AVENIDA GENERAL RAMALHO EANES
BEM – VINDOS A UM BLOGUE LIVRE DE OPINIÕES SOBRE CASTELO BRANCO, SEJAM ELAS BOAS OU MÁS. O BLOGUE É DE TODOS E PARA TODOS OS ALBICASTRENSES…
terça-feira, março 28, 2023
TOPONÍMIA ALBICASTRENSE
A terra albicastrense tem desde o dia em que celebrou o seu 252 aniversário como cidade, um novo patrono na sua toponímia. O acontecimento teve honras de cobertura nos órgãos da comunicação local.
quinta-feira, março 23, 2023
RUÍNAS DA ANTIGA RODOVIÁRIA DE CASTELO BRANCO
As imagens mostram as ruínas da antiga Rodoviária de Castelo Branco.
Não
sei a quem pertencem estas instalações, sei contudo, que quem por ali
passa e olha para o triste espetáculo instalado, não pode deixar de ficar
indignado.
Quando
da construção do novo centro rodoviário da terra albicastrense, aplaudi a
iniciativa e rejubilei-me com a respetiva construção.
O que não consigo
entender e muito menos compreender, e tenham deixado as anteriores instalações ao
abandono, desleixo que levou ao ponto em que hoje se encontram.
É lamentável
que nos últimos anos se tenham empenhado na recuperação da rua Rodrigo Rebelo,
e deixem agora, estes velhos barracões desmoronarem-se na dita rua. Haja paciência
para tanta burrice!! O ALBICASTRENSE
sexta-feira, março 17, 2023
LARGO DE S. JOÃO
O DESLEIXO MORA NESTE
LARGO
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Ao passar recentemente neste Largo, captei as imagens que podem ser vistas nesta publicação. Confesso que não consigo compreender que um largo requalificado há poucos anos, esteja como se pode ver nestas imagens.
Perante tal desmazelo, aconselho vivamente quem comanda a terra albicastrense, que na nossa autarquia tem que haver alguém que regularmente inspecione estes locais, para evitar o que podemos ver nas imagens.domingo, março 12, 2023
MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE
MEMÓRIAS
MEMÓRIAS
MEMÓRIAS
MEMÓRIAS
MEMÓRIAS QUE NÃO TEMOS, MAS QUE ALGUÉM APANHOU PARA NOS
DEIXAR.
A RECUPERAÇÃO DESTA IMAGEM É UM PRESENTE DO ALBICASTRENSE, PARA
TODOS OS MEUS AMIGOS.
O ALBICASTRENSE
sábado, março 11, 2023
UMA EXPOSIÇÃO QUE OS ALBICASTRENSES NÃO PODEM DEIXAR DE VER
O
JORNAL EXPRESSO ESCOLHEU A TERRA ALBICASTRENSE
PARA
EXPOR ESTA FANTÁSTICA EXPOSIÇÃO.
AOS
ALBICASTRENSES, COMPETE O DEVER E A OBRIGAÇÃO DE A VISITAR.
quarta-feira, março 08, 2023
VELHOS ESTABELECIMENTOS DA TERRA ALBICASTRENSE - "O CATORZE"
Segundo
me foi dito, a esposa do Catorze ainda é viva e está de boa saúde, dizendo de
seguida, que o restaurante tinha sido aberto há cerca de sessenta anos. O local
está hoje muito diferente do espaço que eu conheci em tempos (para melhor). Recomendo uma visita ao local, pois segundo sei, o serviço é excelente.
Para
terminar uma pequena história. Quando era jovem, costumava-mos brincar com o
nome do restaurante, perguntando a um qualquer amigo, qual era a maior cama de
um casal. A resposta
era a cama do catorze, pois dormia lá o catorze e a mulher.
quinta-feira, março 02, 2023
O AMOR E A MORTE... NOS ANTIGOS REGISTOS PAROQUIAIS ALBICASTRENSES – (20)
XIV -
Um Boticário Albicastrense na Casa de
Tormento da Inquisição
Por Manuel da Silva Castelo Branco
Comentário
Lázaro Rodrigues Pinheiro, cujo assento de óbito acabamos de transladar, nasceu
em Castelo Branco a 16.9.1659, sendo filho do mercador João Nunes Viseu e de
sua mulher D. Ana Rodrigues, ambos cristãos-novos. Naquela vila estudou
Gramática (Latim); depois e durante 4 anos, aprendeu com mestres aprovados a
arte de boticário; e, examinado nesta ciência de acordo com o Regimento, foi
considerado apto e suficiente pelo que se lhe passou a respectiva carta régia (
Lisboa, 13.1.1680).
Monta botica na terra
natal e casa em Alcains, a 3.1.1697, com D. Clara Henriques de Paiva, filha de
Francisco Lopes Morão e D. Leonor de Paiva; e dela houve vários filhos, o
primeiro dos quais nasceu em Castelo Branco a 27.8.1698 e teve o nome do avô
paterno (João Nunes Viseu). Ora, embora baptizado e freguês habitual da igreja
de S. Miguel, o nosso boticário acaba por apartar-se da Fé Católica e passa a
professar a chamada Lei de Moisés, seguida havia séculos pelos seus
antepassados judeus. No nosso país, tal facto era então objecto de graves 25 penas
(até a de morte), pelo que Lázaro Rodrigues Pinheiro começa a ter uma vida
dupla...
