sexta-feira, janeiro 29, 2010

CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - LXV


MONUMENTOS DE CASTELO BRANCO
Domus Municipalis – (V)

(Continuação)
Numa portaria de 22 de Junho de 1872 a Câmara foi compelida a inscrever no orçamento a quantia de 50$000 réis para fazer face aos encargos de uma biblioteca, nos termos do decreto de 2 de Agosto de 1870. A verba foi inscrita no orçamento mas não foi aplicada: ainda desta feita não logrou, a cidade, o funcionamento da sua Biblioteca Municipal.
Nesse ano, o Comendador José Morão decidiu entregar ao Liceu a maior parte dos livros que haviam sido legados por seu tio ao público da sua terra natal, deixando assim de cumprir as disposições testamentárias do seu parente e o compromisso que perante ele tinha assumido. Organizou-se então uma biblioteca no Liceu, que tornada pública, mas a Câmara recusou-se sempre a satisfazer os pedidos do bibliotecário e do reitor, feitos respectivamente em 20 de Janeiro de1875 e em 29 de Junho de 1884, para que lhes fosse entregue a importância inscrita no orçamento para a aquisição de livros.
A atitude era baseada no protesto de não considerar como publica a biblioteca do Liceu que funcionou num edifício, hoje desaparecido, que existiu do lado do Norte da Igreja da Misericórdia Velha, passando mais tarde para outro prédio que houve no local onde se encontra actualmente a sede da Circunscrição dos Correios Telégrafos e Telefónicos, no largo da Sé. A biblioteca funcionou durante muitos anos numa das dependências do liceu mas somente durante as horas das aulas, conforme preceituava o seu regulamento de 7 de Abril de 1888 elaborado contrariamente ao espírito da lei de 18 de Janeiro de 1883 que determinava que as bibliotecas públicas deviam funcionar durante algumas horas da noite.
Não respeitando também as disposições testamentárias do Dr. José António Morão, o regulamento permitia aos professores do Liceu que levassem os livros para o seu domicílio. Em 1990 foi a biblioteca encerrada e assim se manteve durante alguns meses. Reorganizou-se por decreto de 7 de Março de 1901, ficando a cargo da Câmara Municipal mas sujeita à superintendência da Inspecção Geral das bibliotecas e Arquivos Públicos criada pelo decreto com força de lei de 29 de Dezembro de 1887.
Quando se efectuou a transferência do Liceu do velho edifício do largo da Sé, (onde se encontra actualmente o dos Correios, (atenção… Manuel Tavares dos Santos está a referir-se a 1953) para o do antigo Paço Episcopal, (em 1911) mudou-se a Biblioteca Publica para o andar térreo do edifício da Câmara Municipal, também situado no largo da Sé onde está hoje o Tribunal da Comarca, (hoje... 2010 Consevatório). Em 1 de Julho de 1940 foi nomeado director da Biblioteca o Tenente-Coronel de Cavalaria António Elias Garcia, erudito numismata, que consegui adquirir numerosos volumes e melhorar os existentes com encadernações, não obstante dispor, para esse fim, de uma dotação irrisória.
A exiguidade das instalações não permitiu, todavia, a arrumação metódica e profícua dos 6.000 volumes, nem a sua catalogação racional de forma que se tornasse fácil a consulta de qualquer obra.
Após a reedificação dos antigos Paços na Praça Velha, concluída em 1951, foi ali instalada, no primeiro e no segundo piso, a Biblioteca Municipal que hoje depende somente da Câmara Municipal, (1953).
Sob a proficiência do Dr. Francisco Palmeiro, os livros existentes e oriundos das bibliotecas do Dr. José António Morão, do Dr. Rebelo Albuquerque, da Mitra de Castelo Branco, da Residência Albicastrense, da casa Almeida Garrett e Cunha, do extinto Grémio dos Artistas e ainda os que foram obtidos por compra e por ofertas, foram devidamente catalogados, fazendo-se criteriosamente a sua arrumação em amplas salas apropriadas.
Por seu turno, a Câmara Municipal, promovendo a acomodação da Biblioteca em condições magnificas e proporcionando a aquisição de numerosas obras para o seu engrandecimento, está resgatando, louvavelmente, os erros de um passado sem grandeza.
PS. Entre 1953 e 2008 a Biblioteca continuou nos antigos Paços do Conselho na Praça Velha, em 2008 teve finalmente um edifício criado de raiz para esse fim.
A Biblioteca tem hoje, finalmente instalações dignas e adequadas ao seu funcionamento.
Estou convicto que Manuel Tavares dos Santos gostaria de terminar a sua narrativa sobre a nossa biblioteca, com este último capítulo.

PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951. Autor; Manuel Tavares dos Santos.
O Albicastrense

quarta-feira, janeiro 27, 2010

TIRAS HUMORÍSTICAS - 54


Bigodes e Companhia comentam a entrevista dada por Valter Lemos ao Jornal “Gazeta do Interior”.
O Albicastrense

terça-feira, janeiro 26, 2010

MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR - II

NOTÍCIA SOBRE A INAUGURAÇÃO
DO
MUSEU MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO


Prometi quando da publicação do primeiro post sobre o centenário do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, divulgar aqui, algumas das notícias saídas nos jornais da época, referentes à actividade do museu.
Luís Pinto Garcia fala-nos na página três do seu trabalho sobre o museu, numa notícia publicada no jornal, “Gazeta da Beira” sobre a inauguração do Museu Municipal de Castelo Branco (apêndice – I).
Tentei encontrar esse exemplar na nossa biblioteca, infelizmente tal não foi possível, pois não existe ali qualquer exemplar desse antigo jornal da nossa cidade.
Na impossibilidade de mostrar aqui a centenária edição do mencionado jornal, ficam as folhas do livro de Pinto Garcia, onde ele reproduz a notícia saída em 1910.

O Albicastrense

sexta-feira, janeiro 22, 2010

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - XXVII


A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937 no jornal, “A Era Nova”. Transitou para o Jornal, “A Beira Baixa” em Abril de 1937 e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Ribeiro CardosoARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, que lhe deve ter tirado o sono muitas e muitas vezes.

