sexta-feira, março 29, 2019

DIA NACIONAL DOS CENTROS HISTÓRICOS.

UM BONITO PALACETE  NA RUA DE SANTA MARIA

Os bonitos edifícios na nossa zona histórica não são muitos, contudo, sempre existem alguns que nos esbugalham os olhos de contentamento ao olhar-mos para eles. 
Esta neste caso, o palacete que podem observar na imagem que este poste tem como bandeira. O referido palacete, foi mandado alçar por José Maria Lopes Pupe no início da segunda década do século XX. 
O seu patrono (arquiteto), foi Manuel dos Santos Sal, responsável pela construção de muitos outros belos edifícios na terra albicastrense. Afiguro que o palacete terá passado de José Lupe para os seus herdeiros, que depois o terão vendido ao atual proprietário, que está neste momento a vende-lo. 
                                   --------------------------------------
Comemora-se hoje o Dia Nacional dos Centros Históricos. Em Castelo Branco a nossa zona histórica está (como todos aqueles que lá vão sabem), uma autêntica desgraça, para não dizer outra coisa bem pior.
Para comemorar esta data, lançava aqui uma proposta: Porque não compra a nossa autarquia este belo edifício e, o cede quem queira constituir a futura Associação de Defesa da Zona Historia da Terra Albicastrense. Fica a proposta, agora cabe aos albicastrenses pronunciarem-se. Ou será, que eu estou amalucado por colocar aqui esta ideia?
O Albicastrense

terça-feira, março 26, 2019

UMA CARRINHA À ORDEM DO TRIBUNAL, HABITA NUMA RUA DO BAIRRO DO VALONGO, À QUASE UMA DÉCADA

VER PARA ACREDITAR!...
O assunto conta-se em poucas palavras: A carrinha que ilumina pela negativa este poste, está desde 2010 estacionada a cerca de dez metros da porta da minha casa!!!...
Em 2015 ao ver passar na rua  onde moro um carro da PSP, coloquei aos agentes a situação da carrinha, algum tempo depois, soube que a dita carrinha estava às ordens do tribunal e que tinha que ser ele a resolver o assunto
Em 2017 publiquei neste blogue um poste denunciando este triste assunto. Dois anos depois, a desgraçada da carrinha continua tranquilamente no mesmo sitio. Como se o Bairro do Valongo e a rua onde moro, fosse um parque de recolha de carros abandonados ou apreendidos pelo tribunal. 
-----------------------------------------------------
Curiosamente a rua em causa está neste momento a ser recuperada pela nossa autarquia, como aliás se pode ver numa das imagens.  O responsável pelas obras tentou resolver este assunto, por isso, dirigiu-se ao local apropriado para que a carrinha fosse dali retirada, uma vez que a rua ia ser esburacada e necessitava de arranjar o local onde ela  se encontra.
Resposta de quem está encarregado deste assunto: "tire a carrinha, arranje a estrada e, depois volte a colocar a carrinha onde está!!!...

                              A PERGUNTA QUE AQUI DEIXO A QUEM DE DIREITO, 
SÓ PODE SER A SEGUINTE:
Se o Juiz que tem este caso para resolver, se o presidente da nossa da nossa autarquia, se algum dos vereadores da nossa autarquia ou  outro qualquer figurão, tivesse este monte de lixo à sua porta, ela ainda lá estaria tantos anos depois!

PARA OS MEUS AMIGOS, UMA PERGUNTA E UM PEDIDO:
Se esta carrinha estivesse  quase uma década a vossa porta, gostavam? Se a resposta for a que eu penso,  não posso deixar de lhes pedir o seguinte. Partilhem este poste,  talvez assim os responsáveis por este assunto, se envergonhem do triste facto de haver pessoas com a carcaça de uma velha carrinha à porta de casa à tantos e tantos anos.                                                                    
O Albicastrense

sexta-feira, março 22, 2019

MEDALHA DE MÉRITO E RESISTÊNCIA, NO 248º ANIVERSÁRIO DA CIDADE DE CASTELO BRANCO.

