quinta-feira, junho 26, 2008

As Velhas Ruas da Minha Cidade

Rua dos Ferreiros

Na continuação de que aqui escrevi sobre a rua do Relógio, trago hoje à memória dos albicastrenses a rua dos Ferreiros.
Estive nesta rua e mirei-a com os olhos bem abertos, para poder descrever neste post a desgraça que por ali está instalada. A rua dos Ferreiros está situada na parte velha da nossa cidade, tem o seu início no final da rua das Olarias, (ou principio conforme se quiser) e termina na praça Camões. Tem pouco mais de duzentos metros e sessenta e quatro portados, entre a soma dos dois lados da rua, (P. Postiguinho - L. Camões).
Nela podem encontrar-se algumas preciosidades: Um portado quinhentista, uma inscrição num portado de 1574, uma cruz de azulejos e até a capela da Nossa Senhora da Ajuda, (de que já aqui falei) ali tem pousada, porém, de nada lhe vale ter como domiciliados todas estas raridades.
Pois os proprietários dos prédios ali residentes, e as sucessivas vereações autárquicas da nossa cidade, à muito a entregaram aos ratos. O desleixo a que esta rua chegou!!!! É quase total, mais de metade das casas ali existentes estão em ruínas, a outra metade está abandonada por falta de condições habitacionais. A existência humana nesta rua, (salvo meia dúzia de excepções) é uma autêntica rareza. Esta rua, era ainda há bem pouco tempo, (década de 60 de século XX) uma das ruas mais movimentadas da nossa zona histórica, ali existiram vários estabelecimentos comerciais, dos quais ainda hoje ali se podem ver raízes históricas.
Eis mais um tristíssimo exemplo do caos urbanístico por que passa a nossa cidade, os responsáveis por toda esta anarquia estão há muito identificados:
“Os respectivos proprietários dos prédios e as sucessivas vereações camarárias da nossa autarquia”, uns porque deixaram que os seus imóveis se tornassem autênticos ninhos de ratos, outros perante tal cenário preferiram virar a cara para o lado dizendo!!! ”Isto não é nada connosco”. 
Eu sei que esta rua, é apenas mais uma das muitas da nossa cidade que se encontram nesta desastrada condição, no entanto continuarei a insistir nesta tecla. Estando disposto a falar aqui de todas as velhas ruas da cidade até que se adoptem medidas. Aos albicastrenses a mesma pergunta: É esta a cidade que queremos? Bonitinha em alguns sítios e a cair de podre em praticamente toda a velha urbe albicastrense!!!!

O Albicastrense

quarta-feira, junho 25, 2008

O s Nossos Chafarizes

CHAFARIZ DA MINA

Este chafariz foi, até ao abastecimento domiciliário de Castelo Branco o principal fornecedor de água potável aos moradores da nossa cidade.
Era neste chafariz que a maioria da população iam buscar a água que necessitava para o seu dia a dia, quer directamente ou através de mulheres que faziam profissão deste trabalho, carregando durante todo o dia, os cântaros de água que iam despejar nos potes ou talhas de barro de quem comprava esta agua, (meu pai disse-me muitas vezes, que minha avó tinha feito este trabalho).
Foi construído 1825, no período da regência do Príncipe D. João, filho da Rainha D. Maria I. Os habitantes de Castelo Branco pediram ao monarca, que lhes fosse concedido um subsídio para se concluir as obras deste chafariz, que haviam sido iniciadas algum tempo antes, graças a um contributo voluntário da população albicastrense.
Algumas das cantarias empregadas na sua construção foram adquiridas pelo segundo Bispo de Castelo Branco D. Vicente Ferrer da Rocha para as obras de ampliação e aformoseamento da igreja da Sé, tendo sido cedidas à câmara municipal pelo terceiro bispo D. Joaquim José Miranda Coutinho por este prelado ter mandado custear aquelas obras.
Situado numa plataforma de nível superior ao nível do pavimento do largo, possui duas bicas circulares que desaguam em dois tanques.
As sobras de agua canalizadas para outras duas bicas que abastecem um tanque rectangular colocado ao nível do pavimento do largo, (que durante muitos anos serviu de bebedouro de gado). O acesso do pavimento à plataforma è feito por duas escadas de três degraus ladeados por quatro pilastras sobrepujadas. As pilastras são rematadas por pináculos de fogaréus.
Ao meio do frontão sobressaem as armas nacionais da época de D. João VI sem a coroa real, por ter sido esta insígnia destruída após a implantação da Republica.

