sábado, outubro 04, 2025

LARGO DO ESPÍRITO SANTO


                                       UM LARGO AGORA MAIS BONITINHO
😃 😂 😁 😀 😄
Após muitos anos de marasmo, a casa que pode ser vista numa das imagem, foi finalmente recuperada. Hoje, já percorri  este lindo corredor, sem ter que descer e subir escadas. 
Ao presidente da nossa Junta de Freguesia, homem que se empenhou pela  resolução da tristeza instalada durante mais de cinco anos,  dou os parabéns pela resolução de um problema que herdou. Se criticamos quando não gostamos de certas situações, também temos que ter a coragem de elogiar quando existem motivos para isso. 
O ALBICASTRENSE

quarta-feira, outubro 01, 2025

JAIME LOPES DIAS - (1890/1977)

JAIME LOPES DIAS - (1890/1977)
JOSÉ  LOPES  DIAS - (1900/1976)
 

Depois de ter publicado uma pequena biografia de José Lopes Dias, não podia deixar de fazer o mesmo em relação ao seu irmão Jaime Lopes Dias. Dois irmãos que não sendo albicastrenses, foram muito mais albicastrenses que muitos dos que cá nasceram. 


Foi o filho mais velho de uma fratria de 5 irmãos de José Lopes Dias, professor primário, e de Angélica Mendes Barreiros Dias. Com a morte precoce da sua mãe, o seu pai vem a casar novamente e a ter os restantes quatro filhos. Em 1914 tornou-se notário, por concurso público, em Idanha-a-Nova, ano e local onde viria a casar com Maria do Carmo de Andrade Pissara (1889-1980).

Teve quatro filhos, dois rapazes e duas raparigas, que por sua vez deram origem a 10 netas e um neto. Conheceu ainda alguns bisnetos. A família foi sempre uma dimensão importante da sua vida e à qual dedicava grande parte da sua atenção. Frequentou o Liceu de Castelo Branco e, mais tarde, estudou no colégio de São Fiel, mas foi no Liceu de Coimbra que completou o curso complementar de Letras. 

O curso de direito foi realizado na Universidade. De Coimbra entre 1908 e 1912. 

Administrador do concelho de Idanha-a-Nova, de 16 de Julho de 1915 a 30 de Outubro de 1916. Aluno da Escola de Oficias Milicianos, de Novembro de 1917 a Junho de 1918. Membro da Comissão Administrativa Municipal de Idanha-a-Nova (1919);

Foi vereador da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova entre 1915 e 1919. Posteriormente, muda-se para Castelo Branco, onde em 1919 é empossado Juiz presidente do tribunal dos desastres no trabalho tendo sido também secretário-geral do governo civil de Castelo de Branco. Ainda em Castelo Branco, foi professor provisório do 4º grupo do Liceu de Castelo Branco, de Dezembro de 1923 a Julho de 1924 e do 5º grupo do mesmo Liceu desde Dezembro de 1926 a Junho de 1927.

Mais tarde, mudou-se para Lisboa, onde exerceu a função de Diretor dos Serviços Centrais e Culturais na Câmara Municipal de Lisboa, de 1938 até à sua reforma por idade. Foi à capital que dedicou muito do seu trabalho ao longo do resto da sua vida, embora mantendo sempre uma grande ligação à sua região natal, onde ia frequentemente.  Não raramente, ajudava conterrâneos a encontrar trabalho em Lisboa e dedicou-se sempre ao desenvolvimento regional. São exemplos disso o seu esforço para que fosse construída a barragem de Idanha-a-Nova, hoje barragem Carmona, havendo quem tenha escrito6 que poderia chamar-se Jaime Lopes Dias, tal foi a sua implicação no projeto, mas há outros exemplos. 
Manteve sempre uma relação forte com a imprensa que lia de forma apaixonada e onde escreveu durante vários anos. Uma das suas mais importantes obras é a Etnografia da Beira (1926). Esta obra de fôlego, com 11 volumes, resultou de um intenso e prolongado esforço de recolha de tradições orais sobre a vida, as tradições, os costumes, o folclore e as diversidades culturais da Beira-Baixa.

Em 1933 é autor, com o então professor de direito Marcelo Caetano, do código administrativo. Este facto veio a ser interpretado como um sinal de aproximação ao regime, então no seu início. Na verdade, Jaime Lopes Dias recusou sempre cargos de conotação política, nunca se identificando com o regime de Salazar e Caetano. Ajudou amigos, conhecidos e opositores a escaparem à polícia política, nomeadamente em fugas para Espanha. 

A partir de 1938 tornou-se diretor dos serviços centrais e culturais da Câmara Municipal de Lisboa, tendo dirigido a Revista Municipal, dedicada aos estudos Olisiponenses. Foi também membro dos Jardim Escola João de Deus, que ajudou a organizar e difundir ao longo de muitos anos.  Morreu depois do 25 de Abril de 1974, revolução que encarou com alegria e otimismo, lamentando apenas já não ter idade para poder festejar. 

Faleceu em Lisboa em 1977 e quis ser sepultado no seu já Vale da Senhora da PóvoaDepois da sua morte, alguém decidiu atribuir o seu nome à biblioteca municipal. Contudo, quando da mudança da biblioteca para o antigo quartel, o nome de José Lopes Dias deixou de constar como patrono da mesma,  e em 2024, dá-se a mudança para António Forte Salvado.

Ps. Recolha de dados: Wikipedia

O ALBICASTRENSE

LARGO DO ESPÍRITO SANTO

                                        UM LARGO AGORA MAIS BONITINHO 😃 😂 😁 😀 😄 Após muitos anos de marasmo,  a casa que pode ser vis...