sexta-feira, abril 30, 2010

PRIMEIRO DE MAIO


MAIO, MADURO MAIO

(JOSÉ AFONSO)

Maio maduro Maio, quem te pintou?
Quem te quebrou o encanto, nunca te amou.
Raiava o sol já no Sul.
E uma falua vinha lá de Istambul.

Sempre depois da sesta chamando as flores.
Era o dia da festa Maio de amores.
Era o dia de cantar.
E uma falua andava ao longe a varar.

Maio com meu amigo quem dera já.
Sempre no mês do trigo se cantará.
Qu'importa a fúria do mar.
Que a voz não te esmoreça vamos lutar.

Numa rua comprida El-rei pastor.
Vende o soro da vida que mata a dor.
Anda ver, Maio nasceu.
Que a voz não te esmoreça a turba rompeu.

O albicastrense

quinta-feira, abril 29, 2010

A MINHA CIDADE - 2010


A NOVA PRAÇA PEDONAL
DA
MINHA CIDADE

A praça pedonal, tantas vezes anunciada e outras tantas proclamada, está por fim concluída, (como se pode ver nas fotografias, que ilustram este posts).
Este albicastrense, confessa não ser grande admirador de praças, onde o sol nos incendeia os miolos e a chuva nos encharca os ossos. No entanto, não pode deixar de reconhecer, que este espaço está hoje mais bonito e muito mais funcional.
Lembrava no entanto, que a degradação do antigo parque, foi da inteira responsabilidade dos ocupantes que nos últimos vinte anos, (pelo menos) ocuparam a “Casa Grande” e que transformaram o dito cujo, em parque de estacionamento camarário, de classe rasca.
Deixando para trás a discussão sobre o velho parque, interessa realçar que a construção desta praça pedonal e do parque de estacionamento subterrâneo, permitiu a requalificação duma zona, que se encontrava em estado bastante degradada, sendo esta requalificação a grande virtude desta obra em meu entender.
Aos responsáveis pela requalificação de toda esta zona da nossa cidade, este albicastrense só pode dizer: bem-haja… pelo trabalho realizado.
O albicastrense

terça-feira, abril 27, 2010

PEQUENAS COISAS - V

Quarta-feira, Maio 27, 2009
SINAL VERMELHO

A partir de hoje, vou tentar colocar aqui pequenas situações do dia-a-dia da nossa cidade, situações que embora sejam invisíveis para a grande maioria dos albicastrenses, não deixam de ser incomodativas e incompreensíveis para quem mora perto delas e põe os neurónios a ferver a quem por ali passa. A primeira situação apresentada diz respeito a um pequeno jardim existente perto da Escola Superior de Educação. Na rua Faria de Vasconcelos, (Perto da Escola Superior de Educação), existe um pequeno jardim, (como as fotos mostram), que está uma autêntica calamidade! O alegado jardim, consiste num pequeno espaço ajardinado, que tem um pequeno tanque de água e alguns bancos para as pessoas se sentarem.

1º - O citado tanque está uma autêntica miséria! … Pois em vez de ter água limpa a correr, está cheio de porcaria e a pouca água existente, está podre e a cheirar mal….

2º - Os espaços onde estão situados os bancos, não têm qualquer calcetamento o que torna este espaço uma pobreza franciscana. Não deveria este espaço estar calcetado?

Uma autêntica desgraça, num local que bem merecia outra consideração por parte da nossa autarquia. Senhor presidente a culpa não será sua… mas utilizando uma expressão futebolística… é costume dizer-se, que o treinador é sempre o responsável pela equipa que dirige, se a equipa não consegue resolver estas situações só resta pedir responsabilidades aos responsáveis pelo sector. Numa altura em que a nossa autarquia faz alguns floreados aqui e ali para o “Inglês ver”, não lhe ficava mal ter alguém que olhasse para estas pequenas situações, pois elas são cada vez mais que muitas. Aos responsáveis por este sector na nossa autarquia, deixava o seguinte recado: Que tal arranjarem alguém na nossa autarquia, que regularmente percorra a cidade e tome nota destas tristes e desgraçadas situações? Terminava dizendo, por vezes mais vale zelar pelo que temos, que andar fazer festinhas onde elas por vezes não são necessárias.

UM ANO DEPOIS…

Um ano depois, o mesmo local está como as segundas fotografias demonstram. É caso para dizer, que ficar calado perante o abandono de muitos dos nossos pequenos jardins (e não só), deveria envergonhar-nos a todos. A participação cívica no dia-a-dia da nossa cidade, não é uma obrigação, mas antes um dever cívico que todos nós deveríamos acarinhar e estimular.

