terça-feira, junho 07, 2022

REATIVAR A ANTIGA ASSEMBLEIA DE CASTELO BRANCO


ASSEMBLEIA DE CASTELO BRANCO

Como antigo dirigente da Assembleia de Castelo Branco em 1986/87, ao o ler o artigo do jornal "Reconquista", dei comigo a pensar sobre tal possibilidade.

UM POUCO DA SUA HISTÓRIA
Fundada em 1849, esta coletivdade teria hoje a bonita idade de 173 anos  (se ainda estivesse com as suas portas abertas), e seria a segunda coletividade mais antiga do país. O final da primeira metade do século XIX, marca em Portugal, o aparecimento de uma verdadeira multidão de Associações Culturais e Recreativas, ligadas a movimentos operários ou de funcionários administrativos “do fundo da tabela” e outras, preenchidas por elementos da média e alta burguesia com algumas misturas de nobreza media.
A Assembleia de Castelo Branco, vingou no seio da comunidade dos seus apaniguados, pela realização de convívios culturais e recreativos que em muito animaram a terra albicastrense.
A Assembleia esteve instalada nos seus primeiros anos, no primeiro andar de uma casa de D. Maria da Piedade Ordaz Caldeira de Valadares, na Rua do Pina. Essa casa foi destruída por um incêndio em 1902 e a Assembleia mudou-se provisoriamente, para uma casa da Rua de Santa Maria. 
Durante o segundo semestre de 1906 passou para o prédio do Largo da Devesa, no fundo do Passeio Público, onde se manteve até ao seu fim. Com o passar dos anos, a coletividade foi pouco-a-pouco perdendo sócios e deixando de desenvolver atividades.
Com o 25 de abril de 1974, a coletividade ganha vida em virtude de gente ligada á esquerda tomar as rédeas da associação.
Em 1986 Manuel Cesteiro que já vinha de direções anteriores, convidou-me para fazer parte da direção do biénio seguinte. Aceitei o convite, e mantive-me na direção durante o biénio que se seguiu. 
Aqui vou colocar brasas debaixo das minhas sardinhas e dizer o seguinte; o biénio 86/87 poderá ter sido um dos mais ativos da associação. Pintamos e aformoseamos a sede com cortinados novos, equipamos o bar com uma pequena máquina de café,  um frigorífico e o Manuel Cesteiro, ofereceu um televisor e preto e branco (não havia dinheiro para luxos). 
Realizamos:
-Conferências com todos os candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de Castelo Branco (coisa que não agradou a muita gente). Nas conferencias participaram; António Guterres, José Pereira Lopes, Vila Franca e Dias de Carvalho, como o panfleto aqui exposto comprova.
-Realizamos palestras com várias personalidades, entre as quais lembro, António Salvado.
-Exposições de pintura e fotografia, com o apoio do museu Francisco Tavares Proença Júnior.
-Um Torneio de Xadrez entre muitas outras actividades.

No final do mandato, saí por sentir que estava a pregar no deserto, e mais não verbalizo sobre o tempo passado. 
Seguiu-se como presidente de direcção, Arnel Afonso, pessoa que comandou a associação até à sua morte em 2021. 
NOTA:
Reativar a Assembleia de Castelo Branco que fechou portas à mais de vinte anos, é quase uma missão impossível. Uma coletividade para existir e poder sobreviver, necessita de estar entranhado num bairro, de gente que a sinta como sua, coisa que não acontece com a assembleia de Castelo Branco. Independentemente desta minha opinião, este albicastrense está disponível para falar sobre esta desejável reactivação.
O ALBICASTRENSE

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