Nascimento: 19
de Janeiro de 1923, Povoa da Atalaia (Fundão).
Falecimento: 13
de Junho de 2005, Porto
No centenário de Eugénio de Andrade, o melhor
que podemos dizer dele, é dar a conhecer a sua obra.
POEMA, A SÌLABA
Toda a manhã procurei uma sílaba.
É pouca coisa, é certo: uma vogal,
uma consoante, quase nada.
Mas faz-me falta. Só eu sei
a falta que me faz.
Por isso a procurava com obstinação.
Só ela me podia defender
do frio de janeiro, da estiagem
do verão. Uma sílaba.
Uma única sílaba.
A salvação
O ALBICASTRENSE
Sem comentários:
Enviar um comentário