O albicastrense

domingo, abril 25, 2010

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - XXX


A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Ribeiro Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes.
O texto está escrito, tal como publicado em 1937.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
Comentário do autor: A Câmara reuniu-se de novo logo cinco dias depois, no dia 10 de Março, havia assunto importante a tratar. Nada menos do que isto:
A Câmara queria dar inteiro cumprimento “d ordem de Sua Magestade partessipada pello Meretíssimo Intendente Geral da Policia expedida em 17 de Março de 1783 (nada menos de cinco anos antes) sobre a creação dos Expostos e ia fazer tudo que fosse possível, incluindo a obrigação imposta às amas de trazerem á Câmara os referidos Expostos para se examinar o seu estado”, mas era preciso pagar-lhes então os respectivos ordenados e não havia dinheiro.
Que fazer em tais circunstâncias? Para grandes males, grandes remédios.
Acta de 1783: "E porque para a despesa da creação tinha esta Camara autoridade para fintar os Povos não só porque as Leys o permitem mas porque novamente o determinou Sua Magestade…"
Comentário do autor: Tratou-se sem mais demoras de distribuir pelas freguesias do concelho a verba necessária, e lá nos aparece outra vez Monforte na cabeça do rol com 80.000 réis, Escalos de Baixo a seguir com 33.000 réis e a sede do conselho com 30.000 réis. Também se notam entre as verbas impostas ás restantes povoações diferenças que não sabemos explicar. Assim, ao passo que Cafede tem a pagar 15.000 réis o Salgueiro paga apenas 10.000 réis e o Juncal 3.600 réis. Comparem a importância das povoações e expliquem estas diferenças, se forem capazes.
Depois da sessão de 10 de Março há um salto para 30 do mesmo mês, em que apenas se trata de nomeação de “almotaceis e a seguir há um salto maior ainda para o dia 3 de Maio.
Durante todo o mês de Abril de 1788 os vereadores, pelos jeitos, não estiveram para se ralar. Na sessão de 3 de Maio o “ Juiz pela ordenação apresentou huma carta régia” e, aberta esta, verificou-se que continha “a nova pauta dos novos vereadores e Procuradores do Concelho que hão-de servir nesta Comarca”
Os novos vereadores eram José Tudella de Castilho, António Ignacio Cardoso Frazão e José Nicolau da Costa Pegado de Figueira. O procurador do conselho era o Doutor José de Andrade Themudo.
Os novos vereadores não tiveram muita pressa em reunir-se para deliberar sobre os interesses do concelho. A primeira sessão que realizaram foi em 21 de Maio e nela, alem de resolverem que ficassem contados os alqueives e que deles saíssem os gados impreterivelmente até ao dia 24 fizeram mais isto:
Acta de 1783: "E assim mais determinarão que tirando o Escrivão deste Senado hua expata relação de todas as dividas pertencentes ao Cons.º a entregasse ao Procurador delle para que sem perda de tempo as fassa cobrar e que se notefique o Tesour.º de Cons.º para tão bem sem perda de tempo aprontar a terça de S. Majestade".
Comentário do autor: Estava bem assim. Sem dinheiro não se podia fazer nada, por isso pusesse para ali cada um e que devesse.
A sessão seguinte realizou-se no dia 31 de Maio. Nesta sessão, alem de se deliberar convocar por pregoes a Nobreza e o Povo para uma reunião a realizar no dia seguinte “para se responder a duas Provisões de Sua Majestade que se lhes proporiam”, só houve mais o seguinte:
Acta de 1783: "E logo acordarão se notificam Jacinto José da Fonseca Val Bonito, para exzebir na mão do Escrivão deste Senado no termo de vinte e quatro horas a licença que esta Câmara lhe passou para tapar certas porções de terra concelhia no citio do Torrejão por haver notissia de lhe ter passado sem as averiguações e solenidades da Ley com cominação de que não a exibindo no dito termo de haver por nullo e sem effeito e exzebindo-a se averiguará a sua validade e se lhe deferirá como for justiça".
Comentário do autor: Estava servido o Jacinto Val Bonito! A nova vereação, que não era para graças, ia mostrar-lhe que não era só tapar certas porções de terra no sítio do Torrejão. Se não exibisse a licença, ficava sem o terreno e sem o trabalho de o tapar, se a exibisse, havia de ver-se ainda…
E a convocação da Nobreza, do Povo e do Senado para o dia 1 de Junho para que foi? Lê-se a acta e fica-se sem saber nada. Foram apresentados e lidos três requerimentos dirigidos a Sua Majestade, para que a Câmara, a Nobreza e o Povo dissessem se deviam ser atendidos ou não, sendo um dos vereadores desta Cidade antecedentes, outro dos moradores do lugar de Malpica, outro do lugar da Mata; mas a acta é muda a respeito do que se pedia nos tais requerimentos.
Foram presentes, foram lidos e a Câmara, Nobreza e Povo “responderão conforme exactamente se escreveu e assinou neles”.
O escrivão Aranha deixou-nos desta vez perfeitamente às aranhas.
Comentário do autor: A sessão seguinte realizou-se no dia 15 de Julho e a respeito do que nela se passou a acta diz tudo: “E deferindo algumas pretensões houveram este Auto por findo que assinarão e, eu José Correia da Silva Aranha que…”E o amigo Aranha nem coragem teve para por mais nada adiante daquele que.
PS Mais uma vez informe os leitores dos postes, “Efemérides Municipais que o que acabou de ler é uma transcrição fiel do que saiu em 1937.
O Albicastrense