O texto está escrito, tal como publicado em 1937.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
Comentário do autor: De Julho a Dezembro de 1787 a Câmara não faz nada que se veja. Trata de ervagens para a direita, ervagens para a esquerda e passa adiante. Em sessão de 4 de Dezembro, porem, aparece alguma coisa digna de nota.
A acta fala assim:Pellos dittos procuradores do Povo António Ignacio Cardoso e o Doutor José de Andrade Themudo foi proposto que como reprezentantes de todas as pessoas que constituem a colecção do honrrado Povo desta cidade ponderando que tendonos a iluminada escolha da Sobrana e muito espessialmente a Providencia destinado hum Prellado digno da inveja das mais Dioceses que faz as delicias das suas ovelhas zeloso reparador do Culto devino e que pença seriamente na gloria de Deos e que tractando o dito Exm. Prellado de eregir huma Capella magnifica para depozito do Sacrario que encerra a Augustissimo Sacramento vay ao mesmo tempo ornar e engrandesser a Igreja da Sé e para estimolo da devoção de todas os moradores desta Cidade. Pensarão que era do seu dever e muito conforme aos vertuozos e ajustados sentimentos dos seus constituintes dar hum testemunho publico da satisfação com que olhão para tão Santa obra offeressendo em nome de todo este Povo a porção de quinhentos mil reís para hua Alampada da Capela mor ou para aquele ornato que for mais bem regullada escolha do dito Exm. E respeitável Prelado.”
Comentário do autor: Todos os vereadores concordavam que se dessem os quinhentos mil réis para a lâmpada da capela-mor, com a ressalva de que o prelado podia dar a essa quantia outra aplicação que porventura achasse melhor para o embelezamento de Sé.
Para justificar a importância da oferta (quinhentos mil reis em 1787 era dinheiro…) consignou-se na acta que no ano antecedente havia um saldo (acréscimo lhe chamava a acta) de 875.665 réis e, do ano que corria, nada menos de 1.689.100 réis. Estava rica a Câmara.
A “capela magnífica” a que se faz referência é a formosa capela chamada do Santíssimo, que ainda hoje se considera e é, uma das coisas mais belas da nossa terra. Ficam sabendo os que porventura o não sabiam que a construção da linda capela do Santíssimo foi iniciada pelos fins do ano de 1787 e é obra do zeloso Bispo D. Vicente Ferrer da Rocha.
E a lambada seria comprada? Muito provavelmente deu-se aos quinhentos mil réis outra aplicação, porque não nos consta que tivesse havido na Sé uma lambada tão rica. Valendo então quinhentos mil réis, valeria hoje mais de trinta contos e na Sé, repetimos, não nos consta que tivesse havido lambada do valor dessa quantia ou que se aproximasse sequer.
Em sessão de 1 de Janeiro de 1788, o pobre Aranha, escrivão da Câmara, apresentou um requerimento em que alegava que o serviço dos expostos lhe dava tanto trabalho que se via forçada a fazer longos serões para dar conta dele, que a este serviço acrescia, além do expediente ordinário da Câmara, o “manifesto dobrado dos vinhos”; que havia mais ainda a fazer:
Acta de 1788:Muitos registos Mapas, e relações de nascidos, mortos, vivos, cazados, órfãs e outras mais admenistraçoens e incumbências, não ganhando no dito officio senão apenas para pagar os novos direitos e a Dessima porque o ordenado o cobrava todo o proprietario pela renda, não podendo pela mesma razão pagar a hum amanuense que o ajudasse. E, porque quem trabalha meresse e este Senado tem pela Ley poder e autoridade para premiar a quem bem serve: Requeria portanto lhe arbitrassem algum pequeno Emolumento por cada um dos termos dos Expostos que tem feito e fizer, e pelo que pertence ao mais trabalho que de novo tem acrescido lhe dêem por huma vez somente algúa ajuda de custo pelo passado, e pelo futuro lhe arbitrem e acressentem algúa ordinária cada ano,
Comentário do autor: O pobre do escrivão tinha carradas de razão, e por isso a Câmara deliberou arbitrar-lhe;
Acta. ”Por cada hum termo que tem feito e fizer respectivo aos Expostos vinte reis, e sahindo com hua rellaçao jurada dos termos que tem feito desde o dia primeiro de Setembro de 1783 (foi desde esta data que o serviço dos expostos se complicou) athé o ultimo de Dezembro de 1787 se passa mandado para ser pago da sua importância pellos bens do Conselho, e os que fizer do primeiro de Janeiro de 1788 em diante se lhe pahue do dinheiro dos mesmos Expostos hindo logo a sua importância metida na despeza delles, e pelo que pertence ao mais trabalho que lhe tem acrescido lhe arbitrão por húa vez somente a ajuda de custo de quatorze mil e quatro centos reis e mais cada ano doze mim réis de que se passarão os respectivos mandados”.
Com todas estas ajudas o pobre escrivão Aranha se às aranhas andava até aí, com certeza às aranhas continuou daí por diante, tanto mais que as palavras “e mais cada ano doze mil réis” aparecem sublinhados na acta e à margem aparece esta nota desconsolada: -- “ Esta ultima, não teve efeito”.
Foi praga que rogaram aos, “escrivães” da Câmara. Até hoje, nenhum de lá saiu rico, nem sequer sofrivelmente remediado.
PS – Mais uma vez informe os leitores dos postes, “Efemérides Municipais” que o que acabou de ler é uma transcrição fiel do que saiu em 1937.
O Albicastrense

quinta-feira, janeiro 21, 2010

EXPOSIÇÃO - VI


António Andrade Fernandes
SÍMBOLO DE ABUNDÂNCIA
(Realizado no ano de 2008)
Materiais utilizados: Fotografia, manta de trapos, madeira, latas de refrigerantes, sementes, fios, canas de bambu, tinta acrílica e óleo.
A fotografia foi captada pela objectiva do meu amigo Veríssimo.
O Albicastrense

