sexta-feira, agosto 24, 2012

MUSEU MANUEL CARGALEIRO



INSTITUIÇÕES DA MINHA TERRA
É costume dizer-se: “longe da vista longe do coração”. Sendo assim, também poderemos dizer que o inverso: “perto da vista perto do coração” tem razão de ser.
Vem esta conversa a propósito do Museu Cargaleiro, museu onde nunca entrei e que desconheço totalmente, embora já tenha passado várias vezes à sua porta.
Perante este meu “desinteresse”, só posso mesmo concluir que o facto de ser albicastrense, de morar em Castelo Branco e de ter passado inúmeras vezes à sua porta, (perto da vista) isso não serviu para entrar no museu e ver o que por lá existe, (afinal não está perto do coração).
Como se não bastasse o facto de nunca lá ter entrado, tenho ainda que redimir-me por nunca aqui ter mandado “faladura” sobre o dito cujo, independentemente deste blog já levar alguns anos de existência.
Foi necessário vir-me à mão o jornal que ilustra este poust, (editado pela Câmara Municipal), para aqui falar deste belíssimo museu. Perante esta minha “negligência”, o mínimo que aqui posso dizer, é que nem sempre o que está longe da vista está longe do coração, assim como nem sempre o que está perto da vista está perto do coração. Para me redimir da lacuna cometida, aqui fica um pouco da história do museu Cargaleiro.

UM POUCO DA SUA HISTÓRIA

O Museu Cargaleiro é dedicado inteiramente ao artista Manuel Cargaleiro, encontra-se instalado no solar dos Cavaleiros em Castelo Branco.
Em 31 de Janeiro de 1990, Manuel Cargaleiro criou a Fundação Manuel Cargaleiro, à qual doou um vasto número das suas obras, assim como toda a sua colecção constituída por objectos de várias temáticas, que continua a enriquecer com importantes aquisições. A Fundação, segundo o seu presidente Tomás Corrêa, conta entre sete a oito mil peças, entre pinturas, tapeçarias, cerâmicas, azulejos, pratos ratinhos… enfim, uma infinidade de obras que aguardam o respectivo tratamento para rumar a Castelo Branco. Claro que este número elevado não permite que as peças sejam mostradas todas de uma vez. Haverá exposições rotativas, para que a colecção possa ser apreciada na íntegra, mas de forma faseada. A Fundação Manuel Cargaleiro gere este conjunto de obras, de forma a cede-las de acordo com os protocolos feitos com as câmaras municipais (Lisboa, Castelo Branco, Seixal) para a criação dos museus nestas cidades.
O Museu Cargaleiro de Castelo Branco foi inaugurado a 25 de Abril de 2004 e situa-se na rua dos Cavaleiros, no bairro do Castelo. É o resultado de um protocolo da Fundação Cargaleiro, o qual referia que toda a colecção da Fundação Cargaleiro viria para Castelo Branco. Manuel Cargaleiro referiu que tem a certeza de que «…aqui as suas peças vão ser tratadas com o devido respeito e vai dar-se uma lição a muitos museus do país.» Segundo o jornal Reconquista, numa das suas edições sobre o assunto, «…a Câmara de Castelo Branco e a Fundação Manuel Cargaleiro acabam de assinar um protocolo onde fica definido que as obras do «mestre» permaneçam na cidade albicastrense até, pelo menos, 2050.»
O Solar dos Cavaleiros, um edifício de meados do Século XVIII, acolhe o Museu Cargaleiro. O público pode ver e apreciar um notável conjunto de obras, que integram o acervo da Fundação Manuel Cargaleiro: pintura, cerâmica, escultura, azulejaria, tapeçaria. O Museu Cargaleiro é um espaço onde o público encontra a obra deste reconhecido artista plástico, mas também obras de alguns dos mais prestigiados autores nacionais e internacionais.


O Albicastrense

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