domingo, julho 15, 2018

ZONA HISTÓRICA DA TERRA ALBICASTRENSE

          
     UMA  TRISTÍSSIMA E SEM VIDA ZONA HISTÓRICA 

Se subsistem pessoas na terra albicastrense que possam falar do estado calamitoso da nossa zona histórica, talvez eu possa ser uma deles, pois trilho por lá praticamente todas as semanas.
Entro pelos Ferreiros em direção à Camões, invade a Santa Maria para conquistar os Chões, atravesso a da Palha e desemboco na do Arressário, escalo a do Mercado e penetre no largo do Castelo. 
Local onde muitas vezes me sossegue a cogitar sobre os meus antepassados que por ali vaguearam ao longo dos últimos três séculos.
Durante as minhas digressões, congemine como seria percorrer este trajeto (hoje quase todo ele em ruínas), quando as casas eram casas e agasalhavam pessoas, quando as pessoas tinham famílias, quando as famílias tinham crianças, quando crianças foliavam pelas ruas e os seus berros nos anunciavam as suas brincadeiras, quando havia vida comercial pelas ruas, ou seja, quando vida ainda existia neste percurso da velha urbe albicastrense.
No final do percurso, normalmente dou por mim a limpar as lágrimas. Por mais que tente acalmar os meus velhos neurónios, eles recusam-se a compreender o desleixo, o deixa andar, o não quer saber, o devagar devagarinho que tudo se vai arranjar, ou por fim, quem vier depois de mim que resolva esta calamidade.          
    
 Terminava expressando mais uma vez o seguinte:
Para quando um verdadeiro projeto de recuperação
 urbanística da nossa Zona Histórica?

Ps. Imagens captadas na Rua dos Ferreiros, imagens que poderiam ser às centenas.
O Albicastrense

2 comentários:

  1. Caro amigo
    Boa tarde
    Continua a remar na maré,mas as ondas são adversas e não há quem tenha a coragem de uma vez por todas arrancar com essa recuperação. É bom a autarquia investir em melhoramentos e renovações de zonas em degradação, mas seria também bom, ou muito bom, que olhasse para a zona medieval que foi ela que fez a cidade. Vai sendo tempo de olhar para ela com olhos de ver e apresentar projectos benéficos para os seus residentes. E depois mão à obra.
    A capela do castelo bem precisa de recuperação, o miradouro de S. Gens, recuperado foi um desastre de projecto e realização, alguns portados medievais destruídos ou asulterados
    a bem prazer de alguém.Enfim, muito mais haveria a mencionar, basta dar um passei por lá. Aguardemos que um dia o sol nasça para aquela zona histórica.
    Um abraço
    JB

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  2. Assino por baixo no que diz, amigo Joaquim Baptista. Abraço

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