                                                  CHAFARIZ DE SÃO MARCOS
Três notáveis albicastrenses foram distinguidos pela nossa autarquia no 248º aniversário da nossa cidade, com a medalha de ouro da cidade.
Perante esta excelente ideia, este albicastrense não pode deixar de a plagiar, atribuindo também ele, a medalha de Barro Dourado, a quem no seu entender (pessoa, instituição ou monumento), tenha contribuído de alguma maneira para o engrandecimento da terra albicastrense. 
Bem gostaria eu, que a medalha fosse de ouro (bem grosso), contudo, como sou um explícito teso, fico-me pela de barro dourado, porém, como nestas coisas o mais importante é a intenção, penso que os galardoados não se importarão (ou estarei eu enganado!).   
A referida medalha, é atribuída este ano, não a uma pessoa, mas a um monumento da terra albicastrense. O digno destinatário da medalha de 2019 é : O Chafariz de São Marcos.
----------------------------------------
- Independentemente da falta de amor e carinho dos que comandaram a terra albicastrense nas últimas três décadas, teimosamente o velho chafariz continua a resistir.
- Independentemente de muitas vezes fazerem do seu pequeno pátio, um parque de estacionamento, teimosamente o velho chafariz continua a resistir.
- Independentemente de lhe terem deixado entrar o salitro no granito, teimosamente o velho chafariz continua a resistir.
- Independentemente de terem transformado o seu pequeno tanque, num tanque porcalhão, teimosamente o velho chafariz continua a resistir.
- Independentemente de terem deixado ruir parte do muro que pega com o velho chafariz, teimosamente o velho chafariz continua a resistir.
- Independentemente da falta de interesse dos albicastrenses por este velho chafariz, ele não nos abandona e, teimosamente o velho chafariz continua a resistir.
----------------------------------------
Por todas estas razões e muitas outras, o vencedor da medalha de Mérito e Resistência em Barro Dourado no 248º aniversário da terra albicastrense, foi como já disse anteriormente: O CHAFARIZ DE SÃO MARCOS.
O Albicastrense

quarta-feira, março 20, 2019

RECORDAR GENTE SIMPLES QUE MERECE SER RECORDADA

MÁRIO CABARRÃO  "MÁRIO TROÇO"
(1919 - 2015)

Se fosse vivo, Mário faria este ano cem anos de idade. Mais conhecido por Mário Troço que por Mário Cabarrao, foi durante décadas uma das figura mais típicas  da terra albicastrense.  Durante os seus mais de 80 anos como barbeiro, cortou o cabelo e fez a barba a muitas gerações de albicastrenses. 

POSTE PUBLICADO QUANDO DA SUA MORTE EM 2015.

Morreu ontem com 96 anos Mário Cabarrão. O Mário era igualmente conhecido pelos albicastrenses mais velhos, como Mário Troço.
Este albicastrense que conheceu muito bem Mário Cabarrão, não podia deixar de aqui mencionar este triste acontecimento, afirmando, que a terra albicastrense está hoje mais pobre com a partida deste velho homem. Em sua homenagem, aqui fica uma reportagem publicada pelo jornal Expresso, (deu várias) e algumas imagens captadas por mim na sua barbearia em 2013.

   JORNAL EXPRESSO - 2010.
“Barbeiro há 80 anos, diz que gostava de cortar o cabelo a Cavaco Silva”.
RECONQUISTA - JOÃO CARREGA.
"Mário Cabarrão é aos 91 anos, o barbeiro mais antigo da cidade de Castelo Branco e um dos mais experientes do país".

