UM POUCO DA HISTÓRIA DA IGREJA DE SANTA MARIA DO CASTELO
"O TÚMULO DOS LEÕES"
O
mais antigo monumento sepulcral, de que há notícia na Igreja de Santa Maria do
Castelo, aparece designado nos registos por; “o moimento” ou “moimento
levantado” e, ainda, por “túmulo dos
leões”, visto assentar sobre 3 de pedra.
Consistia
num caixão de pedra, com 15 palmos de comprimento por 6 de alto, suportado
pelos 3 leões e situava-se no meio do corpo da igreja, à parte direita, junto
ao púlpito e abaixo da porta travessa. Pertencia à família do ilustre
albicastrense D. Fernando Rodrigues de Sequeira (1338-1433), cavaleiro de
Aljubarrota, Mestre da Ordem de Avis, Regente e Defensor do Reino enquanto D.
João I esteve fora dele à conquista de Ceuta (1415).
Ali
se haviam depositado os restos mortais de sua mãe D. Maria Afonso e da avó
desta, chamada D. Estevaínha; e, durante vários séculos, seria a última jazida
dos descendentes do Mestre por via de sua filha D. Brites Fernandes de
Sequeira, entre os quais D. Maria e Baltazar de Siqueira.
A
partir de finais do século XVI, os morgados desta geração passaram a viver
noutras povoações (Proença-a-Nova e Rosmaninhal), ficando o mausoléu a um ramo
dela, encabeçado no Dr. Simão de Oliveira da Costa (1604-1673), que ali mandou
colocar novamente o seguinte letreiro:
Aqui jaz a Madre de Fernão Roiz de
Siqueira Mestre da Cavalaria de Avis. Nele seriam ainda depositados mais alguns
membros desta família, como por exemplo:
-
Frei António Estaço da Costa, em 17.11.1663. Capitão de cavalos António Estaço da Costa Cavaleiro da
Ordem de Cristo ano de 1663.
- P.
Martinho de Oliveira da Costa, arcipreste do distrito de Castelo Branco, em
28.12.1691.
Em
1753, já o túmulo fora demolido “pela indecência e deformidade que resultava da
ruína que lhe tinha causado a diuturnidade de tempo” conservando-se apenas a
última lápide; mas, atualmente, nada resta desta significativa
memória do passado...
O Albicastrense
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