sexta-feira, fevereiro 28, 2025

TOPOPNÍMIA ALBICASTRENSE

 RUA ÁLVARO CANELAS 

ÁLVARO CANELAS, UM ARTISTA ALBICASTRENSE 

Na quinta Dr. Beirão, existe uma pequena rua com o nome de Álvaro Canelas, homem que seguramente pouco ou nada diz a quem nela mora. Dirão alguns, que salve algumas exceções, é o que acontece com a maioria dos ilustres que dão nome ás nossas ruas. Confesso que também eu, pouco ou quase nada sei sobre homem que foi escolhido para dar nome à pequena rua
Resta acrescentar que este albicastrense que morreu em 1953, continua a ter uma rua em Luando com o seu nome, independentemente da independência do país em 1975 

QUEM FOI ÁLVARO CANELAS?

Nasceu em Castelo Branco em 1901, e morreu em 1953. Desenhador e caricaturista, editor, articulista e dinamizador cultural, “Álvaro Canelas transformou-se”, num motor da vida intelectual e social em Castelo Branco. 
Canelas, na década de 30 do século passado, teve um papel relevante nos domínios da arte, da cultura e da intervenção social, em Castelo Branco. Álvaro Canelas foi um sonhador, aventureiro, inconformado e irrequieto, mas um amante da liberdade e do progresso. Um homem que esteve sempre à frente do seu tempo.”
Foi ele quem, pelas suas ideias e propostas, terá “influenciado”, talvez, a construção das Colónias de Férias de Média Altitude da Serra da Gardunha (Louriçal do Campo) e da Praia da Areia Branca (Lourinhã). Foi também ele quem, à época, chamou a atenção para a importância da cultura e das artes, para além do sol e das praias, como fatores de atração e valorização do turismo.
Ps. Dados encontrados num pequeno livro  da autoria da Dr. Adelaide Salvado,  sobre Álvaro Canelas. 
O ALBICASTRENSE

terça-feira, fevereiro 25, 2025

ANTIGA PISCINA DE CASTELO BRANCO

 QUE QUEREM OS ALBICASTRENSES
PARA O LOCAL ONDE ESTÁ A VELHA PISCINA DE CASTELO BRANCO?

Assisti no passado dia 22 no museu Francisco Tavares Proença Júnior, á entrega dos prémios relativos a duas ideias para o antigo espaço da piscina do castelo, concurso promovido pela nossa autarquia.
A ideia que ficou em primeiro lugar, mexeu com os meus velhos neurónios, pois, no meu entender, a ideia seria de considerar para um qualquer outro local, mas nunca, para a encosta da nossa zona histórica. Gostei da que ficou em segundo lugar, pois parece-me muito mais realista e ajustada ao que os albicastrenses podem pretender para o local em causa. Convém perguntar a quem promoveu esta iniciativa, se não deveriam os albicastrenses ser chamados através de uma qualquer iniciativa a pronunciar-se sobre tão importante assunto, ou será que só servimos para dar taxo a quem quer ocupar a cadeira do poder.


A minha pergunta para os meus amigos albicastrenses é a seguinte: Que defendem os albicastrenses que nasceram, cresceram e vivem em Castelo Branco, para um local onde temos tantas memórias e que ocupa a encosta da nossa querida zona histórica?

1-Deixar tudo como está até a dia de S. Nunca.
2-Recuperar a velha piscina.
3-Recuperar o espaço (anulando o que não interessa), e criando condições para o associativismo Albicastrense.
4-Criar um parque temático para homenagear albicastrenses que nasceram, cresceram e se projetaram pelo mundo.
5-Mandar tudo abaixo e construir lá um qualquer projeto inovador (para alguns), e uma autêntica burrice para outros.
Que cada um de nós possa ajuizar o que é melhor para a terra albicastrense, deve ser o nosso dever.
NÃO DEIXEM PARA OS OUTROS AQUILO QUE É DA RESPONSABILIDADE DE TODOS.
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, fevereiro 21, 2025

BISPADO DE CASTELO BRANCO – (Ultimo)

                                                  MEMÓRIAS DO BLOG 
                                             (10 ANOS DEPOIS)

“Para a história do Bispado de Castelo Branco”

