Do livro "SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DA TOPONIMIA ALBICASTRENSE NO SÉCULO XVI", da autoria de Manual da Silva Castelo Branco, retirei o texto sobre o antigo convento de Santo António, que pode ser lido nesta publicação. -------------------------------------------Foi
fundado em 1562 o mosteiro de Santo António dos Capuchos por D. Fernando de
Meneses, comendador e alcaide-mor desta vila. Este introito, fornecido em 1853
por Porfírio da Silva, sem esclarecer o fundamento de seu assento, vai ser
repetido pelos seguintes autores, embora por vezes com algumas reservas, em
virtude da inscrição latina existente no pórtico da entrada principal: “Este
mosteiro, cujos fundamentos foram lançados pelos frades, foi depois continuado
por António, o qual (mosteiro) durará para sempre…” Daqui, conclui António Roxo
(1890) que o fundador de parte e não se doto o convento foi um António e não um
Fernando.O
Dr. J. V. Mendes de Matos (1972) indica a mesma data da fundação, reportando-se
á “Geografia Histórica” de D. Luís Caetano de Lima; e teria obtido idêntica
informação na “Descrição corográfica do reino de Portugal”, por António de Oliveira e em outras obras congéneres, bem
como, naturalmente, nas Crónicas da Ordem, de entre as quais me refiro apenas à
“Crónica da província da Piedade, primeira Capucha de toda a Ordem e Regular
Observância do nosso seráfico Pe. S. Francisco, por fr. Manuel de Monforte (1695).
Aqui
se refere, entre outras coisas, que “na capela maior da igreja tem o dito
fundador sepultura e sua mulher D. Filipa de Mendonça, com letreiro que o
declara”. Assim o parece confirmar o seguinte registo paroquial da igreja de
Sta. Maria de Castelo Branco: A 28.9.1643, faleceu D. António de Meneses,
comendador e alcaide-mor desta vila, fez testamento; é seu testamenteiro D.
Jerónimo Coutinho e herdeiro seu filho D. Fernando; jaz no convento de St.
António na capela-mor em o carneiro que tem nela.Talvez
este D. António, filho, herdeiro e sucessor de D. Fernando, o indigitado
fundador, tenha continuado as obras que seu pai patrocinara e, dai, a razão da
Lápida atrás referida… Encontrei muitas outras notícias sobre o convento, quer
nos registos paroquiais dos finais quinhentos, como provenientes de
documentação diferente. Assim, no processo da Inquisição de Lisboa conta Brites
Aires, vemos que, “a 14.4.1579, no mosteiro de Santo António da Ordem da
Piedade da vila de Castelo Branco, dos muros para fora, estando ali o Ldº
Marcos Teixeira, inquisidor, perante ele apareceram várias
testemunhas… (Processo nº 1760)"O ALBICASTRENSE
Do livro "SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DA TOPONIMIA ALBICASTRENSE NO SÉCULO XVI", da autoria de Manual da Silva Castelo Branco, retirei o texto sobre o antigo convento de Santo António, que pode ser lido nesta publicação.
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Foi
fundado em 1562 o mosteiro de Santo António dos Capuchos por D. Fernando de
Meneses, comendador e alcaide-mor desta vila. Este introito, fornecido em 1853
por Porfírio da Silva, sem esclarecer o fundamento de seu assento, vai ser
repetido pelos seguintes autores, embora por vezes com algumas reservas, em
virtude da inscrição latina existente no pórtico da entrada principal: “Este
mosteiro, cujos fundamentos foram lançados pelos frades, foi depois continuado
por António, o qual (mosteiro) durará para sempre…”
Daqui, conclui António Roxo
(1890) que o fundador de parte e não se doto o convento foi um António e não um
Fernando.
O
Dr. J. V. Mendes de Matos (1972) indica a mesma data da fundação, reportando-se
á “Geografia Histórica” de D. Luís Caetano de Lima; e teria obtido idêntica
informação na “Descrição corográfica do reino de Portugal”, por António de Oliveira e em outras obras congéneres, bem
como, naturalmente, nas Crónicas da Ordem, de entre as quais me refiro apenas à
“Crónica da província da Piedade, primeira Capucha de toda a Ordem e Regular
Observância do nosso seráfico Pe. S. Francisco, por fr. Manuel de Monforte (1695).
Aqui
se refere, entre outras coisas, que “na capela maior da igreja tem o dito
fundador sepultura e sua mulher D. Filipa de Mendonça, com letreiro que o
declara”. Assim o parece confirmar o seguinte registo paroquial da igreja de
Sta. Maria de Castelo Branco: A 28.9.1643, faleceu D. António de Meneses,
comendador e alcaide-mor desta vila, fez testamento; é seu testamenteiro D.
Jerónimo Coutinho e herdeiro seu filho D. Fernando; jaz no convento de St.
António na capela-mor em o carneiro que tem nela.
Talvez
este D. António, filho, herdeiro e sucessor de D. Fernando, o indigitado
fundador, tenha continuado as obras que seu pai patrocinara e, dai, a razão da
Lápida atrás referida… Encontrei muitas outras notícias sobre o convento, quer
nos registos paroquiais dos finais quinhentos, como provenientes de
documentação diferente. Assim, no processo da Inquisição de Lisboa conta Brites
Aires, vemos que, “a 14.4.1579, no mosteiro de Santo António da Ordem da
Piedade da vila de Castelo Branco, dos muros para fora, estando ali o Ldº
Marcos Teixeira, inquisidor, perante ele apareceram várias
testemunhas… (Processo nº 1760)"
O ALBICASTRENSE


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