quinta-feira, abril 22, 2010

GATOS





OS MEUS ANIMAIS PREFERIDOS
O gato doméstico (Felis silvestris catus), também conhecido como gato caseiro, gato urbano ou simplesmente gato, é um animal da família dos felídeos, muito popular como animal de estimação. Ocupando o topo da cadeia alimentar, é um predador natural de diversos animais, como roedores, pássaros e lagartixas. A primeira associação com os humanos de que se tem notícia ocorreu há cerca de 9500 anos, mas a domesticação dessa espécie oriunda do continente africano[1][2] é muito mais antiga.
Seu mais antigo ancestral conhecido é o Miacis, mamífero que viveu há cerca de 40 milhões de anos, no final do período Paleoceno, e possuía o hábito de caminhar sobre os galhos das árvores. A evolução do gato deu origem ao Dinictis, espécie que já apresentava a maior parte das características presentes nos felinos atuais.
A sub-família Felinae, que agrupa os gatos domésticos, surgiu há cerca de 12 milhões de anos, expandindo-se a partir da África subsaariana até alcançar as terras do atual Egito.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
PS. Poste para desanuviar desta crise maluca.
Fotos de Veríssimo Bispo
O albicastrense

segunda-feira, abril 19, 2010

Cerimónia Comemorativa do Centenário do Museu F.T.P.J


Estive no passado sábado, na Cerimónia Comemorativa do Centenário do Museu, cerimónia, onde tive a oportunidade de ouvir a Ministra da Cultura, o presidente do I.M.C, “Instituto dos Museus e da Conservação” e o presidente da autarquia albicastrense.
Não vou comentar aqui, o que foi dito na respectiva sessão por dois motivos:


- Em primeiro lugar, porque os jornais da cidade o irão fazer esta semana.
- Em segundo lugar, porque me tornei um tanto ou quanto alérgico, a este tipo de discursos de circunstância.


Esperava este albicastrense, que ali se murmurasse algo sobre a notícia divulgada pela Lusa, (se esperava, vou continuar a esperar) pois, o silêncio por parte da ministra da cultura, foi de ouro. Entre o que se disse e não disse, quero aqui destacar, o “recado” do presidente da autarquia albicastrense, (a quem se destinará este recado?).
Joaquim Morão não deixou para vozes alheias, o que tinha para dizer, e foi muito claro, (para quem o quis perceber). “O museu é uma instituição de prestígio e um pólo fundamental na divulgação cultural da nossa região”, e continuou, “Instituição, que eu me habituei a admirar, desde os tempos em que era presidente da Câmara de Idanha-a-Nova”. Posteriormente Joaquim Morão, terá afirmado que a Câmara terá sempre a última palavra neste assunto.
Vamos aguardar pelo próximo capítulo desta novela, para saber-mos mais alguma coisa sobre o seu enredo.
Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente, (através de pessoa amiga), o presidente do "I.M.C." Ocasião que aproveitei para lhe perguntar (cara a cara), se a notícia veiculada pela Lusa, tinha ou não algo de verdade. Respondendo-me ele, que o que ali era dito, não correspondia à verdade! Afirmando que a única coisa que estaria em cima da mesa, (e mesmo isso, ainda não tinha acontecido), seria a disponibilidade do “I.C.M”, para falar com a autarquia albicastrense, sobre parcerias pontuais entre as duas partes. Entre o que a lusa diz, e o que diz o presidente do "I.C.M" atesta, existe uma grande discrepância, porém, como a verdade vem “quase” sempre à superfície, vamos aguardar para ver quem fala verdade, e quem está a querer enganar os albicastrenses.