O Albicastrense

segunda-feira, junho 23, 2008

Os Nossos Tesouros

O CASTELO DA NOSSA CIDADE

No castelo da nossa cidade, continuam as prospecções arqueológicas promovidas pela autarquia albicastrense.
Vamos aguardar pelo desenrolar destas, (que remédio) para depois ficarmos a saber o que se passa por ali.
Entretanto aqui ficam mais algumas fotografias destas escavações.

O Albicastrense

sexta-feira, junho 20, 2008

Castelo Branco na História XXIX

(Continuação do número anterior)

No Livro do Tombo da Comenda da Ordem de Cristo foram inventariadas, em 1753, as seguintes casas anexas à ermida:
“Mais lhe pertencem quatro casas que servem de se recolherem os romeiros, uma consta de três salas de sobrado, a primeira com uma janela virada ao sul que tem de comprimento quatro varas e um palmo e de largo duas varas e quatro palmos e as outras duas tem a mesma medição e cada uma sua janela; junto das ditas casas estão três casas térreas quase todas igual grandeza e todas têm portas por onde comunicar”.
Não está bem averiguado se era nestas quatro casas, utilizadas para residência do ermitão e recolha dos romeiros, que se situavam as seis celas a que alude a carta de Frei Manuel da Encarnação.
O ermitão de Nossa Senhora de Mércoles era nomeado pela Câmara Municipal desde
Tempos imemoriais, conforme consta da acta da sessão de 21 de Novembro de 1790.
No adro da ermida existe um cruzeiro de granito, de construção moderna, constituído por um fuste cilíndrico apoiado sobre um plinto e rematado por uma cruz floreada assente sobre um anel que lhe serve de base.
O povo de Castelo Branco, nas estiagens muito prolongadas e calamitosas, tem por hábito muito antigo conduzir em procissão a imagem de Nossa Senhora de Mércoles para a Igreja da Sé e de fazer ali suas preces par que os campos sejam beneficiados com a chuva.
Teve sempre, o povo da cidade e dos seus subúrbios, uma grande veneração pela Nossa Senhora de Mércoles, dedicando-lhe outrora varia romarias durante o ano, principalmente em todas sextas-feiras do mês de Março.
A festividade mais importante realizava-se no domingo de Bom Pastor e nos dois dias seguintes. Esta romagem teve origem num voto que a Câmara Municipal de Castelo Branco fez em 2 de Julho de 1601, em agradecimento à Nossa Senhora por ter livrado os habitantes da peste que, naquele ano e noutros precedentes, grassara no pais.
Todas os vereadores e oficiais da Câmara se incorporavam numa procissão que ia da povoação à ermida em cumprimento do voto e todos os clérigos de Ordens sacras que estivessem presentes eram obrigados a assistir, sob pena de excomunhão, por ordem do Bispo da Guarda D. Nuno de Noronha.

PS . O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos

O Albicastrense

quinta-feira, junho 19, 2008

Parques de Estacionamento


NA CIDADE DOS PARQUES

DE
ESTACIONAMENTO SUBT
ERRÂNEOS

Nas traseiras do edifício da Câmara Municipal começaram na passada segunda feira, as obras referentes à construção de mais um parque de estacionamento subterrâneo na nossa cidade.
Todas as velhas árvores existentes entre as traseiras da câmara e a praça, já pertencem
ao passado, diria mais… são hoje lenha para a fogueira.
Com este, são quatro os parques de estac
ionamento subterrâneos em construção em Castelo Branco.
Numa época em que se defende a utilização dos transportes púbicos, como forma de melhorar o meio ambiente das nossas cidades.

O que faz a nossa autarquia!?