 
(Continuação)
Também o acusa de menos patriota, ao congratular-se pela nomeação de Ferry, “por sua prudência e proibidade”, e tão-pouco o absolve da pastoral, em que aconselha facilidades aos intrusos, “vindos não como conquistadores, mas sim como amigos e como aliados para proteger-nos”.
Ipsi verbis, eram os termos de proclamação de Junot ao povo português, divulgada inicialmente em castelo branco. Mais tarde, quando a desgraça d,el-rei Junot se torna evidente, constitui-se então uma Junta de Salvação, sob a presidência do prelado, com o vigário geral, o provisor do bispado e as autoridades judicias, juiz de fora, provedor e corregedor, D. Vicente Ferrer não teria sido, então extemporaneamente, um bispo da resistência depreende-se dos juízos de Roxo, indubitavelmente, excessivos, visto que a tropa de Junot não deparou com resistência alguma digna deste nome, quer à sua chegada quer mesmo na capital. Deve salientar-se o seu meticuloso zelo e porfiado espírito disciplinador, junto do clero diocesano.
Sendo vigário encomendado da Colegiada de Santa Maria do Castelo o padre João Ruiz, na sua visitação de 27-XI-1785, o prelado lamenta encontrar a igreja:
Em estado que alem de indecente não admite reparo algum; qualquer que se pretenda e execute será innutil, menos que ella se reedifique: não tem sacrystia, o corpo ameassa total ruína, de sorte que em breve nos veremos reduzidos a fazer remover para outro lugar o tabernáculo do Santíssimo Sacramento”.
Não podemos dessimular o que esta Igreja he pouco, ou quazi nada frequentada, o Monte em que está situada, sendo a situaçaõ da antiga Cidade se vê hoje sem habitantes a povoação pelo sossecaõ dos tempos se tem estendido no Campo e que hoje he sobrranceiro o dito Monte e vindo por esta cauza a ser iancessivel aos moradores da Cidade he tambem hum lugar dezerto. Considerando pois na referida situaçaõ da Igreja, e no estado em que se acha, naõ Nos lembramos de outro provimento mais, senaõ de recomendar ao Reverendo Vigário que requeira a S. Magestade com este Cap. a providencia necessária e que demanda a mesma Igreja; o que lhe ordenamos fassa em breve, aliás estranharemos como Nos parecer qualquer negligencia que acharemos a este respeito”.
Com grande magoa e perturbação do Nosso Espírito somos informados que os beneficiados naõ rézaõ no coro. Tertia, Sexta e Noa e que naõ assistem á Missa Conventual, que todos os dias se deve dizer á hora de Terdia como lhes ordenado na erecçaõ e instituiçaõ dos Beneficios, feita por ElRey Dom Manuel, e pelo regimento do Coro disposto por El Rey D. Joaõ 3º de saudoza memoria...
A transcrição tem o mérito de revelar um dos típicos documentos de D. Vicente, com o informe curioso de abandono da população da parte alta da cidade, em torno do castelo, já então verificado. As visitações sucedem-se com inalterável regularidade, a esta e outras igrejas, até à última provisão de 10-VII- 1814, mas não cabe nos limites desta obra a sua análise. Faleceu a 24-VIII desse mesmo ano, e jaz no adro da Sé, junto ao balcão as sacristia (1).
(Final)
(1) Sobre a sepultura de D. Vicente Ferrer publicou o Dr. Luís Pinto Garcia um opúsculo com o titulo: “Lápide Sepulcral Biface”, em que analisa e comenta com erudição o estranho caso de se encontrar no reverso da pesada e comprida pedra granítica que serve de tampa funerária, outra legenda fúnebre, de D. Joana de Meneses, esposa de D. Brás Baltazar da Silveira, governador das armas desta província e provedor da Misericórdia de Castelo Branco em 1721, editado em 1945. (Irei aqui publicar brevemente, este pequeno e interessante livro).
Texto retirado do livro: “Estudantes da Universidade de Coimbra Naturais de Castelo Branco de: Francisco Morais e José Lopes Dias”
O ALBICASTRENSE

terça-feira, fevereiro 18, 2025

MISTÉRIOS DA TERRA ALBICASTRENSE

UM TAPA OLHOS PARA NOS ENGANAR, OU TRATA-SE VERDADEIRAMENTE DE UMA RECUPERAÇAO? 


