Não sabendo bem o ano da sua abertura, não estarei porém muito longe da verdade se dizer que poderá ter acontecido por volta dos anos 20 ou 30.
A referida Tasca teve a sua primeira residência no começo da rua dos Ferreiros, para quem vem do largo de S. João, mais precisamente no prédio que fica de frente ao actual restaurante que ali podemos ver “O Ferreiro”.
O seu proprietário e fundador, era um sujeito chamado Crespo, e por esse motivo a tasca ostentava o seu nome, “ A Tasca do Crespo”.
Na década de 40, Zé Carmona compra a tasca ao Crespo, e na porta do lado instala uma carvoaria é caso para dizer: que de uma cajadada, mata dois coelhos, ou seja junta no mesmo estabelecimento vinho e carvão o que era normal nessa altura.
A mudança do nome da tasca estava em curso, sem que Zé Carmona se apercebesse de tal, a partir desse momento a taberna ficava a ser conhecida pela tasca do Carvoeiro, contra a sua vontade, pois sempre que alguém prenunciava o nome, lá vinha o “Ralhete Carvoeiro? Não… Zé Carmona!”.
Na década de
É nesta altura que é criado na tasca um dos grupos de apostadores, mais conhecidos ao longo da sua existência, “Os Prognósticos” que era na maioria constituído por trabalhadores da antiga Auto-Mecânica. Por volta de 90, Zé Carmona reforma-se e retira-se do negócio trespassando a tasca.
Novo dono, representa novas ideias, varias mudanças, e a metamorfose acontece… nem o velho nome escapou a esta razia… e eis que surge “O Medieval” que já terá tido melhores dias…
Da velha tasca nada resta além das lembranças espalhadas, pelas memórias de alguns albicastrenses, que se iram apagando com a passagem do tempo.
O Albicastrense
Bastante cervejola aí bebi. Bons tempos que já não voltam
ResponderEliminarja não estavas bem
ResponderEliminarnas tascas corria tintol foi tanto que agora dizes cerveja
Esta 'tasca' é agora um restaurante de culto da juventude Albicastrense.
ResponderEliminarO Grande Medieval é um local de onde ninguém deve sair sóbrio. Nunca!
E viva a Dona Cidália!!!!
MEDIEVAL! MEDIEVAL! MEDIEVAL!
O CARVOEIRO
ResponderEliminarAutor:Carlos Fragata
Recordo um carvoeiro de Lisboa,
Dos que tinham a tasca mesmo ao lado
E onde se servia pinga boa,
P'las mãos do taberneiro mascarrado;
Com presunto cortado ali à mão,
Uns jaquinzinhos fritos, com três dias,
Um "três do lote" e um naco de pão,
Pataniscas, chouriço e carnes frias...
Jogava-se à moeda e à bisca
No pátio da taberna, nas traseiras;
Acabado o chouriço e a patanisca,
Iam todos curar as bebedeiras
Mal a noite chegava, havia farra,
Afinavam-se as cordas e as gargantas,
Tocava-se a viola e a guitarra
E cantava-se Fado até às tantas!
Muito Bem-haja por este bonito poema.
ResponderEliminarTambém nesta velha tasca, o carvoeiro e taberneiro eram uma só pessoa.
Nos anos sessenta (era eu criança), assisti muitas vezes à correria o velho carvoeiro/taberneiro de um lado para o outro do estabelecimento, para servir os clientes.
Muitas vezes (tal como você diz) o velhote servia o “trótil “ com as mãos cheias de pó do carvão.
Um abraço