REGIONAL DE CASTELO BRANCO
Teatro Príncipe das Beiras
Porem a existência deste edifício como Teatro, bem poderá dizer-se… foi uma autêntica tragédia grega.
As obras para construção deste teatro, iniciaram-se em 1880 e em 1882 as paredes e o telhado estavam de pé e assim ficaram por alguns anos, ao ponto de a população o ter alcunhado de Teatro da Barraca.
Tal facto não impediu porém que durante a sua parca existência como teatro, tivesses sido inaugurado por duas vezes com pompa e circunstância, mesmo sem estar devidamente preparado para tal.
Entre 1882/1894 muitas foram as companhias de Lisboa, Porto, Espanholas e até uma Russa que ali realizaram os seus espectáculos, não esquecendo os amadores locais.
Em 1894 catorze anos após o início da sua construção para teatro, a Câmara Municipal compra o edifício do Teatro para edifício dos Paços do Concelho por 18 000$00 reis.
Em 1901 o edifício teve honras de inauguração como edifício dos Paços do Concelho de Castelo Branco. Era seu presidente na altura Pedro da Silva Martins e vice-presidente José Guilherme Morão.
Em 1935 os Paços do Concelho mudaram-se para o solar dos viscondes de Oleiros, onde aliás ainda hoje se encontram.
Com a saída dos Paços do Concelho em 1935, o edifício recebeu a partir dessa altura varias repartições públicas e particulares: Foi Biblioteca, Tribunal Judicial sendo actualmente Conservatório Regional.
Como em quase todas as histórias, a história deste bonito edifício tem em meu entender um final feliz. Nasceu para ser teatro e não o foi por muito tempo, depois foi Paços do Concelho, mas também por pouco tempo, de seguida foi Biblioteca e depois Tribunal, por fim dá-nos musica como Conservatório.
Com 127 anos de história, o nome deste bonito edifício bem poderia chamar-se: “Uma casa ao serviço dos albicastrenses”.
Por fim a parte mais dolorosa desta história?
Qual o actual estado deste edifício? Embora o seu exterior possa parecer mais ou menos razoável o seu interior está em muito mau estado. A pergunta que aqui quero deixar só pode ser uma:
Para quando a sua recuperação, senhor presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco?
PS. Os dados históricos foram recolhidos no livro ”O Programa POLIS
O Albicastrense
Há um projecto e sei que todos os anos se fala na possibilidade de se lançar o concurso para a recuperação do edifício, mas até agora ainda não avançou nada. Há, no entanto, um aspecto sensível: terá sempre de acautelar-se o funcionamento regular da escola no período necessário para a realização das obras, o que não é assim tão simples. Talvez no último andar do Cine-Teatro, agora que a ESART está muito mais centrada na Agrária. Talvez no edifício dos antigos Correios, quando se concluirem as obras. Talvez...
ResponderEliminarMas só posso concordar contigo: o interior está num estado lastimável. A minha esposa dá aulas numa sala na qual chove. Literalmente.
Enterraram o Vaz Preto? Que horror!!
ResponderEliminarPosso dizer que sou um dos muitos albicastrenses que frequentou o conservatório regional, e como é evidente tive aluas no edifício em questão. Isto já foi à mais de 15 anos é o estado do interior do edifício já era bastante degradado. É uma pena não ser realizada uma intervenção neste imóvel, já que mesmo em frente se encontra um grande mostra da arquitectura moderna (viva o cimento e o betão). Nem sei como é que deixaram la o Vaz Preto. É triste!!!
ResponderEliminarNem de propósito.
ResponderEliminarHá cerca de uma semana, fui ao Conservatório e vi o presidente da Câmara mais um conjunto de técnicos a discutirem detalhes da recuperação do mesmo. Indaguei sobre a urgência e parece que é para um futuro muito próximo. Boas notícias!