segunda-feira, junho 27, 2022

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE ATRAVÉS DOS TEMPOS

FOTO-BIOGRAFIA DA CAPELA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE 

Ignora-se a data da sua fundação. Sabe-se que foi reconstruída no século XVIII e restaurada no segundo quartel do século XX. Na fachada principal do lado poente existia no século XVIII um alpendre, com 6 metros de comprimento e 5,50 de largura, apoiado em seis arcos de cantaria. Exteriormente nada tem de notável.

Interiormente as paredes são forradas de azulejos artísticos do século XVIII representando os Mistérios de Nossa Senhora, as dos apóstolos, a de Santo António e a de S. Francisco, a Ceia de Jesus Cristo e outros assuntos religiosos. Um quadro, também de azulejo, tem os seguintes dizeres:

"Esta obra a azulejo foi um benemérito se fez com o dinheiro do doutor Francisco Rafeiro. Pede-se um Padre-Nosso e uma Ave-Maria". Ao meio do pavimento está uma laje sepulcral com o seguinte epitáfio: "Aqui está depositado o corpo de Gil Vaz Lopo governador das armas que foi de ambos os partidos desta província da Beira. 

Deve-se transladar os seus ossos para a sua capela de Nossa Senhora do Monte, que mandou se fizesse na sua quinta de Odivelas e faleceu em 7 de Março de 1678".A Capela de Nossa Senhora da Piedade foi primitivamente da invocação de S. Gregório. António Roxo, aventou a hipótese de ter esta capela, mudado de designação pelo facto de ter sido para ali lavada a imagem do Senhor da Piedade quando se arruinou a capela hexagonal que lhe ficava fronteira e onde também estava a imagem do Senhor da Azinha, tendo o povo deturpado o nome de Senhor em Nossa Senhora da Piedade.

Não se afirma muito criável esta hipótese, sendo mais natural admitir-se que, venerando-se também a imagem de Nossa Senhora da Piedade na Capela de S. Gregório, o povo mudasse a sua designação pelo mesmo motivo que o levou a substituir o nome da do Senhor da Piedade pelo de Senhor da Azinha.

PS. Tavares da Silva escreveu este texto em 1958.

O ALBICASTRENSE

1 comentário:

  1. E a propósito desta linda capela, diz o António Roxo na sua Monografia de Castelo Branco: "A estupidez e o fanatismo deram motivo a que muitas das figuras dos belos desenhos tenham os olhos estragados, porque o povo julgou bem servir a religião danificando estas preciosidades a pretexto de tirar os olhos aos judeus!"
    Acho que há algo de António Roxo no Veríssimo Bispo, não sei...

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