segunda-feira, abril 13, 2009

Tiras Humoristicas


O Albicastrense

CURIOSIDADES DO PASSADO


Notícias de outros tempos
(14 – 04 – 1912)
Em Castelo Branco, no campo de jogos do Montalvão integrado nas festas académicas que tiveram lugar neste mesmo dia, realizou-se um torneio de tiro aos pratos, corridas de atletismo, de sacos, saltos em altura e em comprimento, lançamento de pese, de disco e de dardo, bem como corridas velocípedes.
Em fim de festa, teve lugar um renhido jogo de futebol, entre duas formações que alinhavam com equipamentos brancos e amarelos, tendo vencido a equipa canarinha, por três bolas a duas, razão porque recebeu uma taça de prata, que foi oferecida por damas Albicastrenses.
É a noticia mais antiga, respeitante a um jogo de futebol, realizada em Castelo Branco.
PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista”
O Albicastrense

sexta-feira, abril 10, 2009

Velhas ruas da minha cidade

RUA DO SACO
Se perguntarmos a um qualquer albicastrense onde fica a rua do Saco, estou convicto que a grande maioria responderá que não tem a mínima ideia!... Esta rua situada situada nas traseiras do Governo Civil, não deixa no entanto de ser uma das preciosidades da nossa zona histórica. Esta pequena rua, é curta, estreita e sem saída, e nela existem ainda três portados quinhentistas, além de algumas velhas casas com algum interesse. O porquê do nome de Rua do Saco não consegui descobrir, porém, na nossa zona histórica existiu em tempos remotos uma rua com este mesmo nome, será que quem deu o nome a esta velha rua, pretendeu perpetuar na memória dos albicastrenses o nome da antiga rua do Saco? Ou o nome desta rua tem unicamente a ver com a sua configuração específica? Seja como for… o facto de ter passado por esta rua e ter tirado algumas fotografias, obrigou-me e tentar saber mais alguma coisa sobre e antiga rua do Saco. Após alguma busca encontrei no livro: “O Programa Polis em Castelo Branco – Álbum Fotográfico” da autoria de António Silveira, Leonel Azevedo e Pedro Quintela d’ Oliveira - Edição Sociedade Polis Castelo Branco em 2003, alguns dados sobre a velha rua.
Aqui ficam algumas palavras de Pedro Quintela d’ Oliveira, sobre a extinta rua do Saco.

ANTIGA RUA DO SACO
A designação toponímica desta ateria deve-se, muito provavelmente, à sua configuração específica - abre em ângulo recto a partir da fachada lateral da antiga biblioteca municipal, (Praça Camões), e não tem qualquer saída, formando um L invertido, por esta razão assemelha-se a um saco, dai a sua dominação. Este arruamento pertence, provavelmente ao século XVI, embora o registo documental mais antigo remonte a um processo inquisitorial de 1628. Esta artéria desviou o curso normal da sua história, como espaço público, quando um vereador em exercício, António César de Abrunhosa, requereu em 1890 a supressão do beco denominado rua do Saco (…) no sitio em que uma das suas casas confina com o edifício dos Paços do Concelho. Na origem deste pedido está a aquisição de todos os prédios com servidão desse local, pelo conhecido comerciante da praça albicastrense. A Câmara discutiu o assunto e aceitou a perdição. Em 1927 o espaço passou de vez para a posse da família Abrunhosa, com a autorização dada pela nossa autarquia para a instalação de um portão na entrada da velha rua.
Resta acrescentar que nesta rua apagada da memória dos albicastrenses, terá nascido um dos mais ilustres Albicastrenses de sempre. Segundo J. D. Porfírio Silva no seu livro.”Memorial Cronológico e Descritivo Da Cidade de Castelo Branco” editado em 1838, consta o seguinte sobre esta rua: “O Cardeal da Mota, que nasceu na rua do Saco em umas casas próximas ao celeiro da comenda, aos 4 de Agosto de 1685”.
O Albicastrense

segunda-feira, abril 06, 2009

CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - (XLIX)