O albicastrense

domingo, abril 18, 2010

Enciclopédia

A vinte e quatro de Novembro de 1788, o Pré – Medicado do Porto, passou o diploma de parteira Maria Martins, a qual foi a primeira obstetra a exercer esta actividade clínica, oficialmente, em Castelo Branco.

A doze de Novembro de 1801, tomou posse do cargo de parteira municipal da cidade de Castelo Branco, Maria do Carmo. O acto de posse, que se revestiu de um certa solenidade, teve lugar nos Paços do Concelho.
PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista
O albicastrense

sábado, abril 17, 2010

ENTREVISTAS.....

NO DIA DO CENTENÁRIO DO MUSEU FRANCISCO TAVARES JÚNIOR

BIGODES & COMPANHIA

ENTREVISTAM O ESPÍRITO DO DEFUNTO

Bigodes e Companhia repórteres inventados, resolveram colaborar com o albicastrense, no debate sobre o museu. Após alguma pesquisa sobre o que podiam ou deviam fazer, a dupla marada resolveu, (calcule-se) entrevistar uma personagem finada desde 1916, Francisco Tavares Proença Júnior.
O serviço desta dupla amalucada aqui fica, no entanto, desde já informo os visitantes do blogue, que o seu autor não se responsabiliza pelas tontarias desta dupla maluca, e desde já pede a absolvição do respectivo defunto.

Bigodes para Companhia
- Companhia como vamos nós entrevistar alguém que já esticou o pernil há quase cem anos?
- É muito fácil! Vamos à Vidente “Madame Xexé”, e pedimos-lhe para falar com o espírito do Tavares.
- Tu endoideceste homem! Ele esticou as botas há quase cem anos e tu queres ir a uma bruxa falar com o defunto? "disse Bigodes"
- Não bigodes! Vamos à “Madame Xexé”, falar com o espírito do magano.
- Mas não é a mesma coisa?
- A mesma coisa é meter dois dedos no (…) e cheirar um de cada vez.
- O teu intelecto expanda-me Companhia! - Aprende bigodes, que eu não subsisto para sempre,”exclamou Companhia
Já no “consultório” da vidente “Madame Xexé”, Bigodes e Companhia conversam e aguardam vez para ser atendidos, "sim! entenderam bem… eu disse (consultório), até parece o do Dr. Tallon, que está sempre a emagrecer as carteiras alheias".
- Companhia desta vez expões o teu pescoço, nesta empreitada maluca.
- Calma Bigodes! Quanto muito arriscamos o teu… Como assim? "Inquiriu Bigodes!" - O João Bispo quando me debuxou, olvidou-se, de me colocar o gasganete.

Já no dito consultório Bigodes e Companhia, explicam o porquê da visitação à eminente Vidente Madame Xexé.
- Nós viemos aqui com uma incumbência muito delicada Madame Xexé, ”disse Companhia”, delicadíssima “ acrescentou Bigodes”.
- Já sei! Vocês querem falar com alguém que já por cá andou, mas que já foi desta para pior. - Bruxa... "disse Bigodes". - Vidente... "emendou Madame Xexé."

- Madame Xexé, nós gostaríamos de falar com o espírito do Tavares Proença, para saber o que ele pensa dos cem anos do museu, e das comemorações que entretanto estão a decorrer e mais algumas coisinhas.
- Vocês têm a certeza que querem mesmo falar com esse finório?

- Claro que temos! “Disse Companhia".
- Ilustre e bolorento espírito, estão aqui dois paspalhos que querem fazer-te algumas perguntas? Bolorentos são os teus tetravós "disse uma estranhíssima voz", que parecia vir do além! Paspalhos são os teus bisavós "arrazoou o Companhia".

- Calma, vá lá, calma. “Verbalizou a tal foz misteriosa”.
- Perguntem que o espírito está pelos ajustes. “
Proferiu a Madame Xexé.
- Como vê o ilustre espírito, o seu museu após cem de existência?
- O meu museu! Sim… “atestou Companhia”.

- Ele até pode ter o meu nome, no entanto, existe algo que não consigo compreender! Como é que a minha arqueologia, ocupa apenas duas salas do “meu” museu, quando o edifício tem mais de vinte?
- Amigo espírito, a razão tem razões que a razão desconhece, “alegou Companhia”.

- Pois tem!.. E a burrice também… “replicou o espírito do defunto”.
- Espírito amigo voltando ao museu, gostaria de saber se lhe chegaram rumores sobre as comemorações do centenário? “Questionou Bigodes
- Os últimos espíritos chegados até mim, disseram-me, coisas arrepiantes! Que lhe disseram esses espíritos malignos? “Perguntaram em uníssono os dois amigos”.
- Que os promotores da festa iam lançar os foguetes, apanhar as canas e depois ficava tudo na mesma!
- Que malvados esses espíritos malignos! “Clamaram os dois amigos”.
- Espírito amargurado, estes dois patetas querem saber o que tu pensas, sobre o desempenho daqueles que te sucederam no cargo de director do museu, ao longo dos cem anos? “Murmurou a Madame Xexé”.

