quarta-feira, abril 07, 2010

MUSEU DE FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR - VI

Tal como prometi, aqui ficam mais algumas páginas da história do museu entre os anos de 1910 e 1961.

UM PEQUENO COMENTÁRIO
SOBRE OS PRIMEIROS ANOS DO NOSSO MUSEU
(Continuação)
Tal como disse no poste anterior, o museu irá manter-se nas instalações do Governo Civil, até inícios da década de setenta do século XX.
António Elias Garcia, irá manter-se como director entre 1930 e 1959. António Forte Salvado, em entrevista dada ao jornal reconquista de 29 de Julho de 1985, diz entre outras coisas o seguinte sobre esse tempo;
Durante esse tempo, ele será sem qualquer dúvida a alma do museu. 
Em 1959, falece Elias Garcia, com ele morre o museu”. Procurei em antigos jornais da nossa cidade, informações sobre esses vinte e nove anos, porém, por mais que procurasse encontrei apenas duas notícias e um artigo de opinião, e mesmo essas pouco ou nada dizem sobre o museu.
A falta de notícias sobre o museu desses tempos, impede-nos de saber como terão corrido esses anos. É também durante esse tempo, que se começa a alvitrar-se a ideia de nova mudança de instalações, pois as duas pequenas salas em que o museu estava instalado, não davam praticamente para nada. Havia quem alvitrasse, a ideia de que o museu deveria mudar-se para a Domus Municipalis, outros defendiam o velho edifício do Paço Episcopal, e muitos outros a construção de um edifício de raiz para esse fim.
- Em relação à Domus Municipalis, tudo ficou sem efeito, pois após as obras de restauro, o edifício foi ocupado por várias repartições públicas da nossa cidade.
- Quanto ao edifício do Paço Episcopal, as prioridades na altura para esse edifício eram outras. Na década de 50 existia na nossa cidade, um forte movimento que pretendia a restauração da diocese de Castelo Branco, (o que não se veio a conseguir) por isso, o museu teria que procurar poiso por outras bandas.
- Restava a construção de um edifício de raiz, para instalar o museu.
E aqui a coisa parecia ter pernas para andar, a
Fundação Calouste Gulbenkian, chegou a oferecer mil contos para esse projecto, o local para a construção, chegou a estar mais ou menos apontado, porém, para espanto de muita gente, a coisa morreu antes de nascer.
Com esse desinteresse e com a morte de Elias Garcia em 1959, morre o museu, tal como disse António Salvado na entrevista citada por mim.
Sobre o projecto de construção de um edifício de raiz para museu, falarei no próximo posts.
(Continua)
Notícias sobre o museu publicadas em antigos jornais da nossa cidade, no tempo em que o museu estava instalado no edifício do Governo Civil.
O Albicastrense

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