MURALHA DE CASTELO BRANCO
Após alguns minutos de observação, perguntei a mim próprio como foi possível deixar construir uma casa de banho, uma marquise e ainda um tanque para água, no cimo da antiga muralha? Eu sei que todos têm direito a ter uma casa de banho e até uma pequena marquise, mas por amor de Deus construí-las em cima da antiga muralha de Castelo Branco, não lembrava nem ao diabo!
Se ainda não se apercebeu de tal excentricidade, vá ver! A sua construção data da era 199? (D.C) do consulado do anterior Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, César Vila Franca. Ontem como hoje, mudam os tempos, mudam as caras, só não mudam as mentalidades burras de alguns, e para o demonstrar aqui deixo uma fotografia ali tirada, assim como alguns dados históricos sobre a pobre muralha da nossa cidade.
A 23 de Maio de 1704 iniciou-se a demolição de parte da muralha que envolvia a nobre vila de Castelo Branco. A 17 Julho de 1835 por decreto do Ministério da Guerra e de acordo com a Câmara Municipal de Castelo Branco, foi concedida licença para serem desmantelados os arcos da muralha da cidade, sendo aproveitada a pedra, resultante destas demolições, para ser aplicada em obras a construir, de manifesta utilidade pública.
Posteriormente, em Março de 1839, foi autorizada a venda em haste pública, de parte da pedra que resultou da demolição de algumas muralhas do Castelo.
Sabendo que existe actualmente um projecto de recuperação da antiga muralha da cidade, da autoria da Câmara Municipal de Castelo Branco, apenas umas palavras: mãos á obra meus senhores,
O Albicastrense
Onde para a fiscalização?
ResponderEliminarA história da muralha permite-me tirar algumas conclusões:
ResponderEliminar1 - a falta de sensibilidade para as questões patrimoniais já vem de há muito tempo;
2 - os últimos 20 anos, nos quais o mundo mediático foi descobrindo o protagonismo que estes assuntos podiam granjear, não ensinaram grande coisa aos responsáveis políticos e alguns técnicos com responsabilidades nesta área de actuação;
3 - o projecto de reabilitação da muralha (o que resta dela...) que, creio, tinha o seu princípio fundador nas intervenções do POLIS; o que foi feito?
4 - como se pode falar na valorização da "zona medieval", sem ter um cuidado extremo na valorização do que resta da muralha?
Não sei de quem é a responsabilidade mas tenho a certeza que há, definitivamente, um grave problema de percepção do que é importante para a afirmação de uma cidade moderna (decente).
A 'culpa' é da péssima qualidade técnica dos serviços da Câmara Municipal de Castelo Branco.Anda tudo a brincar aos engenheiros, aos arquitectos,aos museus, às cultur(minhas,às arqueologias.O Património cultural de Castelo Branco merece gente mais capaz.
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