quarta-feira, junho 20, 2018

O POÇO DO CONSELHO

A TERRA ALBICASTRENSE

Muitas vezes me têm inquirido se tenho alguma imagem onde seja visível a cúpula de granito do antigo poço do Conselho, poço que se situava no início da Rua do Arrabalde dos Oleiros, e se sei onde a cúpula se encontra.
Nesta imagem captada nos anos trinta do passado século cujo autor não conheço, é possível ver-se a referida cúpula. Esta é aliás, a única imagem que conheço onde se pode ver a cúpula.
Segundo me constou, a cúpula foi retirada do local na década de setenta do passado século, com o argumento, de que ela representava um perigo, pois as pessoas debruçavam-se sobre ela e havia o perigo de algum acidente, além de mandarem para dentro dela muito lixo.
Quanto ao seu destino, confesso que em tempos me chegaram uns murmúrios, de que depois de ter sido retirado do local, foi habitar para uma quinta nos Cebolais. Estou a dar esta informação sem qualquer investigação da minha parte, por isso, ela vale o que vale.
UM POUCO DE HISTÓRIA
O Poço do Conselho como era designado este poço, estava situado na entrada como se pode ver na imagem aqui postada, no início da Rua do Arrabalde dos Oleiros.
J. A. Porfírio da Silva no seu “Memorial Cronológico da Cidade de Castelo Branco” diz sobre o antigo poço, o seguinte:
“Este poço é antiquíssimo, e existe ao sul do largo de S. João. Tem pouca água, pode-se dizer que é só a que ali se ajunta pela chuva, secando-se nos meses de verão”.
No livro, “O Programa Polis em Castelo Branco” da autoria de António Silveira, Leonel Azevedo e Pedro Quintela d´Oliveira, podemos ler sobre este poço o seguinte: “O poço do Conselho localiza-se à ilharga da Rua do Arrabalde dos Oleiros e está assinalado por uma placa no chão, mas privado do antigo gradeamento e cúpula em granito.
O gradeamento (ou bordo) foi levantado 1866, mas a cúpula já se lhe pôs no princípio do século XX, em 1905, pelo mestre pedreiro Francisco Pires Ruffinho”. E nada mais posso adiantar, sobre a cúpula do antigo Poço do Conselho.
Terminava apelando a quem possa ter dados sobre a cúpula que se pode ver na imagem, que os partilhe neste blogue, pois se existir, ela é pertença da terra albicastrense e como tal, deveria regressar ao local  para onde foi feita,  independentemente do poço já não existir.
                                                     O Albicastrense

4 comentários:

  1. Amigo
    De facto em tempos correram rumores em Castelo Branco que a tal estrutura granítica havia sido retirada e colocada algures numa quinta.Também era conhecida com Fonte de Chafurdo. Efectivamente ela foi retirada dali com autorização de alguém da Câmara, não parece ser verdade? Se não foi assim, pode sugerir-se que foi roubada e então ninguém da Câmara reagiu a tal ocorrência? Não foi participado o facto às autoridades com competência para a descoberta do furto? Esta hipótese não é viável e tudo leva a crer que a estrutura só foi retidada com autorização de quem na Câmara na altura tinha poderes para o fazer. Então quem foi ? No Arquivo Camarário não haverá documento a autorizar a retirada do complexo granitico e o destino que lhe foi dado ? Também uma outra raridade dos anos 60 desapareceu da Rua Mousinho Magro, junto à antiga Papelaria Nogueira que era um fontanário manual. Qual foi o seu destino? Também ninguém sabe. Ninguém sabe nada porque não convém saber. Há outras raridades que eu me lembro bem e outros albicastrenses desse tempo também conheceram e dos respectivos locais onde estavam e que hoje se existissem embelezariam a cidade, nomeadamente algumas rotundas que como embelezamento só apresentam 3 ou 4 árvores e nada de arte.
    Se alguém souber algo desses desaparecimentos responda neste Blogue que é o melhor defensor dos interesses citadinos que a cidade tem.
    Cumprimentos
    JJB

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    1. Amigo Joaquim Baptista. Bem haja pelas suas palavras e pelas questões que aqui colocou. Quanto ao fontanário manual que diz ter existido junto à Papelaria Nogueira, confesso que não me lembro dele. Vamos ver se alguém nos diz algo sobre ele. Abraço deste seu amigo.

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  2. amigo
    A esposa do Sr Nogueira, que suponho ainda vive, e tem a loja aonde sabe , talvez ela se lembre desse fontanário. Também o sr Manuel, relojoeiro frente à farmácia Ferrer deve lembrar-se e também um amigo dele que teve uma oficina de mobilias na rua Mousinho Magro, mais ou menos no número 49/51. talvez se lembre ou algum morador ainda nas ruas daquela zona e que tenham já idade a rondar os 80 anos
    um abraço JJB

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    1. Vou tentar saber mais sobre esse fontanário. Abraço

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