quinta-feira, junho 30, 2022

UM BONITO PRÉDIO AO ABANDONO

  PRÉDIO DA ANTIGA BARATEIRA 

Muitas já foram as vezes que neste blogue me manifestei contra a degradação deste bonito prédio da nossa terra. 
Como ninguém ligou patavina ao que escrevi, o perigo de cair alguma telha em cima da cabeça de quem por ali passa, é agora mais real. 
Com  fitas de proteção à volta do pobre coitado, este albicastrense apela a todos os santinhos, para que desta vez seja encontrada uma solução para a sua recuperação. 

Este prédio como já disse 
em anteriores publicações, tem uma bonita história, nele estive instalada a antiga loja Barateira, um dos estabelecimentos mais movimentados e importantes da terra albicastrense do século XX.

Termino esta minha publicação, apelando à união de esforços entre o proprietário  e a  autarquia albicastrense, pois só dessa maneira será possível  recuperar de uma vez por todas este bonito edifício.
                                            O ALBICASTRENSE

segunda-feira, junho 27, 2022

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE ATRAVÉS DOS TEMPOS

FOTO-BIOGRAFIA DA CAPELA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE 

Ignora-se a data da sua fundação. Sabe-se que foi reconstruída no século XVIII e restaurada no segundo quartel do século XX. Na fachada principal do lado poente existia no século XVIII um alpendre, com 6 metros de comprimento e 5,50 de largura, apoiado em seis arcos de cantaria. Exteriormente nada tem de notável.

Interiormente as paredes são forradas de azulejos artísticos do século XVIII representando os Mistérios de Nossa Senhora, as dos apóstolos, a de Santo António e a de S. Francisco, a Ceia de Jesus Cristo e outros assuntos religiosos. Um quadro, também de azulejo, tem os seguintes dizeres:

"Esta obra a azulejo foi um benemérito se fez com o dinheiro do doutor Francisco Rafeiro. Pede-se um Padre-Nosso e uma Ave-Maria". Ao meio do pavimento está uma laje sepulcral com o seguinte epitáfio: "Aqui está depositado o corpo de Gil Vaz Lopo governador das armas que foi de ambos os partidos desta província da Beira. 

Deve-se transladar os seus ossos para a sua capela de Nossa Senhora do Monte, que mandou se fizesse na sua quinta de Odivelas e faleceu em 7 de Março de 1678".A Capela de Nossa Senhora da Piedade foi primitivamente da invocação de S. Gregório. António Roxo, aventou a hipótese de ter esta capela, mudado de designação pelo facto de ter sido para ali lavada a imagem do Senhor da Piedade quando se arruinou a capela hexagonal que lhe ficava fronteira e onde também estava a imagem do Senhor da Azinha, tendo o povo deturpado o nome de Senhor em Nossa Senhora da Piedade.

Não se afirma muito criável esta hipótese, sendo mais natural admitir-se que, venerando-se também a imagem de Nossa Senhora da Piedade na Capela de S. Gregório, o povo mudasse a sua designação pelo mesmo motivo que o levou a substituir o nome da do Senhor da Piedade pelo de Senhor da Azinha.

PS. Tavares da Silva escreveu este texto em 1958.

O ALBICASTRENSE

sexta-feira, junho 24, 2022

UM HOMEM QUE SERVIU A TERRA ALBICASTRENSE.


ANTÓNIO RODRIGUES CARDOSO

(1864/1944)

Terminadas as publicações sobre as "Efemérides Municipais", não podia deixar de aqui publicar (pela segunda vez), uma pequena biografia sobre António Rodrigues Cardoso.