Em 2009 o prédio desta publicação sofreu uma "linda" operação plástica á sua fachada. Operação que só serviu   para enganar tolos, pois no seu interior tudo ficou como estava.
Constou-se  na altura, que o custo da operação (tintas), foi paga pela nossa autarquia. 

Desaseis anos depois, então não é, que o magano faz nova operação plástica a fachada! No seu interior, mais uma vez, nada de nada vai acontecer.     Ou seja, borra-se a fachada, para que quem por ali passe diga; "finalmente o prédio foi recuperado!" 
TRETAS!! 😝 😟 😠 😡 😢
 Pois o desgraçadinho vai continuar sem moradores, uma vez que o seu interior está em ruínas (como a imagem tirada através da portinhola do porta mostra). 
Será que estamos perante um tapa olhos derivado ás próximas eleições?

O ALBICASTRENSE

sexta-feira, fevereiro 14, 2025

BISPADO DE CASTELO BRANCO – (VIII)

MEMÓRIAS DO BLOG 
(10 ANOS DEPOIS)

“Para a história do Bispado de Castelo Branco”

(Continuação)
O segundo bispo, D. Vicente Ferrer da Rocha, também da Ordem dos Pregadores, nasceu em Lisboa a 5-IV-1736, sendo eleito a 21-VII-1782, confirmado a 16-XII do mesmo ano e sagrado no Convento da Trindade, da capital, a 24-II do ano seguinte.
Demorou em Castelo Branco mais de trinta anos, deixando assegurada a sua actividade em consideráveis melhoramentos. Muito lhe ficou devendo o Paço Episcopal e a Sé, de sorte a tornar-se conhecido pelo Bispo-artista.
Nas obras do prelado anda estreitamente confundida a esfumada lembrança de um humilde, mas notável colaborador, frei Daniel, professor dominicano, imaginário e autor dos alçados de sacristia e da capela-mor da Sé, talvez do chafariz da Mina, digno de merecer as honras de algum investigador, com argucia e lazeres para trazer à homenagem publica um apreciável obreiro das nossas jóias de arte e arquitectura locais.
Pouco sabemos dos dados biográficos, apenas que D. Vicente lhe dava plenos poderes para imaginar e prosseguir as obras do bispado. Faleceu a 8-X-1806, e ficou sepultado no adro da Sé, à porta da sacristia, obra de sua própria concepção e risco, junto do prelado e amigo.
D. Vicente Ferrer, como se disse, foi testemunha e comparsa de alguns episódios da primeira invasão napoleónica, e acolheu Junot no Paço Episcopal.
Perante o general em chefe e o governador militar da cidade, Peyre Ferry, em tal emergência aponta-o Roxo como sendo extremamente sensível à lisonja e brindando Ferry com a quantia, ao tempo, importante, de duzentos mil reis, em resposta a uma carta de requintada amabilidade gaulesa.
Mas conta, do mesmo passo, como as justiças da cidade e as câmaras da comarca ordenavam colectas e fintas – imagine-se com que vontade! - para o mesmo destino...
(Continua)
Texto retirado do livro: “Estudantes da Universidade de Coimbra Naturais de Castelo Branco de:
 Francisco Morais e José Lopes Dias”
O   ALBICASTRENSE

quinta-feira, fevereiro 06, 2025

TRISTEZAS NA MURALAHA DA TERRA ALBICASTRENSE.

 

OBRAS NA MURALHA
 NÃO DEPENDIAM  DE AUTORIZAÇÃO SUPERIOR.

😖 😖 😖 😖 😖 😖

Perante a notícia desta publicação (Jornal Reconquista de hoje), ficamos a saber que durante anos se andou a engonhar sobre a recuperação desta parte da nossa muralha. Ou seja, o Património Cultural (instituto publico responsável por esta área) emburra para os responsáveis da nossa autarquia, a desgraça do que aconteceu! E mais não digo, pois prefiro que sejam os visitantes do bloque a tirar conclusões da desgraça acontecida.

O ALBICASTRENSE

HISTÓRIA DE CASTELO BRANCO

                                   DADOS SOBRE A TERRA ALBICASTRENSE Os primeiros documentos sobre as terras de Castelo Branco datam do s...