Arrasa mais um velho largo da nossa cidade, (que ela própria deixou abandonado durante aproximadamente 10 anos) e constrói mais um parque subterrâneo para popós!!!!
Confesso que me custa ver a apatia do
s albicastrenses perante esta construção subterrânea, confesso que me custa compreender o sossego de alguns ilustres da nossa urbe, confesso que me custa ver o silêncio da nossa imprensa sobre estas obras, confesso ainda que não consigo compreender este frenesim de destruição do antigo, para construção de parques de estacionamento subterrâneos e largos de placas graníticas.
Como albicastrense, aqui fica escrito o meu testemunho por mais este falso modernismo saloio.

Bigodes e Companhia, habituais no largo dos reformados, (largo da Sé) são apoiantes da política camarária na área dos parques subterrâneos. Como tal avançam desde logo com a construção de um parque subterrâneo neste local. Aqui ficam os diálogos desta parelha albicastrense.

O Albicastrense

quarta-feira, junho 18, 2008

Penha Garcia

Estive este fim-de-semana em Penha Garcia onde tirei algumas fotos. Se ainda não conhece! Vá visitá-la… pois o cenário é fantástico e merece bem a sua visita.

O Albicastrense

terça-feira, junho 17, 2008

Os Nossos Tesouros

EM BUSCA

DA

VELHA MURALHA ABANDONADA

Este bem poderia ser o título, para nova sequela de Indiana Jones.
A velha muralha regressa à ribalta albicastrense, após anos e anos de esquecimento e desprezo.
Não sou por natureza pessimista, no entanto também não sou aquilo a que possamos chamar um optimista crível, diria antes, ser alguém que tem os pés bem assentes na terra, e que precisa de ver para crer.
Vem esta conversa a propósito das obras na Praça Postiguinho de Valadares.
Estas obras, colocaram à vista parte do que resta da velha muralha na nossa cidade, (conforme se pode ver nas fotografias aqui colocadas).
Muralha que os albicastrenses de uma forma destrambelhada, e inexplicável, aniquilaram sem dó nem piedade no passado, (parece!!! que a atracção dos albicastrenses para exterminar e destruir o seu património já vem de longa data).

Gostaria de acreditar que o meu medo é fruto do “meu ver para crer”.

Gostaria de acreditar que os albicastrenses, vão finalmente prestar homenagem à velha muralha, assim como aos responsáveis pela construção desta.

Gostaria de acreditar que o que resta da velha muralha, vai ser acautelada de forma a ser possível mostrar às gerações vindouras; quem fomos, quem somos e para onde queremos ir?

Gostaria de acreditar que as lajes de granito, são pertenças de um passado próximo, mas não mais permitidas.

Gostaria de deixar de acreditar… e começar a ver os nossos representantes autárquicos empenhados, interessados e mobilizados na defesa da história da minha cidade.

Aos nossos eleitos de hoje… exige-se a não repetição de erros passados, (muito próximos) e muita consideração por esta “velha “Senhora”.

O Albicastrense

segunda-feira, junho 16, 2008

ALBICASTRENSES ILUSTRES - V

BARTOLOMEU DA COSTA
Filho de Simão da Costa e da Catarina da Costa. Sobrinho do notável Cardeal da Alpedrinha, nasceu em Castelo Branco a 24 de Agosto de 1553. Quis tomar o hábito de S. Francisco ao que seus pais se opuseram, consentindo no entanto em que se ordenasse e fosse estudar na Universidade de Coimbra.
Frequentou as aulas, de direito canónico onde se distingui, mas não se doutorou. Aceitou a solenidade de tesoureiro-mor da Sé de Lisboa, depois de muito instado por seu irmão, que renunciou nele esta dignidade.
Exerceu as funções deste cargo desenvolvendo a mais acrisolada caridade.
Por seu testamento instituiu universal herdeira de sua avultada riqueza a Misericórdia de Castelo Branco.
Ordenou em seu testamento que seu corpo fosse sepultado na Igreja do estabelecimento que instituiu por herdeiro, disposição está por cumprir.
Jaz na Sé de Lisboa onde faleceu este distinto albicastrense a 27 de Maio de 1608.
A Igreja deu-lhe o título de “Venerável”.

Ps – Dados pesquisados em: Monografia de Castelo Branco de António Roxo
O Albicastrense

Curiosidades Albicastrenses

14 – 06 – 1602

Vítima de um terrível surto de peste, veio a falecer em Castelo Branco, o médico André Esteves.
O Dr. André Esteves, que combateu esta doença, endémica, durante dois anos, acabou por ser uma das vítimas do contágio letal, vindo a morrer em consequência desta perigosa enfermidade, que grassava na região e contra qual tanto lutou denodadamente.
Foi sepultado na Igreja de Santo António, tendo-se incorporado no préstito fúnebre, toda a população albicastrense.

PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista”

O Albicastrense

domingo, junho 15, 2008

Castelo Branco na História XXVIII

(Continuação do número anterior)

No século XVI foi fundado junto da ermida um conventinho para seis religiosas, por testamento de Rodrigo Rebelo, esforçado cavaleiro que exerceu na Índia o cargo de 1º capitão de Côa, para o qual nomeado pelo vice-rei Afonso de Albuquerque, tendo sido morto às lançadas pelos indígenas, num combate que foi pormenorizadamente descrito por Damião de Góis na Crónica do Felicíssimo Rei D. Emanuel.
Frei Manuel da Encarnação, do mosteiro da Graça, refere-se à fundação do conventinho da Nossa Senhora de Mércoles numa carta, datada naquele mosteiro em 18 de Junho de 1784, que dirigiu ao seu amigo e condiscípulo António de Azevedo Velho Galache, com o objectivo de esclarecer esse descendente de Rodrigo Rebelo de que não tinha qualquer direito a reivindicar no convento Graça, cuja a igreja também havia sido fundada, com os bens do mesmo testador, pelos seus herdeiros.
Narra essa carta, que foi arquivada na Câmara Eclesiástica, que Rodrigo Rebelo legou os seus bens a sua irmã Maria Rebelo para que ela mandasse erigir em Mércoles e sustentasse com os rendimentos daqueles bens um pequeno convento para seis religiosas.
Em vez de cumprir as disposições do testamento, dotou a herdeira um filho e duas filhas com a totalidade dos bens herdados, mas, decorridos algum Tempo, passou a ter uma existência amargurada pelos reparos e pelas recriminações dos seus confessores. Foi então aconselhada, pelo seu genro Fernando Pina, a mandar construir seis celas térreas em Mércoles e a albergar nelas seis frades capuchos que não viviam de rendas por descriminação da respectiva ordem. Aceitou Maria Rebelo a sugestão de seu genro mandando erigir as seis celas e promovendo a sua ocupação por outros tantos frades capuchos.
Estes religiosos, porém, abandonaram o conventinho logo que tiveram conhecimento de que o testador o havia dotado com rendas que eles não podiam usufruir. O rei D. João III, ao ser informado de que as disposições do testamento não haviam sido integralmente cumpridas, ordenou a entrega do convento aos frades do mosteiro da Graça para que eles reivindicassem as fazendas que haviam sido pertença de Rodrigo Rebelo, algumas das quais passaram para a posse daquele mosteiro. Para alivio da sua consciência, a herdeira Maria Rabelo fez ao convento da Graça algumas doações e mandou erigir junto dele uma igreja, da qual existe ainda um portal manuelino tendo ao lado uma legível inscrição em latim destinada a perpetuar o nome do testador e dos seus herdeiros.

PS . O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.

Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos

O Albicastrense

sexta-feira, junho 13, 2008

FONTES, POÇOS E CHAFARIZES


DA TERRA ALBICASTRENSE

Após a destruição de parte do túnel do largo de S. João, (para já) penso ser importante recordar aqui, palavras de dois grandes homens da nossa cidade.
Os seus livros, são hoje peças essenciais para compreender parte da história da nossa cidade.

O texto que se segue foi tirado do livro de J. A. Porfírio da Silva; “Memorial Cronológico e Descritivo da Cidade de Castelo Branco” editado em 1853.