quarta-feira, janeiro 20, 2010

COMENTÁRIOS - IX

A memória de João Amaral impõe que este sentido comentário, deixe o poste onde foi colocado, (Mercado Municipal) e seja publicado como poste para que todos o possam ler. Ao seu autor o meu bem-haja, independentemente de não nos dizer o seu nome.
J.M disse….
Pois ai vai o meu comentário relativamente ao falecimento do meu amigo Sr. João Amaral.
É uma VERGONHA ninguém se responsabilizar pelo sucedido, pois este ano a porcaria do fogo-de-artifício só fez “merda”. Muitos do foguetes rebentaram em quintais e em telhados o que originou um pequeno incêndio, e lá vai o Sr. João a prestar a sua ajuda, entreteça numa mangueira, cai e morre. Isto foi presenciado por muitos moradores que ali se encontravam a ver o fogo-de-artifício.
Muito se tem comentado nestes dias, todos andam indignados como é possível que ninguém se tenha chegado ao pé da família e nem uma palavra de conforto? Será que aquela empresa de foguetes não tem culpa no cartório?
SENHORES COMPETENTES ou INCOMPETENTES acabem com o FOGO DE ARTIFICIO na zona HISTÒRICA como é do conhecimento de muita GENTE, sabem perfeitamente que nesta zona as casas são muito antigas, quem cá mora sabe muito bem o que passa tudo treme parece um sismo, isto faz alguns danos nos telhados e quem paga somos nós, porque ninguém se responsabiliza.
COMPETENTES OU INCOMPETENTES levem lá o fogo para as vossas zonas, pode ser que vos ilumine as mentes.
O Albicastrense

domingo, janeiro 17, 2010

TIRAS HUMORÍSTICAS - 53

Bigodes e Companhia divertem-se com as perversas das gotinhas que invadiram o Mercado Municipal.
O Albicastrense

SINAL VERMELHO



O MERCADO MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Muitas das obras realizadas na nossa cidade nos últimos tempos, são como todos nós sabemos uma mais-valia, não só para a nossa cidade mas também para o bem-estar dos albicastrenses.
A remodelação do Mercado Municipal de Castelo Branco, foi sem dúvida um desses casos, (pois o velho mercado estava uma desgraça) o pior vêm depois quando somos confrontados com o resultado final desta remodelação.
Estive há dias neste mercado e qual não foi o meu espanto, quando vejo que aquilo mete agua por todos os poros, (perdão…) por todos os lados!
Sim… a água gotinha que se farta do tecto e encharca grande parte do chão, (qualquer dia teremos que abrir o guarda chuva dentro do mercado…).
Como se não bastasse, a obra nunca foi terminada pois a antiga parte onde se vendia peixe, nunca foi finalizada e encontra-se fechada desde a remodelação. Gastou-se na remodelação do Mercado Municipal, a importância de; 2.569.447,13 euros e aquilo mete água por todos os lados. Sem querer ser mauzinho, só posso dizer; que embora esta obra fosse necessária, não era forçoso que a mesma metesse água tão aceleradamente.
Não vou aqui culpar a nossa autarquia pelo resultado final desta calamitosa requalificação! No entanto… faço votos para que as águas rebentem rapidamente ao nosso presidente, de maneira a que ele possa responsabilizar os autores por este sublime trabalho.
NOTÍCIA DE ULTIMA HORA
Ps. Um passarinho fez chegar aos ouvidos do albicastrense, que a nossa autarquia guardava alguma documentação numa das lojas do primeiro andar do Mercado Municipal. As pinguinhas foram tantas que a dita documentação ficou quase sem tinta para se poder ler……
O Albicastrense

quinta-feira, janeiro 14, 2010

A MORTE DE JOÃO AMARAL


A CULPA VAI MORRER SOLTEIRA!....
O jornal “Povo da Beira” publicou esta semana o artigo que acabou de ler.
Ao ler este artigo dou comigo a pensar se vale a pena ser solidário... O João Amaral foi bombeiro durante 30 anos. Morre a tentar ajudar os seus semelhantes e para espanto geral, ele é o único culpado pela desgraça que se abateu sobre ele e sobre a sua família.
Respondem uns tantos, que não têm responsabilidades sobre este trágico acidente, pois ele deveria ficar quietinho e sossegadinho dentro da sua casa até que o incêndio fosse apagado, (como se fosse possível dizer a um ex-bombeiro, para ficar no seu cantinho perante um incêndio à sua porta).