MONUMENTOS DE CASTELO BRANCO
(IGREJA DA MISERICÓRDIA VELHA – 2)
(Continuação).
Foi o rei informado de que a população de Castelo Branco se propunha organizar a confraria da Misericórdia, pois decorridos seis meses foi recebida a seguinte mensagem: “juízes, Vereadores, Provedor, Oficias e Homens Boa da Nossa Vila de Castelo Branco:
Eu, El-Rei, vos enviamos muito saudar. Nós vos temos escrito quando prazer e serviço receberíamos nessa Vila se ordenasse e fizesse a confraria da Misericórdia como em outros lugares principais dos nossos Reinos se faz. E posto que tenhamos sabido que vós o vareis assim e com toda a boa vontade, pois que com ela se faz tanto serviço a Deus, todavia vos quisemos escrever e fazer lembrança quanto obrigação temos a cumprir as obras de Misericórdia que em especial nos são tão recomendadas por Nosso Senhor e que tanto serviço de Deus quanto nela se fará a Ele e a Nós nenhuma pessoa s deve escusar de nela entrar e servir o tempo que for eleito e ordenado por principal e honrado que seja, porque por esses que sabem e podem de há-de ela ordenar e servir como em todos os lugares dos nossos Reinos se faz. E portanto vos recomendamos muito a quase todos e a cada um em especial que, olhando quando todos somos obrigados ao serviço de Deus, folguemos todos de entrar na dita confraria e a servir e ordenar e quanto mais honrado tanto com melhor vontade o deve fazer e não se querer escusar quando for eleito e ordenado porque se assim o fizer recebemos nisso muto desprazer e desse serviço. Escrito em Lisboa a 19 de Agosto de 1514. André Pires a fez, Rei.”
Secundando os desvelados esforços do soberano, as autoridades de Castelo Branco organizaram a confraria da Misericórdia com os bens das outras confrarias, que se compunham de casas, terras de cultura, vinhas e olivais e cujos rendimentos anais eram os seguintes: Da confraria de Santo Andre, 6$185 réis e duas galinhas; da confraria de Santo Iago, 7$127 réis; da confraria de S. João, 4$821 réis; e da confraria de S. Pedro, 3$620 réis. Totalizaram estes rendimentos, portanto, a quantia de 21$753 réis, muito diminuta mesmo naquela época. Durante o século XVI foram um pouco aumentados os rendimentos com os legados de alguns benfeitores. Foi, porem, no século XVII que a Misericórdia consegui uma situação prospera com os rendimentos de avultados bens que lhe foram legados por algumas dezenas de beneméritos. Entre estes distinguiram-se, pela elevado valar dos legados, o Dr. Bartolomeu da Costa, tesoureiro mor da Sé de Lisboa e o Padre Manuel de Vasconcelos, prior da freguesia se S. Pedro de Torres Vedras. O Dr. Bartolomeu da Costa, a quem a Igreja deu o nome de Venerável, nasceu em Castelo Branco em 24 de Agosto de 1553. Pertencia à família do célebre Cardeal de Alpedrinha, D. Jorge da Costa. Faleceu em Lisboa 27 de Março de 1608, deixando todos os seus haveres à Misericórdia, por testamento feito naquela cidade em 30 de Abril de 1605, para a instituição de um Hospital de Convalescentes a instalar na casa da sua residência situada na Rua de Ega e que ficou conhecida pela designação de Casa do Tesoureiro Santo. Os seus bens constavam de duas casas, duas vinhas, seis olivais, noventa s duas terras de cultura e um padrão de juro de rendimentos de 240$000 reis pago pelo almoxarifado da Comenda de Cristo.
(Continua)
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época. Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951 - Autor. Manuel Tavares dos Santos
O ALBICASTRENSE