A cidade carece de água potável para uso doméstico de seus habitantes, pois que a que tem presentemente não é suficiente máximo na estação do tempo, em que as fontes publicas escasseiam ou secam, e em que alguns proprietários tem de suprimir esta falta com agua das fontes que existem em suas fazendas, sendo destas as mais próximas e acessíveis ao povo: 1ª a propriedade denominada – Jardim de Luís de Pena; 2ª a denominada Polida, pertencente a Luís António Henriques: 3ª outra próxima a esta também denominada – Polida, pertencente a José Bento Pereira: 4ª a denominada – Cubeira, pertencente a Pedro de Ordaz Caldeira: 5ª a quinta de Montalvão, pertencente ao mesmo proprietário: 6ª a fazenda próxima a esta, pertencente ao brigadeiro Joaquim Trigueiros, a qual parece que se denomina hoje – Quinta das Laranjeiras: 7ª a denominada – Quinta das Pedras, à S. da Piedade, que fora de Gregório Pessoa, e hoje pertence a Rafael José da Cunha. Alem destas ainda outras, onda todavia o povo não tem o mesmo aceso tanto por algumas se acharem mais distantes, como porque seus donos não se conformaram com a devassidão que sofrem seus prédios com a concorrência do povo à água. Deve declarar-se que as melhores nascentes de águas que há em fazendas particulares são sem dúvida as que existem na quinta do barão de Oleiros; na horta ou quinta ao ribeiro das hortas, pertencente a Francisco Repelo de Albuquerque, na quinta da Carapalha, que era de Pedro José Roxo, e que pertence hoje a Agostinho Nunes da Silva Fevereiro, e finalmente a que existe no Jardim de Luís de Pina.

O texto que se segue foi tirado do livro de Manuel Tavares dos Santos; “Castelo Branco na história e na arte” editado em 1958.

Durante longos séculos a população de Castelo Branco suportou resignadamente a carência de água necessária para o abastecimento público.
O povo utilizava, nos usos doméstico e para dessedentar-se, a água de fontes e poços existentes nos prédios rústicos das cercanias, mercê da generosidade ou complacência dos seus proprietários.
Entre estes poços e fontes contavam-se os das quintas da Polida, das Pedras, das Laranjeiras, de Montalvão, da Cubeira, da Carapalha, do Jardim e do Ribeiro das Hortas. Varias fontes e poços públicos, construídos pelo Município, forneciam, quase sempre agua imprópria par consumo, já por ser extraída por meios de recipientes pouco higiénicos, já por ser proveniente de nascentes sujeitas a inquinações por estarem situados sob arruamentos
.

PS. A fotografia que ilustra este tema, foi tirada por mim em 2001.

Este chafariz estava situado na antiga quinta do Tavares, esta quinta situava-se entre a rotunda da Europa e o hipermercado Modelo.
Mais tarde, com a abertura da nova via entre estes dois locais, o Chafariz foi retirado, (e muito bem) pela nossa autarquia desta quinta e colocado onde hoje se encontra ao lado da rotunda Europa.

(Continua numa segunda publicaçao)

O ALBICASTRENSE

quinta-feira, junho 12, 2008

EXPOSIÇÃO DE TAPEÇARIA


Sala da Nora do Cine-Teatro Avenida

2 a 19 de Junho

Se ainda não viu esta exposição, ponha pernas a caminho e vá visita-la.

São fantásticas as tapeçarias ali expostas.

O albicastrense

quarta-feira, junho 11, 2008

TÚNEL DO LARGO DE SÃO JOÃO


Comentários para quê !!!!
É tempo de dar tempo ao tempo, para que o tempo  nos  dê razão.
 O Albicastrense

Velha ruas da minha cidade

Rua do Relógio

A rua do Relógio, é hoje o exemplo do caos urbanístico por que passa a nossa cidade.
Esta rua bem situada no coração da nossa cidade, liga a rua de S. Sebastião à Praça Camões. Tem pouco mais de cem metros e um total de 30 portados, quem passa por ali, não pode deixar de ficar horrorizado com o actual estado dos edifícios que ali têm residência. Dos edifícios que constituem esta rua, apenas três têm alguma utilidade!!!
Num funciona uma agência funerária, noutro um pequeno bar e noutro vi alguns vestígios de inquilinos, (hoje uma espécie em vias de extinção nestas pobres zonas de nossa cidade). Todos os velhos prédios ali residentes, estão em deplorável estado, num pode ver-se inclusivo que a fachada do prédio foi rebocado mas o interior ficou como estava
Eu sei que esta rua, é apenas mais uma das muitas da nossa cidade que se encontram neste desastrado estado, no entanto continuarei a insistir nesta tecla.
O desleixo dos proprietários e a inércia da nossa autarquia na resolução deste velho problema, é no mínimo perturbador, a continuidade desta conjuntura irá agravar ainda mais
a triste realidade destas desventuradas zonas da Castelo Branco.
Aos albicastrenses uma pergunta: É esta a cidade que queremos? Bonitinha em alguns sítios e a cair de podre em praticamente toda a zona velha da cidade!!!!