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Nasceu na Sobreira Formosa a 8 de Julho de 1864, e fez o Liceu, em Castelo Branco. O reitor do liceu era nessa altura Ruivo Godinho, que impressionado com , o incentivou a tirar um curso superior sem que se preocupasse com as despesas do referido curso, pois ele as pagaria.
António Cardoso azamboado com a oferta agradeceu com lágrimas nos olhos, e ficou de ponderar se as circunstâncias da sua vida familiar lhe permitiam aceitar tão generosa oferta. 
Cardoso era órfão de pai, e sua mãe, viúva de dois matrimónios, tinha uma ninhada de filhos que era necessário amparar e guiar. Venceu o amor da família e ficou para se sacrificar pela família, crente, pensou em seguir a carreira de eclesiástica, e para tal se matriculou no curso eclesiástico que ao tempo havia na cidade, pois era sede de bispado. Findo o curso, por concurso entrou no magistério primário complementar, e de lá para o quadro docente da escola normal primária, donde veio a sair para secretário da Câmara Municipal de Castelo Branco. 
Cedo ingressou na política ao lado do seu amigo Ruivo Godinho. O jornalismo chamava-o, e em Janeiro de 1889 fundou o “Distrito de Castelo Branco” que durou até 1906. 
Com a morte de Ruivo Godinho e retirada da política de Manuel Vaz Preto, o partido regenerador no distrito entrou numa fase de entendimento com o partido progressista local, e António Rodrigues dedicou-se ao jornalismo, em 1906 fundou “A Gazeta da Beira” que na monografia do jornalismo distrital de João Grave, tem esta nota sugestiva (jornal monárquico esturrado, progressista, morreu com a monarquia). 
De 1910 a 1912, A. Cardoso não teve jornal, pois a “Gazeta da Beira” morrera entretanto. É durante esse período de natural agitação que se afirma como polemista distinto, panfletário enérgico, cáustico e mordente, na defesa da sua pessoa e sobretudo na defesa dos seus amigos. 
Francisco Tavares Proença seu velho e grande amigo, havia-se exilado nas terras de França, e cá dentro no nosso burgo ouve quem tentasse denegrir a sua ação politica e denegrir o passado honroso de seu pai que havia sido alguém na política geral do país. 
António Rodrigues Cardoso, veio à estacada com um panfleto enérgico repondo a verdade dos factos. 
António Cardoso mantinha-se inflexível no desempenho do seu cargo. As novas vereações, mais os esturrados queriam a sua demissão, é neste período que ele publica uma série de folhetos que são uma alta afirmação de doutrina, e uma defesa enérgicas dos seus direitos. A sua vocação jornalística não se coadunava com a inação forçada, em fins de 1912 consertou com o seu primo João Ribeiro Cardoso a publicação do jornal o “Beirão” jornal que viveu a vida intensa da politica daqueles anos até 1917, surgindo depois novo jornal, monárquico sem disfarces, de nome “A Beira Baixa” sob a direção de José Pinto da Silva Faia. 
Em 1927 apareceu ”A Era Nova” sob a direção de A. Crucho Dias, que passou a direção do jornal para A. Cardoso, “A Era Nova” viveu até ao advento da nova remodelação territorial do pais, tendo a erecção da nossa província justificado a mudança do seu título para “A Beira Baixa” onde ele se manteve até 1944. 
António Rodrigues Cardoso, permaneceu no jornalismo local mais de 50 anos, durante quase meio século redigiu milhares de páginas, deixando bem vincado o seu anseio pelo progresso da sua região.  António Rodrigues Cardoso, tinha a paixão da história regional, deliciava-se no estudo dos velhos manuscritos que lhe podia deixar visionar a nossa vida em tempos idos. Morreu em Castelo Branco, a 28 de Janeiro de 1944. 
A ele se deve a publicação das "Efemérides Municipais";  Crónicas "Do Canhenho de Um Velho"; e muitos outros trabalhos sobre a terra albicastrense
Setenta e oito anos  após a sua morte, aqui fica a recordação de alguém que amou e viveu intensamente a terra albicastrense.
PS. Recolha de dados. "Subsídio para a  História Regional 
da Beira Baixa", de J. Ribeiro Cardoso.
              O Albicastrense

quarta-feira, junho 22, 2022

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – (CLI- ÚLTIMO)

 ÚLTIMA  PUBLICAÇÃO  DAS  EFEMÉRIDES  MUNICIPAIS 

 Entre 2008 e 2022, publiquei neste blogue, as; “Efemérides Municipais” de Castelo Branco. Trabalho da autoria de António Rodrigues Cardoso. Termino hoje estas publicações, com as últimas duas páginas do trabalho. 151 publicações ao longo de catorze anos, publicações, que me tornaram mais sabedor do passado da terra albicastrense entre 1655 e 1811. Espero muito sinceramente, que quem me visita e se tenha dado ao trabalho de as ler, partilhe  esta minha opinião. 


