A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O
texto está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Em
compensação, houve em 21 de Abril uma sessão em que se tratou da
reunião de fundos para ocorrer ás despesas a fazer com as aludidas
festas, que ainda se não sabia quando se realizariam, mas em que, em
suma, era bom ir pensando, porque homem prevenido vale por dois.
A
respectiva acta começa assim:
“Anno
do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil sete centos noventa
tres annos aos vinte e hum dias de Abril do dito anno nesta Cidade de
Castelo Branco e Casas do Concelho sendo juntos o Doutor Corregedor
da Comarca que tambem serve de Provedor com o Doutor Juiz de Fora e
mais officiais da Comarca por todos foy dito que tendosse proposto
não só em razão dos seus officios mais ainda como leais e fieis
vassalos dar as mais vivas e sinceras demostrassoens de
contentemento e alegria na ocazião do feliz parto que esperarão da
Princesa Nossa Senhora: e considerando do mesmo passo que os Povos
deste Destricto revestido de iguais sentimentos se offeresserão
voluntários a unir as suas forças ás desta Capital afim de que
com a possível dessencia se haja de preencher hum tão digno e
importante objeto: Determinarão que cada hum das referidas Povoações
contribuísse proporcionalmente pellos rendimentos do Consello ou
Povo pella maneira seguinte”:
Salgueiro,
que dos rendimentos do ano que corria e sobras do antecedente tinha
233.093 réis, contribuiria para as festas com a quantia de 90.275
réis,
Cafede,
que tinha das mesmas proveniências 250.826 réis, contribuiria com
98.125 réis.
Alcains,
que tinha 600.532 réis, daria para as estas 215.550 réis.
Escalos
de Cima, que tinha 242.071 réis, havia de dar 94.200 réis.
Mata,
que tinha 226.7722 réis, daria 82.425 réis.
Louza,
que tinha 445.538 réis, havia de dar 172.700 réis
Escalos
de Baixo, que tinha 350.619 réis, havia de dar 137.375 réis.
Malpica,
que tinha 87.648 réis, contribuiria com 26.400 réis.
Monforte,
que tinha 1. 425.883 réis, tinha que dar 285.réis.
Depois
de colectados assim as povoações que tinham rendimentos dos bens
do “Povo” ou do Povo e Concelho, a acta continua.
“...
as quais quantias mandarão se cobrasse e depositassem.... para que
com oito centos mil que se arbitrarão a esta cidade constituam um
fundo de dois contos de reis...”
Deviam
ser festas rijas para custarem dois contos de réis, quantia que
equivaleria hoje, a mais de dois centos de contos.
(Continua)
PS.
Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides
Municipais”,
que
o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado
na época.
O
Albicastrense
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