PROMESSA POR CUMPRIR
Passei ontem na Rua D’ Ega e confesso que vim de lá a
chamar nomes a quem comanda a terra albicastrense. A minha revolta explica-se
em poucas palavras. Em 2020, o poeta António Salvado e os responsáveis
pela nossa autarquia assinaram um protocolo de acordo no qual, o poeta cedia a
casa onde nasceu à autarquia albicastrense. O respetivo protocolo, sujeitava
a autarquia a recuperar a casa e a cedê-la ao grupo de amigos de
António Salvado, para ali instalar a futura associação, “Amigos da Casa António
Salvado”.
Em Outubro de 2020 realizou-se na Usalbi, uma reunião
de amigos de António Forte Salvado, reunião que serviu para a aprovação dos
estatutos da futura associação. Os mesmos estavam convictos que a recuperação
da casa seria possível ainda em 2021, e por esse motivo, tornava-se necessário a
aprovação dos estatutos.
Pensavam os amigos de António Forte Salvada quando
aprovaram os estatutos, que a nossa autarquia iria cumprir com o combinado. Pensavam
mal, para não dizer muito mal, pois um ano depois, obras na casa nem vê-las,
parecendo até que os responsáveis pela nossa autarquia, estão à espera que o
poeta (como posso eu dizer o que se segue, sem melindrar quem
quer que seja?),
“se vá…”, para depois virem a público lamentar-se e prometendo que a casa que
ele ofereceu, vai finalmente ser recuperada. Palavra que não consigo verbalizar o que
sinto sobre esta desgraçada situação, por isso, apelava a quem esteve na
reunião da Usalbi (gente com muita mais bagagem que eu), para se pronunciarem contra este deixa andar, que
um dia tudo se vai resolver.
Ou será que vamos todos ficar
sentadinhos nos nossos sofás, esperando pelo tal dia, para depois nos lamentarmos? Não posso deixar de aproveitar esta publicação, para sugerir o seguinte: a casa situada abaixo da que o poeta ofereceu está à venda (pode ver-se na imagem nº2), talvez se justificasse a compra desta casa para reforçar o projeto da Casa
dos Amigos de António Salvado.
Resta
acrescentar, que a criação da associação“Amigos
da Casa de António Salvado”,
não é uma benesse, mas antes, uma justíssima homenagem a um homem a quem a
terra Albicastrense muito deve.
ESPERANÇA
Tu és de sempre como o tempo,
tu és de longe como o espaço!
Súplica de cada momento,
falas --- se o ânimo, quebrado,
nos enregela o pensamento!
Reapareces na tristeza
de uns alhos baços, perseguidos,
e és bem mais alta que a beleza!
Âncora, os teus ganchos são vivos
gumes de sol e de certeza!
Deixa-me, ó luz, acreditar
que um dia não serás precisa!
Que foste apenas a passagem
para a real e definida
forma de que és agora imagem!
António
Salvado
O ALBICASTRENSE
Pensavam os amigos de António Forte Salvada quando aprovaram os estatutos, que a nossa autarquia iria cumprir com o combinado. Pensavam mal, para não dizer muito mal, pois um ano depois, obras na casa nem vê-las, parecendo até que os responsáveis pela nossa autarquia, estão à espera que o poeta (como posso eu dizer o que se segue, sem melindrar quem quer que seja?), “se vá…”, para depois virem a público lamentar-se e prometendo que a casa que ele ofereceu, vai finalmente ser recuperada.
ESPERANÇA
Tu és de sempre como o tempo,
tu és de longe como o espaço!
Súplica de cada momento,
falas --- se o ânimo, quebrado,
nos enregela o pensamento!
Reapareces na tristeza
de uns alhos baços, perseguidos,
e és bem mais alta que a beleza!
Âncora, os teus ganchos são vivos
gumes de sol e de certeza!
Deixa-me, ó luz, acreditar
que um dia não serás precisa!
Que foste apenas a passagem
para a real e definida
forma de que és agora imagem!
António
Salvado
O ALBICASTRENSE
Maria José Barata Barata
ResponderEliminarTambém estou de acordo com o seu relato. Tanto nos custa, porque assistimos de perto, a tudo o que este Grande Senhor tem contribuído para o engrandecimento da nossa cidade.
Comentário feito no Facebook).
Maria José
ResponderEliminarÉ lamentável este deixa andar, aliás, nada o justifica.
Abraço deste velho camarada de trabalho.