- Amargurados, devem estar os teus antepassados, por terem como descendente uma bruxa completamente Xexé, “disse a tal estranhíssima voz, vinda não se sabe de onde”, olha esta julga-se muito esperta, quando afinal não passa de uma imitação de bruxa rasca, ”exclamou Companhia”.
- Eu não sou bruxa! Sou vidente... “vociferou a Madame Xexé”.

- Afinal, quer ou não dar-nos a sua opinião sobre aqueles que lhe sucederam no cargo? “Perguntou a Madame Xexé”.
- Eu não posso prenunciar-me, sobre o trabalho daqueles que me sucederam no cargo, pois tal, é etnicamente condenável pela ordem dos espíritos centenários. Olha… este também não tem opinião! Deve pertencer aos tais, (submissos e obedientes) de que o albicastrense tanto fala, “exclamaram, Companhia e Bigodes

- Espírito afectuoso, já que não fala daqueles que lhe sucederam no cargo, pelo menos diga-nos se tem alguma mensagem, que gostasse que transmitíssemos aos albicastrenses “Indagou Companhia”.
- Claro que tenho!.. Aos albicastrenses só posso pedir, para que sejam mais aguerridos pelo meu museu (perdão…) vosso museu, e que não permitam que quase sempre decidam contra vós, com o argumento que estão a decidir por vós.

- Espírito afectuoso, gostaria de lhe colocar uma questão pessoal “inquiriu o Companhia”, pergunta que eu sou todo ouvidos,”replicou o afectuoso espírito”.
- Como vê o afectuoso espírito o futuro da dupla, Bigodes e Companhia?
Não vejo! “Respondeu o espírito”, não vê… como? “Interrogou Bigodes” O vosso futuro! “Voltou o espírito a argumentar”, este engraçadinho gosta de joguinhos de palavras, “respondeu Bigodes”.

- Não meus amigos, não vejo vosso futuro, porque muito brevemente vocês estarão aqui comigo a beber uns branquinhos traçados, Há…. Há…. há…………
- Vamos embora Bigodes, o gravador que a bruxa Xexé tem escondido debaixo da mesa, deu o badagaio, “Exclamou Companhia”.

- Vidente!.. Vidente!.. Vidente!.. “Berrava com toda a força que os pulmões lhe permitiam, Madame Xexé”.
Bigodes e Companhia

quinta-feira, abril 15, 2010

EXPOSIÇÃO - IX

ANTÓNIO ANDRADE FERNANDES
9 – O ÚLTIMO PEDIDO
O quadro deste mês de Abril é ainda uma alusão à Páscoa, mais concretamente à figura do Bom Ladrão. No nosso entender o bom ladrão deveria ter tido um destaque maior na Bíblia. Foi ele o primeiro homem a reconhecer que a pessoa que estava a morrer a seu lado, Jesus Cristo não era um homem vulgar. Por isso lhe pediu:
Lembra-te de mim quando chegares ao paraíso”.
Quanto ao quadro, foi minha intenção ao pintar este quadro colocar o bom ladrão num vitral. Não terá sido ele o primeiro Santo? O mau ladrão à direita (no quadro) é representado como um espanta pardais (fato feito de retalhos) em campo de milho queimado. Cristo já não está presente na cruz, a sua passagem como homem pela terra chegou ao fim. Encontra – se já distante, junto ao Pai e ao Espírito, a preparar o lugar a todos os bons ladrões, que ao longo de todos os tempos, ousarem saber pedir, ousarem saber pedir perdão.
Pintura a óleo sobre manta de trapos.
O albicastrense

terça-feira, abril 13, 2010

COMENTÁRIOS...

Anónimo disse...