O Albicastrense

domingo, junho 08, 2008

As Nossas Instituições

No dia 1 de Junho de 2007 escrevi o poste que se segue.

“Tristezas da minha cidade”

A Câmara Municipal de Castelo Branco, adquiriu e restaurou em 2006 um velho casarão situado na rua de Santa Maria, (perto
da sede do Centro Artístico Albicastrense), e que na década de 50/60 serviu de sede à antiga mocidade Portuguesa (de triste memória). Até aqui diria tudo bem! Pois uma das críticas feitas pelos albicastrenses aos nossos poderes autárquicos é precisamente a falta de investimento na recuperação de casas degradadas na zona histórica da nossa cidade. Pois bem… A obra foi feita e o espaço foi renovado, esperava-se o passo seguinte, que seria, qual a ocupação a dar ao referido casarão por parte da nossa autarquia!!!! Que aconteceu? Nicles! Pois o espaço está às aranhas! Literalmente às aranhas! Com as respectivas teias de aranha e tudo! Gasta-se uma carrada de centenas de milhares de euros na recuperação do edifício e depois não se sabe qual o uso a dar-lhe?
Senhor presidente não quero acreditar que ainda não saiba qual o uso a dar ao referido edifício… Porém não demore muito a decidir sobre o futuro do mesmo, pois corre o risco de ter que fazer novas obras, quando encontrar residente.

(PS) Se não houver ideias sobre a ocupação a dar a este edifício, aqui fica uma: Que tal ceder o espaço a uma possível associação, (a criar), de recuperação da zona histórica da cidade?

Um ano depois, tenho conhecimento através do jornal “reconquista”, que parte deste espaço foi cedido à Liga dos Combatentes. É caso para dizer: “mais vale tarde que nunca”.
Sou um ex. combatente, (Angola-73/75) que não se identifica muito com este tipo de instituições, porém reconheço o importante papel, desempenhado pela Liga dos combatentes na defesa dos nossos ex. combatentes. Em meu nome, (e seguramente em nome da maioria dos ex. combatentes albicastrenses) queria desde já dizer ao presidente da nossa autarquia e restante vereação, bem-haja pela decisão tomada.

O Albicastrense

sexta-feira, junho 06, 2008

Fotografias antigas de Castelo Branco

Castelo Branco

IMAGENS

QUE O TEMPO NÃO APAGOU

O Albicastrense

ALBICASTRENSES ILUSTRES - IV

ANTÓNIO SANCHES GOULÃO
Natural de Castelo Branco, onde nasceu a 27 de Novembro de 1805.
Filho de Manuel Sanches Goulão, distinto latinista natural da Alcains. Foi praça do batalhão académico desta cidade entre 1820 e 1834. Doutorou-se em filosofia, e formou-se em medicina em Coimbra, em cuja universidade foi lente catedrático.
Publicou Princípios gerais de mecânica em 1862. Esta obra valeu-lhe o diploma de sócio correspondente da academia real da Lisboa, e a graça de Comendador da Ordem de Cristo.
Foi colaborador do instituto e de outros periódicos científicos de Coimbra.
Faleceu a 26 de Setembro de 18 (?) Na biblioteca Municipal de Castelo Branco, é ainda hoje possível consultar um livro da obra deste escritor, (edição de 1852 – um volume). Muito pouco se sabe se sabe ainda hoje, sobre este albicastrense, porem, ainda assim acho ser importante não esquecermos, António Sanches Goulão.
Ps – Dados pesquisados em; "Monografia de Castelo Branco" de António Roxo.
O Albicastrense

