir por aquelas ruas.
O documentário aqui postado, mais não é que uma chamada de atenção aos responsáveis pela autarquia da minha terra, o ambicionado Centro Cultural de Arte Contemporânea, pode até ser vistoso e dar um determinado conforto pessoal ao presidente, mas por mais vistoso ou espampanante que o dito cujo seja, ele será sempre muito menos importante, que a recuperação da zona histórica.
Meus senhores, este albicastrense agradece o trabalho feito da zona histórica, contudo, (como se vê no vídeo aqui postado), existe ainda muito e muito trabalho para realizar!
VAMOS A ELE! É O MÍNIMO QUE AQUI POSSO DIZER....
O Albicastrense

sexta-feira, janeiro 13, 2012

CASTELO BRANCO - ANTIGO


VELHAS IMAGENS DE CASTELO BRANCO



Imagens captadas por Antero Leite em 1961. Para ele o meu bem-haja, por estas bonitas imagens.

O Albicastrense

terça-feira, janeiro 10, 2012

ALBICASTRENSES ILUSTRES - XXIV


MIGUEL ACHAIOLI DA FONSECA
(1609-1674)
Nasceu em Castelo Branco em 1609, sendo filho de Francisco da Fonseca Leitão e de sua mulher D. Genebra de Achaioli de Castelo Branco.
Segundo o exemplo de seu pai, matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde se formou em leis a 28 de maio de 1632.
Entretanto, começa a interessar-se pelos estudos genealógicos, impelido talvez a principio pelo desejo de conhecer melhor as linhas familiares dos seus antepassados.
Em 1640 intervém nas lutas da restauração, tendo ação destacada na defesa de Penamacor. Dois anos depois, em 1642, vai representar Castelo Branco em Cortês na companhia do L. de Miguel do Couto.
E, no mesmo ano, é nomeado Juiz de Fora e dos órfãos do Porto, onde prestou valiosos serviços, pelo que lhe é feita a mercê de Cavaleiro da Ordem de Cristo, por alvará de 12 de Abril de 1646. Inicia deste modo uma carreira de certo modo notável na magistratura. Seguidamente é nomeado Ouvidor do Mestrado de Aviz, Provedor da Comarca de Leiria (1657), Provedor dos Resíduos, Capelas e Cativos de Lisboa, de que deu residência a 23 de Junho de 1662, Corregedor do Cível da Corte e Desembargador da Casa da Suplicação. Pela integridade dos seus costumes é nomeado Sindicante Geral nos Estados do Brasil.
Antes de partir, a 15 de Abril de 1664 fez testamento em Lisboa, vindo a falecer no Rio de Janeiro, a 7 de Dezembro de 1674. No entanto, apesar da sua intensa actividade profissional continuou sempre a dedicar-se apaixonadamente aos assuntos genealógicos, deixando as seguintes obras:

- Famílias do Reino de Portugal
- Famílias da vila de Castelo Branco
- Família dos Cunhas
- Família dos Achaiolis
- Árvores de Costado
- título de Pimentas e Avelares
- Título de Castelbrancos

De todos os livros manuscritos pela sua pena reputada, é certamente o que trata das Famílias da vila de Castelo Branco o menos divulgado, talvez porque a historia genealógica destas, salvo um pequeno número de maior projecção, pouco interesse despertou nos escritores da especialidade.
No entanto, o seu valor como documento da historiografia local é único e, podemos considerar Miguel Achaioli da Fonseca como o primeiro escritor que nos legou uma obra de interesse monográfico sobre Castelo Branco.

Dados recolhidos na obra; Figuras Ilustres de Castelo Branco”de Manuel da Silva Castelo Branco,
O Albicastrense

quarta-feira, janeiro 04, 2012

ZONA HISTÓRICA




A INVASÃO
DAS
CAIXAS METÁLICAS

Já aqui o afirmei por várias vezes, que um dos meus passatempos é passear pela zona histórica de Castelo Branco, contudo, por mais que por ali passe na expectativa de melhores dias, verifico que a esperança de melhores dias é todos os dias atropelada por medidas que me põem os poucos cabelos que ainda tenho, num alvoroço dos diabos.
Percorri desta vez, as ruas dos Ferreiros e de Santa Maria e para meu assombro, verifiquei que estas pobres e abandonadas ruas, tinham sido invadidas por medonhas caixas metálicas.
Na rua dos Ferreiros com pouco mais de cem metros de comprimento, aquartelaram seis caixas, na rua de Santa Maria com pouco mais de duzentos e cinquenta metros, (segundo pude constatar pelos buracos ali existentes na rua), vão alojar-se dezasseis caixas!
Caixas que conforme se pode ver pelas fotografias que ilustram este "poust", são uma autêntica vergonha para o local, vergonha que expande pela quantidade exorbitante de caixas e ainda, por serem colocadas nos dois lados da rua.
É caso para dizer: se uma caixa incomoda muita gente, um pelotão de caixas incomoda muito mais! A colocação deste tipo de caixas nas velhas rua da zona histórica da minha cidade, é no mínimo um acto de grande burrice, (isto para não dizer outra coisa).
Como se pode ver nas fotografias, alguém deu a palavra às caixas, colocando-as a fazer perguntas e afirmações, (plagiando os seus autores) este albicastrense pergunta igualmente aos mentores destas “magnânimas” caixas, o seguinte:

Será que numa época em que todos os dias somos surpreendidos com novas tecnologias, serão estas caixas a única alternativa possível para o local?


Será mesmo necessário utilizar os dois lados da rua para colocar estas malfadadas caixas?

Podia continuar com perguntas e mais perguntas, sobre o batalhão das caixas invasoras da zona histórica da minha cidade, contudo o melhor é ficar-me por aqui, não vá o diabo tecê-las e alguém resolver colocar-me à porta de casa, uma destas beldades.
Haja pachorra para mirar esta caixas e para olhar para quem decidiu a colocação delas, nas velhas ruas da zona histórica da minha terra.

O Albicastrense

segunda-feira, janeiro 02, 2012

OS NOSSOS POETAS



POETAS DA MINHA TERRA

Num ano que se advinha bem difícil para a grande maioria dos albicastrenses, nada melhor que começar o ano de 2012, com a publicação de um pequeno “poust” sobre  poesia.
E falando de poesia, este albicastrense só pode mesmo dar  palavra a um poeta albicastrense.
Do livro; “O Sol de Psara” de António Salvado, aqui fica um belíssimo poema.


O OLHAR DE VER



 Em tudo o que tu vês     eu moro aí,
em tudo o meu olhar        a ti só vê -
conforto de presença tão contínuo
que não sabe onde surge         onde termina
dentro do modo            o tempo deste ver.

Nem eu alcanço outro horizonte além,
nem tu aqui outra maior distancia –
e os olhos bem juntinhos não se lembram
de sentirem em si diverso alento
que não seja        - a tremerem -        a constância. 

Por isso       como um lanço -       os nossos corpos
ignoram qualquer ‘espaço que os separe –
muitos encostados             poros sobre poros
com mais desejo encima                até fartarem.

António Forte Salvado

O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...