Texto que consta no início do 
trabalho de António Rodrigues de Cardoso.

As efemérides que vamos tentar apresenta aqui em artigos sucessivos, pouco a pouco, até onde puderem chegar as nossas forças e o nosso vagar. Não virão desde a primeira dia do município de Câmara de Castelo Branco mas da primeira de que existe acta conhecida.
 Em resumo muito rápido daremos conhecimento das deliberações adotadas pela Câmara que algum interesse ofereça. Quando esse interesse seja de maior tomo, transcreveremos na íntegra os dizeres da acta.
Daremos assim a conhecer velhas costumeiras, a origem para quase todos desconhecidos de coisas que ainda hoje se fazem ou que até há pouco se faziam. 
Podendo assim todos aprender a conhecer e apreciar melhor o presente pela comparação com o passado. Sirvam estas palavras de prólogo ao nosso modesto trabalho, que não terá outro merecimento além do que lhe pode vir da paciência com que teremos de dar-nos à leitura de velhos manuscritos escritos que, muitas vezes, para serem lidos oferecem quase as mesmas dificuldades que ofereceram a Champolion os hieróglifos de Egipto. 
A ata mais antiga que se encontrou no arquivo municipal era de Janeiro de 1655 e merece ser transcrita, pelo menos nas suas partes essenciais, respeitando-se a ortografia, para se fazer uma ideia da prosa municipal do tempo.
              Ps. Em 1950,  as "Efemérides Municipais", foram 
               publicadas no livro, cuja a capa aqui  publico.  
                              O Albicastrense                                     

segunda-feira, junho 20, 2022

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – (CL).


A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes.

(Continuação)
A sessão seguinte realizou-se em 20 de 5 de Abril.
Primeiro foi nomeado “hum Feitor que coitasse no arranjo prontificação  de mantimentos para o fornecimento da Tropa que reside e transita por esta cidade”. Recaiu a escolha em Luís Henrique de Almeida.
A seguir aparece-nos isto:
E logo neste auto foi dito pelo Presidente o Doutor José Mourão que na ultima vez que foi obrigado a retirar-se por causa do inimigo deixara por esquecimento o Prato da Escrivaninha de prata pertencente a Câmara desta Cidade que quando voltou a sua residência não encontrou por ser roubado, e que fazendo as suas diligencias para o encontrar   o não tem podido conseguir, pelo que julga lhe fora roubado pelo o inimigo para constar fiz este termo de declaração.
Quando lhe pareceu que o inimigo lhe ia bater à porta, pôs-se ao fresco sem olhar para traz e então… era uma vez “o prato da Escrivaninha de prata pertencente à Câmara”. Primeiro que em tudo estava a integridade da pele.
Vem a seguir a sessão de 8 de Maio.
Foi presente um requerimento do Joaquim Pessoa de Amorim e pedir a escusa do cargo de depositário das décimas. Ficou para ser estudada para a sessão seguinte.
Depois foi deliberado “por a pregão o concerto das cancelas” das coutadas e não se fez mais nada.
Mas logo dois dias depois, ou seja, no dia 10 de Maio, tendo sido ponderado o alegado por Joaquim Pessoa de Amorim e o que por outro lado alegou seu pai e fiador, José Pedro Tavares, que dizia não querer continuar com a fiança, foi o Amorim dispensado de continuar como o encargo de “Depositário das décimas. Contribuições, quitos e Novo Imposto, porem que ficava em seu vigor a nomeação dele se havia feito de Depositário das Sisas, por ter nisso mesmo consentido” Depois meneou-se Alexandre António Pedroso para depositário das Décimas. Não se fez mais nada.