Castelo Branco na História XXVII

Nos subúrbios da cidade de Castelo Branco. A uma distância de três quilómetros para o lado do nascente, está situada entre olivedos, numa colina aprazível, a ermida de Nossa Senhora de Mércoles cuja fundação é tradicionalmente considerada obra dos Templários. Frei Joaquim de Santa Maria, no Santuário Mariano, atribuiu aos espanhóis, que antigamente afluíam à ermida em grande numero, a designação de Nuestra Señora de Miércoles porque, segundo a tradição, apareceu ali a imagem da Virgem Santa numa quarta-feira.
De uma só nave quadrangular com uma capela absidal reentrante, é esta ermida um curioso exemplar, do período de transição do estilo românico para o gótico. O portal da entrada principal, construído no século XIII, é ornamentado com arcaturas em ogivas sobrepostas em colunelos cujos capitéis são decorados com plantas estilizadas. Os ábacos são prolongados para receberem os colunelos onde apoia a cornija do frontão cujo remate é uma cruz de secção circular. Possui a ermida mais dois portais laterais em ogivas e o seu pavimento está num plano inferior ao do terreno adjacente, sendo de cinco degraus essa diferença de nível. A abside, construída de silharia, tem uma cobertura de três vertentes com cornija sobre modilhões moldurados e é interiormente separada da nave por um arco de volta abatida apoiado sobre pilastras. Nos anos de 1609 e de 1857 – Datas gravadas no arco da capela absidal – foram perpetradas na graciosa ermida varias transformações e mutilações que lhe alteraram a primitiva traça românica.

Na primeira daquelas datas foram as paredes interiores revestidas de azulejos brancos intercalados com duplas tiras azuis de azulejos cruzados em diagonal e, na segunda data, sendo juiz da Confraria o 2º Visconde se Oleiros Francisco Rebelo, foi substituído o primitivo tecto da madeira da nave que era primorosamente pintado, construíram-se dois torreões na fachada principal e efectuou-se o arranjo do adro.

PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos

O Albicastrense

domingo, junho 01, 2008

Obras na nossa cidade

O NOSSO CASTELO E MIRADOURO

As obras no nosso Castelo e Miradouro vão finalmente arrancar, porém segundo parece, (desta vez), as coisas vão fazer-se como mandam as boas regras.
Antes de as obras começarem foi contratada uma empresa, (Novarquelogia), de Alcanena, para fazer uma prospecção arqueológica nestas zonas.
Estive no castelo e miradouro e fiquei maravilhado com o que por ali vi.
Os vestígios arqueológicos que estão aparecer são mais do que muitos, como muito bem diriam os meus antepassados, que por aqueles lados moraram entre o século dezassete a segunda metade do século vinte.
Aos responsáveis da nossa autarquia pede-se bom senso e responsabilidade na resolução destes achados, pois é sempre possível a convivência destes vestígios arqueológicos, (que fazem parte da nossa historia enquanto povo), com a recuperação de toda aquela zona histórica da nossa cidade.
Aos albicastrenses só posso dizer; temos na nossa autarquia um homem corajoso em quem votei, e “provavelmente voltarei” a votar.
Mas por vezes é necessário estar atento ao nosso passado, e não deixar que em nome de um qualquer progresso mediático, se possa passar por cima da nossa história e enterrar todo o nosso passado.


PS – Aqui ficam algumas fotos tiradas nesses locais
.

O Albicastrense

A NOSSA HISTÓRIA - (VIII)


     A TERRA ALBICASTRENSE ATRAVÉS DOS TEMPOS 

No dia 1 de Junho de 1930, (faz hoje 78 anos) a população do distrito de Castelo Branco era de 265.573 habitantes. 80,4 Por cento eram analfabetos e (sabiam ler 33.753 homens e 11.858 mulheres). 
A população residente na cidade de Castelo Branco era de 10.355 habitantes. Havia 30 fábricas no Concelho de Castelo Branco, oito das quais eram de transformação de cortiça. Havia 84 lagares de azeite. 
O movimento de passageiros na estação da CP de Castelo Branco era de 149.572 (já na época era o maior da Beira Baixa). O salário agrícola médio era de 6$70. 
O quilo de batatas custava $50. Um litro de azeito custava 6$00. Um litro de vinho custava 1$10. O carvão era vendido a $50 o quilo o milho a $93 o litro. O arroz 2$50 o litro. O pão de trigo a 2$10 o quilo; o pão centeio a 1$50 o quilo.
Bons preços estes meus amigos!!! O mesmo não poderei dizer desses tempos.

PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista”

O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...