domingo, janeiro 10, 2016

ALBICASTRENSES ILUSTRES XXXII

JOSÉ GERMANO DA CUNHA
Nasceu em castelo Branco em 1839 e faleceu em 1903 no Fundão, localidade que adotou do coração, na qual viveu a maior parte da sua vida e a qual lhe ficou a dever iniciativas e melhoramentos, com reflexos principalmente, na Santa Casa da Misericórdia, no Casino Fundanense (que ostentava na fachada um medalhão com a sua efigie).
De muito novo que começou a colaborar, em prosa e versos, em jornais, tendo sido o fundador dos periódicos, Apostolo da Verdade (1870),  Jornal do Fundão (1898) e Unhais da Serra (1900).
Investigador da história regional, escreveu: Notícia histórica da Santa Casa da Misericórdia do Fundão (1870), A propósito da “Monografia de Castelo Branco” (1891), texto que completa, em alguns espetos, o livro sobre Castelo Branco e da autoria de António Roxo. 
Apontamento para a história do Fundão (1892), Jornalismo no distrito de Castelo Branco (1893), O Conselheiro de Estado José Silvestre Ribeiro (1893), Alguma da sua produção poética surge reunida em Fotografias (que teve 2ª edição em 1893 e cujo o conteúdo, de natureza sátira, se insere na linha antiquíssima da poesia portuguesa voltada para o humor) e  Entre sombras (1903), conjunto de poemas trespassado por delicada entoação que repercute o mistério da vida e da morte. 
José Germano da Cunha publicou, ainda, em 1866, um curioso livro a que chamou a Torre dos Namorados.

Lição aos mestres
Estavam numa janela juntos seis doutores
fumando e conversando alegremente,
enquanto o pobre o mísero doente
passava as horas a gemer com dores.

Enfadaram-se, enfim, estes senhores,
e começou o medico assistente,
com palavrões que metem susto à gente,
a contar da doença os pormenores.

“O que ele tem é água na barriga,
disse afinal. Mas a criada antiga,
que os espreitava, a medo entra na sala

e diz… Perdoe, senhor, a minha fala…´
Água não pode ser… O sor Godinho
há trinta anos não bebe senão vinho…”
(Fotografias)
Recolha de dados: Autores nascidos no distrito de Castelo Branco (seculo XV a 1908)”, da autoria de António Salvado
O Albicastrense

2 comentários:

  1. Anónimo18:21

    Esventradas que estão as ricas caixas para cabos eléctricos ou não
    que por toda a zona histórica abundam. Oh Senhor Veríssimo davam boas fotos.

    Portas que já foram e dinheiro também. Quem responde por terrível degradação ?

    Dinheiro que para tanta coisa há festas e não só

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  2. Caro anónimo
    Não podia estar mais de acordo consigo.
    Promete-lhe que na próxima semana se o tempo o permitir eu já estiver melhor de uma pequena cirurgia que tive que fazer, irei dar uma volta por lá para captar algumas imagens.
    Abraço

    ResponderEliminar

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