Chegámos à hora marcada e Mário Cabarrão, 91 anos, atendia mais um cliente naquela que é a barbearia mais antiga da cidade de Castelo Branco.
"Sou barbeiro há mais de 80 anos", diz, enquanto avisa o senhor a quem corta e apara o cabelo. - "Aqui já moram poucos", diz. - "Pois, é que toda a vida usei chapéu. Se calhar foi por isso que me caíram", responde o homem, dos seus setenta anos, enquanto aguarda pelo OK do mestre Mário para se levantar da cadeira. - "Está como novo, meu amigo!", concluiu, para depois puxar por um cigarrito, o segundo ou o terceiro do dia.
"Há que fumar uma cigarrada para abrir o apetite à verdade", justifica.
No número 3 da Praça de D. José, junto ao Banco de Portugal, Mário Amaro Cabarrão, mantém a boa disposição, e continua fiel a um atendimento personalizado e educado.
A arte aprendeu-a aos 10 anos de idade, com os mestres Manuel Pires Correia, Antero Correia e José Pires Correia. "O meu pai levou-me lá e disse: se me entregarem a pele fico contente", recorda, para depois explicar: "nesse tempo havia muito respeito e não havia lugar a faltas de educação. Éramos tratados como homens, agora é tudo uma garotada".
O que é certo é que esse dia terá mudado o resto da vida de Mário Amaro Cabarrão. 
Permaneceu com os mestres até ir cumprir o serviço militar e, em 1940, quando regressou optou por criar o seu próprio negócio, que ainda hoje mantém. "Pedi emprestados, ao Banco de Portugal, três mil escudos. Uma fortuna, na altura, mas que paguei religiosamente. 
Estabeleci-me por conta própria e aqui estou", lembra. A primeira barbearia abriu-a na Rua J. A. Morão, mas depois mudou-se para o local onde ainda hoje se encontra.
"Já cortei o cabelo a milhares de pessoas. Hoje os clientes são menos, mas continua a vir gente de todas as idades", diz.
Mário Amaro Cabarrão gosta de seriedade e educação nos negócios e na vida. "Há indivíduos que chegam aqui cortam o cabelo e dizem que vão buscar a carteira ao carro. Nunca mais os vejo. Isso é estarem a brincar com o trabalho dos outros", sublinha.
No entender de Mário Amaro Cabarrão, "é do trabalho que sai tudo. Eu, com 91 anos, tenho que continuar a trabalhar, porque a reforma que tenho vai toda para os medicamentos".
Ainda no Estado Novo, o mestre Mário Cabarrão quis começar a descontar para a Segurança Social da época, mas não deixaram. "Só depois com o Marcelo Caetano isso foi possível. Daí que a reforma seja curta", refere.
As barbearias são locais ímpares para se conversar de tudo e mais alguma coisa. Mas Mário Cabarrão explica que "antes do 25 de Abril a boquinha tinha que estar bem calada. Nessa altura não podíamos trabalhar as horas que queríamos. Eu tinha duas filhas para criar e precisava de trabalhar mais horas para lhes dar uma vida condigna. Cheguei a ter perseguições!". 
Com a queda do regime veio essa liberdade e também a possibilidade de se falar abertamente de tudo e mais alguma coisa, sobretudo de futebol. O aparecimento de doenças como a SIDA não mudaram o modo de trabalhar de Mário Amaro Cabarrão.
"Há clientes que optam pelas lâminas, outros que preferem a navalha. Mas há um remédio que não falha e não há males que aqui entrem. Passo sempre as navalhas pela lixívia e pelo álcool. A receita foi-me dada pelo médico Elias Cravo, um bom homem que foi meu cliente", justifica.
A barbearia continua com a mesma traça original. Tal como os seus mestres Mário Amaro Cabarrão também ensinou a arte a muitos aprendizes. Hoje, aos 91 anos, gostava de cumprir o desejo de poder cortar o cabelo ao Presidente da República, Cavaco Silva.
"Sou amigo dele. Já o cumprimentei três ou quatro vezes e quando venceu as eleições envie-lhe uma carta a felicitá-lo por ter ganho a quatro lobos. Ele respondeu-me a agradecer. É um grande homem!", concluiu. 
 O Albicastrense

quinta-feira, março 14, 2019

CEMITÉRIO DA TERRA ALBICASTRENSE


O assunto que vou abordar neste poste é bastante delicado, porém, não discutir o que tem que ser dissecado é fazer de conta que tudo está bem, isso não é com este albicastrense. Peço pois desculpa, a quem não concordar comigo sobre este tristíssimo assunto. Li recentemente no facebook, um poste em que alguém se insurgia contra a desgraçada situação em que muitas das campas do cemitério da terra albicastrense se encontram.
Essa mesma pessoa, dizia que tendo ido à nossa autarquia reclamar da situação em que se encontrava a campa do seu familiar, lhe foi apalavrado que o assunto ia ser resolvido, contudo, duas semanas depois (segundo a mesma pessoa), tudo continuava na mesma.
Infelizmente nos últimos anos, tenho visitado demasiadas vezes o nosso cemitério, estou portante à vontade para abordar este infeliz assunto.
A situação em que se encontram muitas das campas é simplesmente desastrosa, muitas delas, estão completamente derrubadas e ao abandono. Se o abandono das campas pode ser atribuído aos familiares dos defuntos, o arranjo das campas é da responsabilidade de quem ali trabalha. Não vou aqui acusar quem quer que seja, sobre a miserável situação em que se encontram dezenas e dezenas de campas, contudo, penso que algo tem que ser feito para resolver este infeliz assunto.
Indo ao encontro de que algo tem que ser feito, dava aqui o exemplo do cemitério de Santa Catarina em Abrantes (inaugurado em 2007).
As duas imagens que podem ser vistas neste poste, foram captadas nesse cemitério, sitio onde está sepultado um familiar meu. As referidas imagens, dão-nos uma vista do referido cemitério. No cemitério de Abrantes, pode ainda dizer-se: que não existem defuntos de 1ª, 2ª, ou 3ª mas apenas defuntos, todos eles com pedra igual e relva em cima das campas.
A proposta que aqui deixo aos responsáveis pela nossa autarquia, só pode ser a seguinte: porque não estudar a possibilidade de um novo cemitério na terra albicastrense com estas características?
Aos visitantes peço que aqui opinem sobre esta questão, se assim não for, é sinal que tudo está bem.
O Albicastrense

terça-feira, março 12, 2019

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – CXXXII

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).