Realmente a Sr.ª Ministra das Cavilhas não ficará bem na fotografia no centenário de um museu à partida ligado a uma matéria que a ela actualmente não dá o devido valor e atenção. A presença será uma mera regra de protocolo... de certo num ambiente de cortar à faca (suponho que Dr. Luís Raposo também estará presente).
Passando a assuntos mais interessantes, não quero deixar de dar os PARABÉNS ao centenário do museu.
A sua História, pelas várias casas pelas quais passou, teve momentos felizes e outros tristes, que no último caso levaram a que o museu perde-se um pouco na sua importância cultural na cidade. No entanto, parece-me que o esforço feito pela sua direcção nos últimos anos está a começar a dar os seus frutos, mostrando um certo retorno dessa actividade cultural, apesar de ainda ser um pouco ténue.
Espero que assim continue.

domingo, abril 11, 2010

O CENTENÁRIO DE UMA INSTITUIÇÃO


DEBATE…
O Museu comemora no próximo dia 17 cem anos de existência, cem anos, em que houve algumas alegrias e muitas tristezas, porém, hoje não quero aqui desenrolar o pergaminho do passado, mas antes dar a possibilidade aos visitantes do blogue, “O Albicastrense” de escreverem aqui a sua opinião sobre o passado, o presente e do futuro do museu, prometendo que depois também eu o farei.
Recentemente disse aqui, que os albicastrenses são seres, ”Submissos e obedientes”, como ninguém me desmentiu, confesso que fiquei com a ideia que “talvez” tenha razão!
Para que assim não seja, mendigo aos visitantes do blogue, (principalmente aos albicastrenses) que deixem as suas opiniões, sobre estes cem anos e sobre as comemorações, que começaram em Janeiro e vão terminar em Dezembro.
As opiniões dos visitantes, poderão ser depois colocadas como postes no blogue, para que possam ser discutidas por todos nós. Finalizo dizendo, que a melhor forma de ajudar o nosso museu, não é ficar de bico calado e deixando para os outros, que opinem por nós sobre este e outros assuntos. Opine e não deixe que este albicastrense tenha razão, quando diz que os albicastrenses preferem que os outros decidam por todos nós.
PS. O apogeu das comemorações será no dia 17, e conta com a presença da Ministra da Cultura.
O albicastrense

sábado, abril 10, 2010

VELHOS CAFÉS DA MINHA CIDADE

CAFÉ CARIOCA
O Café Carioca fechou portas em 2009, com ele finou-se um pouco da história da Rua da Figueira.
Segundo informações recolhidas por mim, este velho café terá sido inaugurado na década de 40 do século passado.
O seu nome deve-se ao nome do seu primeiro proprietário; “Joaquim Carioca”. Não sei ao certo o tempo que Joaquim Carioca esteve à frente deste pequeno café, sei porém, que o trespassou ao Amoroso e ao Martins, (cunhados um do outro) e que depois o Amoroso o deixou nas mãos do Martins.
O Martins manteve este velho café aberto durante muitos anos, porém, o tempo e o descuido fez com que o velho café fosse ficando cada vez mais um local descuidado, o que veio a dar no seu encerramento.
Num pequeno placar, colocado à porta do café, e onde antigamente se expunha o menu do dia, (pois ali também se servia comida caseira), é ainda possível ler-se um pequeno papel que diz o seguinte; “Fechado para obras”.
Obras que segundo dizem, não irão acontecer. Com este encerramento, acaba uma das especialidades que ali era possível saborear; o branquinho traçado, com uma casca de limão e uma folha de hortelão, (uma delicia meus amigos).
É apenas um velho café! Dirão alguns… talvez seja verdade, porém, este albicastrense já tem saudades dos belos branquinho, (bem fresquinhos) com limão e hortelão que ali bebeu.
O Albicastrense

sexta-feira, abril 09, 2010

DO BAÚ DO PASSADO, PRÓ BOLG.

579 ANOS DEPOIS
No dia 2 de Abril de 1431, foi construído, em Castelo Branco, a Albergaria de Santa Eulália, situada na Rua dos Ferreiros, entre a Porta da Vila e a Rua do Postiguinho de Valadares.
Esta Albergaria estava equipada com camas e uma cozinha, a fim de facultar aos viajantes, dormidas, comida, agua e luz, durante três dias. Dava ainda pousada aos peregrinos, devotos e penitentes, que seguiam as Rotas de São Tiago de Compostela, Guadalupe, São Vicente do Algarve e outros lugares de piedade romagem.
Dava ainda guarida aos doentes, aos leprosos (para o que tinha anexa uma Gafaria) e aos desamparados da sorte. Tanto a Capela, como o Morgadio, foram decaindo, até que foram extintos e liquidados em 1866.
PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias. A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista
O albicastrense

quarta-feira, abril 07, 2010

TIRAS HUMORÍSTICAS - 61

GARRA - II
Bigodes e Companhia comentam as declarações de Luís Garra, ao jornal “Reconquista”.
O albicastrense

MUSEU DE FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR - VI

Tal como prometi, aqui ficam mais algumas páginas da história do museu entre os anos de 1910 e 1961.