sábado, abril 04, 2009

BAIRRO DO VALONGO



Telegrama On-Line
ASSUNTO: Os Passeios do meu Bairro
Exmos. Senhores autarcas da minha cidade.
O dicionário da “Língua Portuguesa On-Line” presenteia-nos com a seguinte alegação sobre a designação da palavra passeio:
“Passeio”
1. O acto de passear, de percorrer ou fazer percorrer uma certa extensão de caminho por distracção ou para fazer exercício.
2. O sítio ou lugar onde se passeia.
3. Caminho percorrido por quem passeia.
4. Distância curta.
5. Pequena jornada.
6. Parte lateral das ruas para os peões.
7. Movimento de vaivém de uma peça de qualquer máquina.
8. Dar um passeio: passear.
É costume dizer-se que: “Só não se sente, quem não é filho de boa gente”.
Perante a contradição entre o que diz o dicionário de “Língua Portuguesa On-line“, e a realidade existente no Bairro do Valongo, (onde moro à 21 anos), venho por este meio reclamar do indigno estado dos passeios, (e não só), do meu Bairro. Passear, percorrer por distracção, ou para fazer exercício, e por fim; parte lateral da rua para peões, (diz o dito cujo) !?
Como são agradáveis esta palavras!… o pior vem quando procuramos os passeios para pôr em prática estes ensinamentos, e encontramos o que as fotografias documentam!… Todas as semanas tenho oportunidade de ler nos jornais locais, declarações dos nossos autarcas elogiando o trabalho feito na nossa cidade.
Como albicastrense que mora no Bairro do Valongo, (situada na cidade de Castelo Branco), pergunto a vossas excelências se este Bairro é filho de pleno direito da cidade, ou se pelo contrário é apenas… um filho bastardo?
Será que para os albicastrenses é mais importante fazer-se mais um parque de estacionamento no centro cidade, que dotar os bairros da nossa cidade de ruas e passeios dignos!? Este albicastrense sempre pensou!… que em primeiro lugar estavam as pessoas, em segundo lugar eram as pessoas, e em terceiro lugar novamente as pessoas, e só depois as outras obras.
Que ingenuidade a minha!………

O Albicastrense

sexta-feira, abril 03, 2009

ALBICASTRENSES ILUSTRES - XIV

Filipe Rodrigues Elias Luna de Montalto
(1567 – 1616)
O médico Filipe Montalto nasceu em 1567 na cidade de Castelo Branco, filho de António Aires e de Catarina Aires, neto materno de Filipe Rodrigues, irmão de Amato Lusitano. Foi baptizado na igreja de Santa Maria em 6-10-1567 com o nome de Filipe Rodrigues. Estudou na Universidade de Salamanca, onde tirou o grau de bacharel em Artes, em 1586, concluindo pouco depois, em 1588, o curso de Medicina. De regresso à terra natal casou com Jerónima da Fonseca, filha de Lopo da Fonseca, físico da rainha D. Catarina. Aqui exercitou clínica e lhe nasceram dois filhos: António e Rafael; mas, receando as perseguições do Santo Ofício, pois eracristão-novo, emigrou para a Itália, onde já se encontrava em 1599, como indica o Dr. Augustod’ Esaguy em Comentos à vida e obra de Elias Montalto. Com efeito, convertido ao judaísmo, uso uno exílio o nome de Filipe ou Elijah, Elias, Eliau deLuna Montalto. Em Novembro de 1606 publicou em Florença o seu primeiro livro “Optica”, no qual se assina por ‘’ Philipp Montalto, Lusitani Medicine doctoris’’ e, segundo afirma na Dedicatória, tivera já contacto com a família Médicis e a rainha Maria de França, durante uma curta estadia em Paris, onde fora alvo dos favores régios e disfrutara de grande consideração. Em Itália foi médico do Duque Fernando I de Florença, afirmando alguns autores que servira também na Universidade de Pisa, como professor de Medicina. A pedido da raínha Maria de Médicis desloca-se novamente a França, vindo a falecer em Tours, a 19.2.1616.
Por ordem de Maria de Médicis, o corpo de Montalto é embalsamado e levado para Amsterdão por Josué de Luna, parente do falecido e por
Saúl Levi Morteira. É enterrado no cemitério de Oudekerk, que tinha sido comprado na altura pela comunidade judaica.
Os livros que escreveu, tornam-no segundo autores alemães o precursor da psiquiatria, neurologia e psicologia moderna.
O albicastrense

ANTIGOS JORNAIS DA TERRA ALBICASTRENSE

JORNAIS DA MINHA TERRA UM POUCO DO SEU PERCURSO AO LONGO DOS TEMPOS (ll) Em 31 de Janeiro de 1889 aparece outro semanário; “ O Distrito de C...