Diz a família; “ O Presidente da Câmara, perguntou no que podia ajudar e disse que pagava o funeral.”, e acrescentou ainda “ Ficamos com uma mão à frente e outra atrás...”.
A empresa Pirotécnica diz; ”que o foguete não o atingiu”!?
Não dá para acreditar! O João Amaral morre a tentar ajudar os seus semelhantes e a única coisa com que se preocupam certos senhores é de que o culpado se chama João Amaral, pois deveria ter ficado sossegadinho no seu cantinho.
Não vou aqui lançar culpas a quem quer que seja, uma vez que de direito pouco ou nada sei, no entanto não posso deixar de me interrogar sobre que raio de comunidade monstruosa estamos nós a criar.
Um homem morre a tentar ajudar os seus semelhantes, vítimas de um incêndio provocado por um espectáculo promovido pela nossa autarquia e levado a efeito por uma empresa de pirotecnia.
Para espanto geral, (ou talvez não…), ninguém é responsável pela morte do homem a não ser ele próprio!
Como disse anteriormente de direito só sei que nada sei! Sei no entanto que esta morte se deve a um espectáculo de pirotecnia promovido pela nossa autarquia e isso, deferia ser o suficiente para que ela assumisse as suas responsabilidades para com a família, que a partir de agora ficam como disse a esposa do malogrado João, “com uma mão à frente e outra atrás”.
Se esta tragédia não fosse demasiada seria, quase me apetecia brincar com ela, no entanto, fico-me com um pedido ao presidente da nossa autarquia: Senhor presidente pagar as despesas inerentes ao funeral até pode ter sido um gesto bonito, porém, agora à que tratar dos seus familiares e assumir as responsabilidades, (no mínimo), morais pela sua morte.
PS - Depois desta tragédia espera-se que no próximo ano os responsáveis morais por esta tragédia, repensem o lugar para futuros festejos.
O Albicastrense

quarta-feira, janeiro 13, 2010

ALBICASTRENSES ILUSTRES - XVII

FRANCISCO REBELO DE ALBUQUERQUE 
(1881-1957)
No dia 13 de Janeiro de 1881, nasceu em Castelo Branco Francisco Rebelo de Albuquerque, descendente de uma das mais ilustres famílias da nossa região.
Licenciou-se em direito e foi Governador Civil de Castelo Branco, de 21 de Março de 1914 a 9 de Fevereiro de 1915.
Em 1931 doou a cidade os terrenos onde mais tarde foi construída a Avenida Nuno Alvares e suas transversais.
Em 1935 vendeu à Câmara de Castelo Branco, a sua antiga residência, o solar dos Condes de Oleiros, que hoje serve de Paços do Concelho.
Foi ainda Presidente da Câmara Municipal de Oleiros entre os anos de 1933 a 1940 e de 1949 a 1955. O Dr. Rebelo de Albuquerque veio a falecer em Oleiros, no seu solar, a 19 de Fevereiro de 1957.

PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”Reconquista"

O Albicastrense

segunda-feira, janeiro 11, 2010

sábado, janeiro 09, 2010

MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR - I


CENTENÁRIO DO MUSEU
DE 
FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR
(1910/2010
O Museu Francisco Tavares Proença Júnior comemora neste ano de 2010, o seu primeiro centenário.