(Continua)
 Aos leitores dos postes “Efemérides Municipais”.
O que acabaram de ler é uma transcrição, do
que foi publicado na época.
O Albicastrense

sexta-feira, junho 17, 2022

ENCICLOPÉDIA ALBICASTRENSE

                                          MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

                  ANTÓNIO DE AZEVEDO PIMENTEL

                           (ALBICASTRENSES  QUINHENTISTAS)

Irmão de Simão de Almeida e de D. Guiomar de Azevedo, mulher do cronista-mor do almoxarifado da Guarda e de sua mulher D. Maria Rebelo.

Viveu António de Azevedo em Castelo Branco, onde era padroeiro do Mosteiro da Graça e foi M. Fid. C. R. e Comendador de Idanha-a-Velha. Tendo casado em Castela com D. Isabel Terron Galache.

O ALBICASTRENSE

quarta-feira, junho 15, 2022

REGISTOS PAROQUIAIS QUINHENTISTAS DE CASTELO BRANCO - (XIII)

 UM FANTÁSTICO TRABALHO DE MANUEL DA SILVA CASTELO BRANCO.

(Antigo Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco)

Na celebração do 50º aniversário 
da publicação deste belo trabalho 
de investigação  (1969/2019), 
lançava um apelo à nossa 
autarquia, para que pensasse na possibilidade de 
 publicar este  fantástico  trabalho de  
Manuel da Silva castelo Branco.

                         (PS. 123 paginas já publicadas  de 223)
       O ALBICASTRENSE

terça-feira, junho 07, 2022

REATIVAR A ANTIGA ASSEMBLEIA DE CASTELO BRANCO


ASSEMBLEIA DE CASTELO BRANCO

Como antigo dirigente da Assembleia de Castelo Branco em 1986/87, ao o ler o artigo do jornal "Reconquista", dei comigo a pensar sobre tal possibilidade.

UM POUCO DA SUA HISTÓRIA
Fundada em 1849, esta coletivdade teria hoje a bonita idade de 173 anos  (se ainda estivesse com as suas portas abertas), e seria a segunda coletividade mais antiga do país. O final da primeira metade do século XIX, marca em Portugal, o aparecimento de uma verdadeira multidão de Associações Culturais e Recreativas, ligadas a movimentos operários ou de funcionários administrativos “do fundo da tabela” e outras, preenchidas por elementos da média e alta burguesia com algumas misturas de nobreza media.
A Assembleia de Castelo Branco, vingou no seio da comunidade dos seus apaniguados, pela realização de convívios culturais e recreativos que em muito animaram a terra albicastrense.
A Assembleia esteve instalada nos seus primeiros anos, no primeiro andar de uma casa de D. Maria da Piedade Ordaz Caldeira de Valadares, na Rua do Pina. Essa casa foi destruída por um incêndio em 1902 e a Assembleia mudou-se provisoriamente, para uma casa da Rua de Santa Maria. 
Durante o segundo semestre de 1906 passou para o prédio do Largo da Devesa, no fundo do Passeio Público, onde se manteve até ao seu fim. Com o passar dos anos, a coletividade foi pouco-a-pouco perdendo sócios e deixando de desenvolver atividades.
Com o 25 de abril de 1974, a coletividade ganha vida em virtude de gente ligada á esquerda tomar as rédeas da associação.
Em 1986 Manuel Cesteiro que já vinha de direções anteriores, convidou-me para fazer parte da direção do biénio seguinte. Aceitei o convite, e mantive-me na direção durante o biénio que se seguiu. 
Aqui vou colocar brasas debaixo das minhas sardinhas e dizer o seguinte; o biénio 86/87 poderá ter sido um dos mais ativos da associação. Pintamos e aformoseamos a sede com cortinados novos, equipamos o bar com uma pequena máquina de café,  um frigorífico e o Manuel Cesteiro, ofereceu um televisor e preto e branco (não havia dinheiro para luxos). 
Realizamos:
-Conferências com todos os candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de Castelo Branco (coisa que não agradou a muita gente). Nas conferencias participaram; António Guterres, José Pereira Lopes, Vila Franca e Dias de Carvalho, como o panfleto aqui exposto comprova.
-Realizamos palestras com várias personalidades, entre as quais lembro, António Salvado.
-Exposições de pintura e fotografia, com o apoio do museu Francisco Tavares Proença Júnior.
-Um Torneio de Xadrez entre muitas outras actividades.