Assim, aparentemente,
continua a ser católico praticante, indo à igreja e confessando-se mas, no seu
íntimo, não acreditava no Mistério da Santissima Trindade nem tinha Cristo por
Deus verdadeiro e como o Messias pro-metido; antes, esperava ainda por Ele «e
só acreditava no Deus dos Céus, a quem se encomendava com a oração do Padre
Nosso, mas não dizendo Jesus no fim...» Clandestinamente, comunicava com outras
pessoas da mesma nação, às quais se declarava por judeu; e, na intimidade da
sua casa, ele e a família praticavam os ritos e cerimónias judaicas, guardando
os sábados como se fossem dias santos e jejuando nas festas comemorativas do
Dia Grande da Rainha Ester... Porém, o destino não lhe permitiria manter esta
situação por muito tempo.
Em finais de 1710,
alguns familiares são presos pela Inquisisão e ele, receando ser descoberto
através dos seus testemunhos aconselha-se com Paulo de Figueiredo de Refóios,
comissário do Santo Oficio em Castelo Branco e parte imediatamente para Lisboa,
apresentando-se no palácio dos Estaus, ao Rossio, em 5.2.1711... Inicia-se,
assim, o seu processo perante o dito Tribunal, emcuja Mesa começa a confessar,
a 14.2.1711, denunciando parentes e conhecidos pertencentes a diversos ramos de
cristãos-novos: Moratos, Idanhas, Viseus, Penteados, Aires, Nunes, Sordos,
Cunhas, Pavas, etc. Do inventário feito aos seus bens, a 26.3.1711, consta
possuir em Castelo Branco uma vinha no Vale do Romei-ro, que comprara por
150000 réis; mais outro pedaço de vinha, no sítio da Ribeira, que lhe custara
15 a 16000 réis; e a botica, avaliada em cerca de 50 a 60000 réis. A 11.2.1711,
volta à Mesa onde confessa mais culpas mas o Tribunal não se dá por satisfeito pois
o réu, involuntária ou propositadamente, não incriminara algumas pessoas já
comprometidas noutros processos e com os quais comungara a sua crença... Por tal motivo, é admoestado e advertido das
faltas e diminuições do seu testemunho, sendo entregue ao juízo ordinário e
entrando nos cárceres secretos da Inquisição, a 18.3.1711. A 12.6.1711, produz
mais confissão mas, considerada insuficiente e não totalmente verdadeira, é
acusado de heresia e apostasia e condenado à prova do tormento 20.6.1711). Este
realiza-se 6 dias depois, pelas 9 horas da manhã e perante o inquisidor Manuel da
Cunha Pinheiro (pelo ordinário), os deputados Frei Miguel Barbosa e Marfim
Monteiro de Azevedo, o notário, médico e cirurgião e outros oficiais da Inquisição.
O notário lê-lhe a
sentença e, mais uma vez, insiste em que diga toda a verdade, «para descargo da
consciência e salvação da sua alma, pois só assim evitaria os trabalhos e
perigos a que iria ser submetido», advertindo-o «com muita caridade, de que se
naquela diligência morresse, quebrasse algum membro ou perdesse qualquer
sentido, a culpa seria unicamente dele e não dos senhores inquisidores e mais
ministros do Santo Oficio, que haviam feito justiça conforme o merecimento da
sua causa».
O réu responde com o
silêncio a tão insidiosa e hipócrita argumentação, pelo que é amarrado ao potro
e sofre os primeiros 3 tratos da polé. Desesperado com as dores, grita e clama
por audiência, onde denuncia outros praticantes, entre os quais o Dr. Manuel
Mendes Monforte (tio de sua mulher e médico no Brasil), a própria mulher e o
filho mais velho, apenas com 13 anos. Tudo isto não satisfaz ainda os
inquisidores, sendo levado de novo à tortura e desta vez, submetido a
«tratamento» completo.
Não podendo suportar
mais o sofrimento, pede misericórdia e perdão, «com mostras de arrependimento».
A 30.6.1711, a Mesa do Santo Tribunal revê pela 4ª vez o seu processo e acaba por
condená-lo a cárcere e hábito penitencial e a abjurar das culpas em Auto de Fé,
celebrado no Rossio a 26.7.1711, com a presença d’El-Rei, altas individualidades
e muito povo. Finalmente, Lázaro Rodrigues Pinheiro é libertado a 6.8.1711 e
regressa a Castelo Branco, retomando o seu trabalho na botica. Mas, pouco tempo
depois, a 16.10.1711, a mulher e o filho mais velho apresentam-se
voluntáriamente nos Paços da Inquisição em Lisboa (os Estaus), a fim de
confessarem também as suas culpas, saindo reconciliados pelo mesmo Tribunal, a
7 e 27.10.1711, respectivamente.
O casal irá ter mais
filhos e para eles o pesadelo terminou... mas não para a sua geração. Ora,
processos semelhantes ao que acabei de descrever foram levantados a muitos
cristãos-novos albicastrenses, em especial no decurso dos séculos XVII e XVlll;
e alguns deles pagariam na fogueira um pesado tributo pelas suas convicções...
(Continua)
JORNAL "A BEIRA BAIXA" 1937 / 1976
MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE 1º EDICAO: 12 DE ABRIL DE 1937 DIRECTOR E EDITOR: ANTÓNIO RODRIGUES CARDOSO ADMINISTRADOR E PROPRIETÁRIO:...
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EU SÓ QUERIA ENTENDER.... Volto a um assunto que já aqui abordei várias vezes, estou a fazê-lo novamente porque ao passar hoje pe...
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" PATRIMÓNIO DA TERRA ALBICASTRENSE " O texto sobre o bordado de Castelo Branco que vão ler a seguir é, da autoria de...
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PROFESSOR DR. FARIA DE VASCONCELOS (1880-1939) O seu nome foi dado a uma das escolas da nossa cidade, porém, não tenho duvidas que este ...