Mécia Vaz, moradora em Castelo Branco, sendo casada
houvera afeição carnal e adulterara com Nuno Vaz, e depois disse o marido se
viera a finar. E, sem embargo, se amorara em razão do dito malefício.
Data em Setúbal, 1496, Maio, 17.
(Chanc, De D. Manuel, Lº 34, folh, 90)
João Gonçalves, pixeiro, (?) morador no Crato, fora
carcereiro nessa vila haveria quatro ou cinco anos e os juízes dela lhe
entregaram dois presos: Diogo da Rosa por se dizer que lançara mão de uma moça
para dormir com ela, o que não se provara; Gonçalo Gonçalves, de Castelo
Branco, porque não quisera ir ajudar outros homens a levar um pau para uma obra
do Prior do Crato, e querendo o juiz prende-lo tomara uma lança para de
defender. E estando assim presos, Diogo da Rosa com umas
ferropeias e Vasco (!) Gonçalves com um adobe, lhe vieram a fugir: Diogo da
Rosa pela porta, e indo o suplicante depós ele, Vasco Gonçalves se sairá e se
fora fugindo com o dito adobe pelo telhado.
E ora João (!) da Rosa era já livre e vivia na vila, e
Vasco Gonçalves levara daí sua mulher e não se sabia por onde, e ele suplicante
tinha o perdão do juiz a quem fora feita resistência, como se poderia ver pelo
instrumento de perdão que apresentou e recontava ser feito por Gonçalo Afonso,
tabelião na vila do Crato.
Data em Lisboa, 1501, Julho, 30.
(Chanc, de D. Manuel, Lº 37, folh, 28).
(Por Fernando Portugal)
O Albicastrense
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