No final do mandato, saí por sentir que estava a pregar no deserto, e mais não verbalizo sobre o tempo passado. 
Seguiu-se como presidente de direcção, Arnel Afonso, pessoa que comandou a associação até à sua morte em 2021. 
NOTA:
Reativar a Assembleia de Castelo Branco que fechou portas à mais de vinte anos, é quase uma missão impossível. Uma coletividade para existir e poder sobreviver, necessita de estar entranhado num bairro, de gente que a sinta como sua, coisa que não acontece com a assembleia de Castelo Branco. Independentemente desta minha opinião, este albicastrense está disponível para falar sobre esta desejável reactivação.
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, junho 03, 2022

CENTRO ARTÍSTICO ALBICASTRENSE 1937

 NOTÍCIAS
 DE 
OUTROS TEMPOS

Ao ler esta pequena notícia no antigo jornal, “A Beira Baixa”, dei comigo a coçar a cabeça e a dizer a mim mesmo; “Como são diferentes os tempos!”

Em 1937 as colectividades convocavam os seus associados, para deliberarem sobre um empréstimo para obras na sua sede, hoje, bate-se à porta da autarquia a pedir um subsídio.

O ALBICASTRENSE

quarta-feira, junho 01, 2022

CURIOSIDADES TOPONÍMICAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (IV)

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE

(Continuação)
No ano de 1862 foram atribuídos nomes a três ruas e um largo já existentes, algum deles por proposta do Vereador Castro de Refoios. Logo em janeiro a Câmara deliberou: 
Que a rua que vai da devesa em direção a S. Marcos se dominasse, Rua Formosa e que no cunhal da casa do Sr. Dr. Agostinho Fevereiro se escrevesse o nome da rua. Esta tem agora o nome de João de Deus. E na sessão imediata o mesmo vereador propôs que o terreno desde o paredão do passeio da Devesa para o lado do quartel de Cavalaria se chame Praça d’ EL Rei o Sr. D. Luís. Foi aprovada ficando o mesmo Sr. encarregado de mandar colocar a sua inscrição e a da rua formosa onde julgue conveniente. Esta praça, mais conhecida por a Devesa, tem agora o nome de Campo da Pátria.
Da ata da sessão de 1 de Março seguinte consta que, entre outras, foi aprovado a proposta seguinte: “
Que a rua onde moram João dos Santos Caio, José Nunes das Bouças defronte da casa da assembleia se domine, Rua das Flores
”. 
Esta rua tem hoje o nome de Presidente Sidónio Pais e a associação denominada Assembleia estava instalada em casa na esquina com a rua do Pina, pertencente a família Ordaz Caldeira de Valadares e onde foi construída a Agência do Banco de Portugal.
E por fim logo na sessão de 26 de Abril, como já foi anotado no passo relativo a construção do mercado coberto, “o Sr. Castro de Refoios requer que à rua em frente da casa do Sr. Joaquim d’ Albuquerque de pusesse o nome de Bela Vista e à que se dirige à Pá Queixada a rua do Jasmim. Foi deferido o requerimento e o mesmo senhor encarregado de mandar fazer os restivos dísticos". 
A rua da Bela Vista foi dada depois o nome de S. Jorge por ocasião da procissão de Corpus Chrsti, e à do Jasmim o de Mouzinho Magro, como já atrás se registou. 
(Continua)
Recolha de dados: "Estudos de Castelo Branco". Artigo da autoria de: Manuel A. de Morais Martins.
O ALBICASTRENSE

ANTIGAS CAPELAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (VII)

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO "MEMÓRIAS DE OUTROS TEMPOS" E xistiu na antiga rua da Bela Vista, atualmente denominada de S...