JOSÉ
GERMANO DA CUNHA
Nasceu
em castelo Branco em 1839 e faleceu em 1903 no Fundão, localidade que adotou do
coração, na qual viveu a maior parte da sua vida e a qual lhe ficou a dever
iniciativas e melhoramentos, com reflexos principalmente, na Santa Casa da
Misericórdia, no Casino Fundanense (que
ostentava na fachada um medalhão com a sua efigie).
De
muito novo que começou a colaborar, em prosa e versos, em jornais, tendo sido o
fundador dos periódicos, Apostolo da Verdade (1870), Jornal do Fundão (1898) e Unhais da Serra
(1900).
Investigador
da história regional, escreveu: Notícia histórica da Santa Casa da Misericórdia
do Fundão (1870), A propósito da “Monografia de Castelo Branco” (1891), texto
que completa, em alguns espetos, o livro sobre Castelo Branco e da autoria de
António Roxo.
Apontamento para a história do Fundão (1892), Jornalismo no
distrito de Castelo Branco (1893), O Conselheiro de Estado José Silvestre
Ribeiro (1893), Alguma da sua produção poética surge reunida em Fotografias
(que teve 2ª edição em 1893 e cujo o conteúdo, de natureza sátira, se insere na
linha antiquíssima da poesia portuguesa voltada para o humor) e Entre sombras (1903), conjunto de poemas
trespassado por delicada entoação que repercute o mistério da vida e da morte.
José Germano da Cunha publicou, ainda, em 1866, um curioso livro a que chamou a
Torre dos Namorados.
Lição aos mestres
Estavam numa janela
juntos seis doutores
fumando e
conversando alegremente,
enquanto o pobre o
mísero doente
passava as horas a
gemer com dores.
Enfadaram-se,
enfim, estes senhores,
e começou o medico
assistente,
com palavrões que
metem susto à gente,
a contar da doença
os pormenores.
“O que ele tem é
água na barriga,
disse afinal. Mas a
criada antiga,
que os espreitava,
a medo entra na sala
e diz… Perdoe,
senhor, a minha fala…´
Água não pode ser…
O sor Godinho
há trinta anos não
bebe senão vinho…”
(Fotografias)
Recolha de dados: “Autores nascidos no distrito de
Castelo Branco (seculo XV a 1908)”, da autoria
de António Salvado
O Albicastrense
Esventradas que estão as ricas caixas para cabos eléctricos ou não
ResponderEliminarque por toda a zona histórica abundam. Oh Senhor Veríssimo davam boas fotos.
Portas que já foram e dinheiro também. Quem responde por terrível degradação ?
Dinheiro que para tanta coisa há festas e não só
Caro anónimo
ResponderEliminarNão podia estar mais de acordo consigo.
Promete-lhe que na próxima semana se o tempo o permitir eu já estiver melhor de uma pequena cirurgia que tive que fazer, irei dar uma volta por lá para captar algumas imagens.
Abraço