--Cem anos em que andou feito saltimbanco por instalações sem qualquer dignidade para o receber;
--Cem anos em que nem tudo correu da melhor maneira, pois cerca de metade desse tempo esteve de portas fechadas ao publico;
--Cem anos em muitos albicastrenses deram coisas suas, para que a sua existência fosse uma realidade;
--Cem em que teve como directores homens e mulheres como, Francisco Tavares Proença Júnior, Manuel Paiva Pessoa, Elias Garcia, Fernando de Almeida, António Forte Salvado e Ana Margarida Ferreira;
Para comemorar este primeiro centenário, irei ao logo ano dar a conhecer aos visitantes do blog, um pouco da história do nosso Museu.
Historiar este conto centenário não é tarefa fácil, porém dar a conhecer alguns dados históricos sobre o nosso museu é algo que poderei fazer com a ajuda de muitos e bons albicastrenses.
Homens que são parte integrante desta historia e que sem eles dificilmente haveria historia para contar.
Para começar gostaria de acrescentar o seguinte; a melhor maneira de contar esta história, (na minha perspectiva) será dividi-la em duas partes; o antes de 25 de Abril de 1974, (altura em que o museu é instalado no antigo Paço Episcopal) e o depois de 1974, até à presente data.
Os dados referentes à primeira parte da história foram recolhidos por mim em livros, revistas, ou em antigos jornais da nossa cidade. A segunda parte da mesma história, será com certeza mais interessante! Pois… além dos meios mencionados anteriormente é ainda possível falar com quem viveu de muito perto esses anos magníficos.
Para começar a primeira parte da história, começava por publicar na integra um pequeno trabalho da autoria do Dr. Luís Pinto Garcia publicado na revista “Estudos de Castelo Branco” em 1961.
Este trabalho tem cerca de quarenta páginas e abrange a história do museu Francisco Tavares Proença Júnior, entre ao anos de, 1910 e 1961.
Ele será aqui publicado ao longo de dez semanas, (quatro paginas por semana).
Além do trabalho de Luís Pinto Garcia irei também dar a conhecer aqui noticias sobre o museu, publicadas em antigos jornais da nossa cidade, ao longo desses cem anos.
O Albicastrense

quinta-feira, janeiro 07, 2010

TIRAS HUMORÍSTICAS - 52


Bigodes e Companhia comentam as declarações do nosso presidente sobre o repovoamento da nossa zona histórica.

Estranhamente Companhia não se atreve a comentar esta medida!.... Porém, nada impede que os visitantes do blog de a comentarem.
O Albicastrense

José António Grilo


No dia 7 de Janeiro de 1916, faleceu em Castelo Branco José António Grilo, que era o decano dos comerciantes albicastrenses e prestigioso proprietário da conceituada firma comercial “José António Grilo & Filhos”, fundada em 1858. Abastado proprietário, era uma pessoa deveras considerada, pelo fino porte e trato afável.
Trabalhador infatigável e muito perspicaz, era uma pessoa muito respeitada em todo o concelho. Era membro da irmandade da Santa Casa de Misericórdia, de Castelo Branco, da qual foi provedor, interino em 1910 e, posteriormente provedor substituto.
PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista
O Albicastrense