UM PEQUENO COMENTÁRIO
SOBRE OS PRIMEIROS ANOS DO NOSSO MUSEU
(Continuação)
Tal como disse no poste anterior, o museu irá manter-se nas instalações do Governo Civil, até inícios da década de setenta do século XX.
António Elias Garcia, irá manter-se como director entre 1930 e 1959. António Forte Salvado, em entrevista dada ao jornal reconquista de 29 de Julho de 1985, diz entre outras coisas o seguinte sobre esse tempo;
Durante esse tempo, ele será sem qualquer dúvida a alma do museu. 
Em 1959, falece Elias Garcia, com ele morre o museu”. Procurei em antigos jornais da nossa cidade, informações sobre esses vinte e nove anos, porém, por mais que procurasse encontrei apenas duas notícias e um artigo de opinião, e mesmo essas pouco ou nada dizem sobre o museu.
A falta de notícias sobre o museu desses tempos, impede-nos de saber como terão corrido esses anos. É também durante esse tempo, que se começa a alvitrar-se a ideia de nova mudança de instalações, pois as duas pequenas salas em que o museu estava instalado, não davam praticamente para nada. Havia quem alvitrasse, a ideia de que o museu deveria mudar-se para a Domus Municipalis, outros defendiam o velho edifício do Paço Episcopal, e muitos outros a construção de um edifício de raiz para esse fim.
- Em relação à Domus Municipalis, tudo ficou sem efeito, pois após as obras de restauro, o edifício foi ocupado por várias repartições públicas da nossa cidade.
- Quanto ao edifício do Paço Episcopal, as prioridades na altura para esse edifício eram outras. Na década de 50 existia na nossa cidade, um forte movimento que pretendia a restauração da diocese de Castelo Branco, (o que não se veio a conseguir) por isso, o museu teria que procurar poiso por outras bandas.
- Restava a construção de um edifício de raiz, para instalar o museu.
E aqui a coisa parecia ter pernas para andar, a
Fundação Calouste Gulbenkian, chegou a oferecer mil contos para esse projecto, o local para a construção, chegou a estar mais ou menos apontado, porém, para espanto de muita gente, a coisa morreu antes de nascer.
Com esse desinteresse e com a morte de Elias Garcia em 1959, morre o museu, tal como disse António Salvado na entrevista citada por mim.
Sobre o projecto de construção de um edifício de raiz para museu, falarei no próximo posts.
(Continua)
Notícias sobre o museu publicadas em antigos jornais da nossa cidade, no tempo em que o museu estava instalado no edifício do Governo Civil.
O Albicastrense

terça-feira, abril 06, 2010

Pedição "EM DEFESA O MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA"

Destinatário: Ministério da Cultura
Quando há cerca de um ano o anterior Governo colocou a hipótese da transferência do Museu Nacional de Arqueologia (MNA) para a Cordoaria nacional, o seu Grupo de Amigos (GAMNA) chamou logo a atenção para os riscos inerentes, dos quais o mais importante é o da segurança geotécnica do local e do próprio edificado da Cordoaria, para aí se poderem albergar as colecções do Museu Nacional português com colecções mais volumosas e com o maior número de peças classificadas como “tesouros nacionais”. Após as últimas eleições pareceu ser traçado um caminho que permitia encarar com seriedade esta intenção política. A ministra da Cultura afirmou à imprensa que fora pedido ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) um parecer acerca das referidas condições geotécnicas e que seria feito projecto de arquitectura coerente, respeitador tanto da Cordoaria Nacional como do programa do Museu. Ao mesmo tempo garantiu que esse complexo seria totalmente afecto ao MNA, sem a instalação antecipada de outros serviços no local. Sendo assim, deixaria também de ser necessário alienar espaços do MNA nos Jerónimos, a título de garantia da ocupação antecipada da Cordoaria. Causa, pois, profunda estranheza a sucessão de acontecimentos das últimas semanas, os quais vão ao ponto de comprometer ou até inviabilizar a continuidade da gestão do Director do Museu, que nos cumpre elogiar pelo dinamismo que lhe conseguiu imprimir e de cujos interesses se constitui, perante todos nós, em legítimo garante. O estudo tranquilizador que se dizia ter sido pedido ao LNEC, deu afinal lugar a parecer meramente pessoal do técnico convidado para o efeito. O GAMNA, encomendou estudo alternativo, que vai em sentido contrário. O Director do Museu recolheu, ele próprio, outros pareceres, dos mais reputados especialistas da área da engenharia sísmica, que igualmente corroboram e ampliam as preocupações existentes. É agora óbvia a necessidade da realização de um programa de sondagens e de verificações in loco, devidamente controlado por entidade idónea, de modo a poder definir com rigor a situação da Cordoaria em matéria de riscos sísmicos, maremoto, efeito de maré, inundação e infiltração de águas salgadas. A recente tragédia ocorrida na Madeira, onde se perdeu quase por completo o acervo do Museu do Açúcar, devido a inundação, aí está para nos lembrar como não pode haver facilidade e ligeireza neste tipo de decisões. Enquanto não estiver garantida a segurança geotécnica da instalação do MNA na Cordoaria Nacional, importa manter todas as condições de operacionalidade do Museu nos Jerónimos. Neste sentido consideramos intolerável a alienação pretendida da “torre oca” a curto prazo, até porque uma tal opção iria comprometer definitivamente qualquer hipótese futura de regressar a planos de remodelação e ampliação do MNA nos Jerónimos, conforme foi a opção consistente de sucessivos Governos, até há dois anos. O MNA merece todo o respeito e não pode ser considerado como mero estorvo num local onde aparentemente se quer fazer um novo Museu. O poder político não pode actuar ignorando os pareceres técnicos qualificados e agindo contra o sentimento de todos os que amam o património e os museus. Apelamos ao bom senso do Governo, afirmando desde já a nossa disposição para apoiar o GAMNA na adopção de todas as medidas cívicas e legais necessárias para que seja defendida, como merece, a instituição mais do que centenária fundada pelo Doutor Leite de Vasconcelos, o antigo “museu do homem português” e actual Museu Nacional de Arqueologia.
Lisboa, em 29 de Março de 2010.
O Albicastrense

