
Museu Francisco Tavares Proença Júnior
Castelo Branco
Continuação.1976 – 1989 =IV
Muito mais poderia dizer sobre o que foi trabalhar no Museu entre 1976 e 89, altura em que a referida instituição era dirigida pelo Dr. António Forte Salvado, e do trabalho ali desenvolvido ao longo desse tempo.
Gostaria de terminar este ciclo de treze anos (1976-1989) relembrando o que era o Museu nessa altura, e para o fazer nada melhor que falar aqui, das dezenas e dezenas de pequenas edições, publicadas pelo Museu ao longo desses treze anos. Contando um pouco a história das peças ali expostas. Das muitas edições estou a lembrar-me neste momento de alguns títulos tais como.
- Uma Lápide sepulcral biface e uma lápide funerária de um Soldado Britânico;
- Pelourinhos e aguarelas;
- Os retratos de Frei Roque do Espírito Santo e de Frei Egídio da Apresentação;
- O Bordado de Castelo Branco edição de 1980;
- Roteiro do Museu edição de 1974;
- Monsanto;
- Artistas Naturais da Beira Baixa;
- Lage du Bronze Au Musee de F. Tavares Proença Júnior;
- A transposição de um solo de habitat paleolítico de Vilas Ruivas;
- Epigrafia Lusitano-Romana do Museu F.T. P.
Estas e outras edições são um testemunho desse tempo, e ainda hoje algumas, podem ser adquiridas na loja do Museu a preços meramente simbólicos. Ao folhear um desses livros que tem por nome “ Roteiro do Museu de Francisco Tavares Proença edição de 1980, e cuja capa aqui vos mostro, não posso deixar de pensar o seguinte:
- Será hoje o Museu melhor?
- Estará a população de Castelo Branco melor servida no que diz respeito ao seu Museu?
- E a cidade ficou a ganhar com as alterações no Museu?
A minha resposta as três perguntas é,
Não!!!
A leitura desta pequena publicação vinte e cinco anos depois de ter sido editado, é mais que suficiente para poder afirmar tão claramente o “Não”. O Museu era nessa altura, uma instituição ligada as suas gentes, aos seus costumes, podendo até dizer-se que parecia que todos nós ali tínhamos qualquer coisa nossa, a Sala de Etnografia situada no primeiro andar, era o prova disso mesmo, onde os visitantes tantas vezes diziam: “em casa dos meus avós havia um banco igual a este”, ou ainda na sala dos pratos onde era frequente ouvi-los dizer: “a minha mãe tem em casa, um prato que era da minha avó, parecido a este”.
Muito mais haveria para dizer sobre o que era o museu, e o contentamento que era trabalhar ali, não era apenas um trabalho, era como se fosse a nossa segunda casa.
Vou terminar este período de treze anos da história do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, com uma pequena frase, (por sinal muito utilizada pelo fundador do museu).
Facta non verba – "Contra os factos não á argumentos"
O ALBICASTRENSE