BARATA MOURA
PINTOR
Recentemente tive a oportunidade de ler numa revista, uma pequena entrevista com o pintor Barata Moura. Nela o pintor refere a sua mágoa, por não ver algumas das suas obras mais importantes expostas, referia-se mais concretamente á sua maior obra “Encontros com o Tejo” (sessenta quadros), que levou cerca de cinquenta anos a pintar.
Quem é Barata Moura?
Barata Moura nasceu em Castelo Novo , Fundão em 1910 radicando-se muito cedo em Lisboa. Nesta cidade, tirou o curso de pintor-decorador de Escola António Arroio e frequentou Belas Artes. De Paula Campos, Falcão Trigoso e Mário Augusto recebeu lições particulares tendo com esses pintores, realizado pintura ao ar livre. Conta-se pelas muitas dezenas o número de exposições que levou a efeito em Portugal e no estrangeiro.
É autor dos conjuntos Pelourinhos e Castelos da Beira Baixa (trinta e um quadros) e Encontros com o Tejo (sessenta quadros), com os quais o Museu de Francisco Tavares Proença Júnior realizou algumas exposições itinerantes há alguns anos. Encontra-se representado no referido Museu eem outros Museus e em numerosas colecções particulares.
É autor dos conjuntos Pelourinhos e Castelos da Beira Baixa (trinta e um quadros) e Encontros com o Tejo (sessenta quadros), com os quais o Museu de Francisco Tavares Proença Júnior realizou algumas exposições itinerantes há alguns anos. Encontra-se representado no referido Museu e
Ao ler a pequena reportagem, não pede deixar de pensar naquele ano de 1978, quando a convite do Dr. António Forte Salvado, director Museu Francisco Tavares Proença Júnior de Castelo Branco, ele ali expôs pela primeira vez, e eu tive a sorte de o conhecer.
Era comum ouvi-lo dizer “chamam-me o pintor do povo”
Ele tinha a exacta noção do que a sua pintura representava na grande maioria das pessoas, a reacção dos visitantes aos seus quadros, a forma como ele dialogava com eles durante a visita à sua exposição os abraços com que muitos dos visitantes o premiavam no final da exposição tornavam-no um homem extremamente feliz.
A referida exposição e todas as outras que se seguiram ao longo dos tempos no Museu, foram sempre visitadas por largas centenas de pessoas, com todos os seus quadros vendidos e outros tantos encomendados.
A sua ligação ao Museu e a cidade de Castelo Branco tornou-se a partir dessa altura num acto de amor, as suas obras mais conhecidas “Pelourinhos e Castelos da Beira Baixa” um conjunto de trinta e um quadros e ”Encontros com o Tejo” um conjunto de sessenta quadros, que levou mais de cinquenta anos a pintar e ele ofereceu ao Museu, são a sua maior prova de amor.
A referida exposição e todas as outras que se seguiram ao longo dos tempos no Museu, foram sempre visitadas por largas centenas de pessoas, com todos os seus quadros vendidos e outros tantos encomendados.
A sua ligação ao Museu e a cidade de Castelo Branco tornou-se a partir dessa altura num acto de amor, as suas obras mais conhecidas “Pelourinhos e Castelos da Beira Baixa” um conjunto de trinta e um quadros e ”Encontros com o Tejo” um conjunto de sessenta quadros, que levou mais de cinquenta anos a pintar e ele ofereceu ao Museu, são a sua maior prova de amor.
Em 2003 Barata Moura foi distinguido com a comenda do Infante D. Henrique pelo Presidente da Republica Dr. Jorge Sampaio, por toda uma vida dedicada a Pintura.
Barata Moura hoje com 94 anos encontra-se actualmente num lar de idosos perto de Lisboa.
A pergunta a fazer neste momento a fazer é!
Para quando a justa homenagem em vida ao Mestre Barata Moura, com a realização de uma exposição com as referidas obras e não só, no Museu Tavares Proença, e se possível com a sua presença física?
Será que estão á espera do final do mestre Barata Moura, para depois fazer o que deve ser feito em vida?
Ou será que para os entendidos da pintura, aquilo a que eu assisti nas exposições do Mestre Barata Moura são apenas sonhos, que nunca foram realidades.
Triste sina a nossa quando alguns idiotas decidem por nós, o que devemos ver e não aquilo que gostamos de ver.
Para terminar cito aqui uma definição atribuída a Viera da Silva e que assenta que nem uma luva ao Mestre Barata Moura.
“Pintor não é aquele que sabe pintar mas aquele
dedica a sua vida à pintura”
O ALBICASTRENSE
Bom texto amigo.
ResponderEliminarGostei muito de encontar aqui tantas curiosidades sobre um pintor da minha terra.O Barata Moura merece,embora ele seja tão modesto.Felicidades.
ResponderEliminarO Barata Moura era um grande pintor sem margem de dúvida, só é pena ele infelizmente já nao estar entre nós. Conheçi-o em pequena e tenho uma obra dele em minha casa com o seu autógrafo. Sou da mesma aldeia que o viu nascer e muitos dos seus quadros eu admirei. Ele simplesmente era uma pessoa cinco estrelas e sim senhor um pintor do povo.
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