(Continuação
Na mesma sessão foi nomeado para síndico da Câmara o Dr. Joaquim José Afonso Milheiro e, para Procurador-Geral do Fisco, o mesmo com o adminiculo que no primeiro caso faltou, de “Advogado por auditórios desta Cidade”.

Na sessão de 9 de Maio de 1808.
Não se passou nela nada que interesse.
Substituição de um derramador da décima por outro e mais nada.

Pior ainda foi a Sessão de 28 de Maio. 
Na qual, segundo reza a ata, “não houve que despachar”. O que que vem a seguir: Coutaram-se os alqueives, mandando sair deles os gados dentro do prazo de três dias e não se fez mais nada. 
O mês de Junho passa perfeitamente em claro. Nem uma sessão para amostrar. 

Sessão de 10 de Julho.
Os vereadores só tornaram a reunir-se nesse dia.
Esta interrupção nas sessões da Câmara tem, ao que nos parece, esta explicação: Durante o mês de Junho estabeleceu-se uma cera confusão na vida da cidade, em consequência da passagem por aqui de tropas francesas e caminho de Almeida, que pouco depois regressavam e por aqui se demoravam.
Uma vez ou outra as tropas espanholas, que agora já eram inimigas dos franceses, e isso alentava a gente da terra, que começava a manifestar-se abertamente contra Napoleão e as suas tropas e chegou a aclamar D. João e a impor que fossem descobertas as armas de Portugal dos edifícios públicos, que tinham sido tapadas com uma camada de cal preta. Ao mesmo tempo que isto se dava, andava por essa terras da Beira e general Loison. 
O famoso Maneta, a praticar violências de toda a ordem, violências que chegaram ao conhecimento da gente da terra e a encheram do maior terror, especialmente quando se soube o que tinha acontecido a Alpedrinha, onde se roubou, queimou e matou a torto e a direito, sem se poupar ninguém nem coisa nenhuma, e se recebeu a noticia de que o Maneta vina sobre Castelo Branco. Então foi um grito unânime:
 Salve-se quem puder!
Fugiu toda a gente que pode fazê-lo, levando consigo, em carros de bois e de parelhas, em bestas de carga e às costas, tudo o que pode levar.
Os ânimos só serenaram um pouco, em 6 de Julho, se soube que o Maneta se tinha se tinha desviado com a sua tropa pela estrada de Tinalhas, ido acampar a Chão da Vã e seguira por Sarzedas para se juntar com as tropas do Junot, que já então encontravam quem lhes fizesse frente.
Começaram então a voltar os que tinham fugido e no dia 10 de Julho a Câmara reuniu-se e fez constar por pregoes que dava “licença geral para a carreja do pam”.
(Continua)
PS. Aos leitores dos postes “Efemérides Municipais:
O que acabaram de ler é uma transcrição do que
 foi publicado na época.
O Albicastrense

sábado, março 09, 2019

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE - 7



"RECORDAR
 É 
VIVER".


ANTIGO PARQUE 
 DA TERRA ALBICASTRENSE









RECORDAR
UM LOCAL ONDE
MUITAS GERAÇÕES
DE ALBICASTRENSES
FORAM FELIZES.

                 O Albicastrense

sexta-feira, março 08, 2019

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE - 6

MORADORES DA VILLA DE CASTELLO BRANCO. 
"PROVISÃO DE LICENÇA PARA HUM MERCADO POR MÊS”
“RECORDAR É VIVER”

Recolha de dados: 
"Revista Estudos de Castelo Branco"
O Albicastrense

domingo, março 03, 2019

sexta-feira, março 01, 2019

PRAÇA CAMÕES


VANDALISMO
VANDALISMO
VANDALISMO
VANDALISMO
VANDALISMO

Hoje ao passar na Praça Camões, reparei que  o painel que lá existe com dados sobre a nossa zona histórica foi vandalizado.
Num dos lados do painel, foram arrancados os referidos dados, estando  o outro lado do painel, também bastante danificado (como se pode ver nas imagens postadas). 
Ao autor ou autores desta "façanha" estúpida, só posso dizer-lhes, que destruir aquilo que é de todos nós, é crime. 
O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12 "ÙLTIMA")

Última publicação do excelente trabalho que António Roxo publicou em antigos jornais da terra albicastrense.   “O Espaço da vida polític...