segunda-feira, janeiro 04, 2010

CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - LXIV

MONUMENTOS DE CASTELO BRANCO
Domus Municipalis – (IV)
(Continuação)
Em 1 de Agosto de 1864 faleceu em Castelo Branco o distinto médico e bibliófilo Dr. José António Morão, que havia nascido em 3 de Setembro de 1786 do consórcio de José António Morão com D. Isabel Violante. Este ilustre clinica do partido municipal da cidade, que foi deputado vogal do primeiro Concelho do Distrito e governador civil, legou a sua valiosa biblioteca ao público municipal de Castelo Branco. São do seu testamento as seguintes disposições:
Na casa da rua do Pina, que habito desde o ano de 1846, acha-se a minha livraria, formada de 3200 e tantos volumes, não contando livros truncados nem manuscritos; com quanto me haja custado muito bom dinheiro, não se venderia hoje por 400 mil réis, atendendo ao uso que dela se tem feito e ao pouco gosto que quase geralmente há-de devassar obras de artes e de ciências das quais consta a minha colecção na máxima parte. Tal qual é, julgando-a profícua numa terra de segunda ordem e afastada das grandes cidades do reino, tomo a deliberação de conserva-la intacta no próprio local em que ora está posta, para se prestar ás necessidades de pessoas literatas, decentes e bem morigeradas que, em ocasião oportuna e a horas cómodas, ali queiram ir para ter, consultar ou extractor a doutrina dos seus livros que lhe será fornecido e também tinta e papel, por meu sobrinho de meu mesmo nome que, para este efeito, apelido meu fiel comissário, sem que a biblioteca haja de pertencer-lhe em próprio ou a seus sucessores, em sua morte ou por ausência para fora do pais. A todos vedo o empréstimo de qualquer dos livros que a constituem, nem por horas, a pessoa alguma, não obstante a maior relação de respeito e amizade que possa liga-los à que semelhante favor deles exista. É pois que o referido meu sobrinho se comprometa (a sua palavra e honradez são por mim acreditadas!) não só a guardar e a bem conservara biblioteca de que se trata mas ainda a dota-la anualmente de novas obras em modo compatível com as suas despesas, para assim o público municipal ser mais vantajosamente servido, peço àquele que se esforce por inspirar a seus sucessores no fiel comissário as mesmas ideias de conservação e de aumento em tal legado.”
O importante espólio do Dr. Morão não interessou à Câmara Municipal: a biblioteca não foi facultada ao público pelo Comendador e Industrial José António Morão, sobrinho herdeiro e fiel comissário do testador e o Município não reivindicou esse direito. A despeito de não ter sido revogado a portaria de 9 de Setembro de 1834, em 1867 o governador civil solicitou ao Governo autorização para formar uma biblioteca com os livros dos extintos conventos e em 1870 renovou o pedido. O governo "aquiesceu" sugerindo a conveniência de ser aprovado em sessão da Câmara Municipal um subsídio para a aquisição de livros. Por decreto de 2 de Agosto de 1870 determinou o Governo que se criassem bibliotecas em todos os concelhos do país a expensas das respectivas Câmaras. O município de Castelo Branco continuou, todavia a desinteressar-se pela organização da biblioteca, não dando cumprimento àquela resolução governamental.
(Continua)
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951. Autor; Manuel Tavares dos Santos.
O Albicastrense

sexta-feira, janeiro 01, 2010

BAIRRO DO VALONGO


O TÚNEL
Sendo eu morador do bairro do Valongo, não posso deixar de apresentar neste blog o magnífico e inovador túnel com piscina que aqui foi construído, (final da rua do Terminal).
Andam os moradores às turras com o nosso presidente, por causa do estado miserável em que o bairro se encontra e depois quando têm a sorte de ter uma obra desta envergadura, fecham-se em copas e não dizem nada ao Zé pagode.
Agora mais a sério!.. O desastrado túnel ainda nem teve a honra de ser inaugurado e já está a meter água a granel.
O pobre do túnel “” custou 478.240.00 Euros e na primeira enxurrada, ficou transformado em “túnel com piscina”.
Aos responsáveis por esta “Boa” obra, o albicastrense só pode dar os parabéns por mais este magnífico e inovador túnel com piscina, pois a partir de hoje os moradores do bairro do Valongo, já dispõem de um lugar para poderem dar “banho ao cão”.
O Albicastrense

PROF. FARIA DE VASCONCELOS

ONDE PÁRA A PLACA?
Começo o ano de 2010, com um tema leve e ao mesmo tempo fazendo justiça a um albicastrense que os albicastrenses de hoje praticamente olvidaram.
A Sete de Março de 1980 o jornal “A Reconquista” publicava na sua primeira página, a colocação de uma lápide evocativa na casa onde nasceu,(prédio da farmácia Grave) o Prof. Faria Vasconcelos. Este acto era comemorativo do primeiro centenário do nascimento deste ilustre albicastrense.

Decorridos trinta anos! A placa foi-se… sumiu-se, evaporou-se.
No prédio ainda se podem ver vestígios da danadinha, no entanto o seu paradeiro é desconhecido. Será que durante as recentes obras feitas nesta casa alguém se esqueceu de voltar a colocar a placa no sítio? Ou será que algum espertalhão lhe achou graça e a lavou a dar uma voltinha?
Não sei se foi desleixo ou roubo!.. Sei no entanto que este ilustre albicastrense não merece tal desconsideração, por isso apelo aos responsáveis pelo desaparecimento desta placa, a sua restituição.
A sua reposição na parede da casa onde este eminente nasceu, seria uma homenagem não só a Faria Vasconcelos, mas também a quem lhe prestou veneração em 1980.

O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...