JORNAL “A RECONQUISTA”
(62 ANOS DE EXISTÊNCIA)
Foi seu primeiro editor o comerciante Francisco Vilela e era composto e impresso na Tipografia Semedo,
Tinha por princípio e como estatuto redactorial o seguinte texto:
“O bem comum é o nosso programa e o nosso fim. Interessa-nos tudo de que possa resultar algum benefício para a colectividade, quer para a pequena colectividade local quer para a grande colectividade nacional. Como normas permanentes do nosso pensar e sentir, estão os princípios eternos do cristianismo”.
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Sessenta e dois anos depois o jornal “A Reconquista” é sem qualquer dúvida hoje, um dos elos mais importante na ligação entre os albicastrenses e a sua cidade por esse mundo fora.
É apenas um exemplo, e vale o que vale, mas gostaria de aqui contar uma pequena história pessoal demonstrativa deste facto, em tempos bastante difíceis para a juventude Portuguesa .
Entre Setembro de 73 e Março de 1975 estive em Angola a cumprir o meu serviço militar, o destacamento de Fuzileiros do qual fazia parte foi colocado no leste de Angola. Os meios de comunicação entre aquele local e o resto do mundo eram, a rádio e um pequeno avião que de quinze em quinze dias ali se deslocava.
A chegada deste pequeno avião era motivo de festa entre as nossas tropas estacionadas em Chilombo, (assim se chamava aquele lugar do fim do mundo), este pequeno avião trazia-nos mantimentos e muito principalmente o correio expedido do metrópole (designação dada a Portugal continental).
Um irmão meu mandava-me regularmente de Castelo Branco dois jornais (A Bola e A Reconquista), a maior parte das vezes os jornais desapareciam pelo caminho, porém em algumas ocasiões chegavam! Fora do prazo mas chegavam! Já lidos e relidos por meio mundo.
Ainda hoje consigo recordar o que era receber o jornal ”A Reconquista”, a sua leitura era algo prioritário, e muitas vezes fazia-o na antes da leitura das muitas cartas das inúmeras madrinhas de guerra que todos nós tinha-mos na altura, depois das cartas da família voltava a ser lido, de seguida era guardado para mais tarde voltar a ler.
É apenas um dado pessoal, passado há trinta e três anos, mas não tenho qualquer dúvida que este acontecimento é ainda hoje repetido (33 anos depois), por muitos dos albicastrenses emigrados por esse mundo fora.
A sua linha editorial é sem qualquer dúvida discutível, no entanto os serviços prestados ao longo destes 62 anos aos albicastrenses são incalculáveis e digno de admiração por todos nós.
Ao seu director e a todos os seus trabalhadores o Albicastrense deseja no mínimo mais 62 anos de existência.
O Albicastrense
Ainda não ouvi falar sobre qual será o aumento dos jornais regionais, devido ao corte no Porte Pago. Esperemos que não seja muito. Eu compro na banca. Mas haverá muita gente por esse país fora e estrangeiro que podem deixar de assinar. Pode ser que essa vontade que fala de ler notícias da terra, fale mais alto que o aumento.
ResponderEliminarJá agora parabéns à Reconquista por mais este aniversário.
Este jornal é um pasquim, mas ainda é o melhor que se vai fazendo em Castelo Branco. Até sou assinante. Como tu dizes é um elo de ligação à cidade que me viu nascer.
ResponderEliminarAbraço
Joaquim Baptista