domingo, abril 04, 2010

CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - LXVII



MONUMENTOS DE CASTELO BRANCO

QUARTEL NA DEVESA - III

(Continuação)
De 1911 a 1917 passou o quartel a ser a sede do 2º Batalhão do Regimento de Infantaria nº 21 e do 7º Grupo de Metralhadoras. De 1915 a 1917 também se alojou ali o 3º Esquadrão do Regimento de Cavalaria n º 7.
No período decorrido entre 1917 e 1926 esteve instalado no quartel o Regimento de Obuzes de Campanha. Nos anos de 1926 a 1927 esteve ali aquartelado o Regimento de Cavalaria nº 11 e de 1927 a 1939 o Regimento da Cavalaria n º 6. No ano de 1939 voltou a ser a sede do Regimento de Cavalaria nº 8, conservando-se assim até à actualidade.
Na parada principal do quartel ressalta, na parede do edifício do lado sul, uma fita de betão em releve com a seguinte inscrição: “Dulce et decorum est pro Patria mori”. A tradução deste verso, extraído das Odes de Horácio, é a seguinte:
È doce e belo morrer pela Pátria” Sob a fita de betão há quatro lápides a saber: A primeira contém a relação das unidades que tem estado ali aquarteladas. Segundo esta relação, o Regimento de Cavalaria nº 8 do Príncipe Real esteve ali alojado desde 1844 até 1911 mas a verdade é que desde 10 de Dezembro de 1868 até 4 de Outubro de 1869 o Regimento teve o nº 7 e só foi denominado do Príncipe Real em 1891, deixando de ter esta designação em 6 de Outubro de 1910.
A segunda lápide, datada de 11 de Novembro de 1920, tem a seguinte legenda: “Aos mortos da Grande Guerra 1914-1918”. Nela figura a lista dos mortos do Regimento de Cavalaria nº 11 com a indicação dos postos, nomes, naturalidades, datas e causas da morte. As outras duas lápides dizem respeito ao Regimento de Obuzes de Campanha. Uma, com a legenda “Honra”, refere-se às condecorações com as quais foram agraciadas as diferentes baterias; e a outra com a legenda “Gloria”, tem inscritos os postos, números e nomes dos mortos, na França, na Alemanha, e África, (1ª Guerra Mundial de 1914-1918).
Com o prosseguimento da modernização de Castelo Branco prevê-se num futuro não muito longínquo, a demolição do conjunto de edifícios e a construção de um novo quartel nos terrenos suburbanos.
Para Manuel Tavares dos Santos, a história deste aquartelamento terminou em 1958, (altura em que o seu livro; "Castelo Branco na História e na Arte" foi editado, porém, a história deste quartel não terminou aqui, ele irá continuar a existir até inícios da década de 80 do século XX. Aos dados recolhidos por Tavares dos Santos, alguém se encarregará de juntar os anos que vão de 1958/1980, altura em que deixou de ser quartel e ficou ao abandono.
A previsão de Manuel Tavares dos Santos em relação à demolição do quartel, veio a realizar-se, (em parte) não para se fazer um mais moderno como ele esperava, mas antes, porque se tornou desnecessário a sua existência na nossa cidade.
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951. Autor; Manuel Tavares dos Santos.
O albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...