RUA DO SACO
Se perguntarmos a um qualquer albicastrense onde fica a rua do Saco, estou convicto que a grande maioria responderá que não tem a mínima ideia!... Esta rua situada situada nas traseiras do Governo Civil, não deixa no entanto de ser uma das preciosidades da nossa zona histórica. Esta pequena rua, é curta, estreita e sem saída, e nela existem ainda três portados quinhentistas, além de algumas velhas casas com algum interesse. O porquê do nome de Rua do Saco não consegui descobrir, porém, na nossa zona histórica existiu em tempos remotos uma rua com este mesmo nome, será que quem deu o nome a esta velha rua, pretendeu perpetuar na memória dos albicastrenses o nome da antiga rua do Saco? Ou o nome desta rua tem unicamente a ver com a sua configuração específica? Seja como for… o facto de ter passado por esta rua e ter tirado algumas fotografias, obrigou-me e tentar saber mais alguma coisa sobre e antiga rua do Saco. Após alguma busca encontrei no livro: “O Programa Polis em Castelo Branco – Álbum Fotográfico” da autoria de António Silveira, Leonel Azevedo e Pedro Quintela d’ Oliveira - Edição Sociedade Polis Castelo Branco em 2003, alguns dados sobre a velha rua.
Aqui ficam algumas palavras de Pedro Quintela d’ Oliveira, sobre a extinta rua do Saco.
Aqui ficam algumas palavras de Pedro Quintela d’ Oliveira, sobre a extinta rua do Saco.
ANTIGA RUA DO SACO
A designação toponímica desta ateria deve-se, muito provavelmente, à sua configuração específica - abre em ângulo recto a partir da fachada lateral da antiga biblioteca municipal, (Praça Camões), e não tem qualquer saída, formando um L invertido, por esta razão assemelha-se a um saco, dai a sua dominação. Este arruamento pertence, provavelmente ao século XVI, embora o registo documental mais antigo remonte a um processo inquisitorial de 1628. Esta artéria desviou o curso normal da sua história, como espaço público, quando um vereador em exercício, António César de Abrunhosa, requereu em 1890 a supressão do beco denominado rua do Saco (…) no sitio em que uma das suas casas confina com o edifício dos Paços do Concelho. Na origem deste pedido está a aquisição de todos os prédios com servidão desse local, pelo conhecido comerciante da praça albicastrense. A Câmara discutiu o assunto e aceitou a perdição. Em 1927 o espaço passou de vez para a posse da família Abrunhosa, com a autorização dada pela nossa autarquia para a instalação de um portão na entrada da velha rua.
Resta acrescentar que nesta rua apagada da memória dos albicastrenses, terá nascido um dos mais ilustres Albicastrenses de sempre. Segundo J. D. Porfírio Silva no seu livro.”Memorial Cronológico e Descritivo Da Cidade de Castelo Branco” editado em 1838, consta o seguinte sobre esta rua: “O Cardeal da Mota, que nasceu na rua do Saco em umas casas próximas ao celeiro da comenda, aos 4 de Agosto de 1685”.
O Albicastrense
Sobre nomes de ruas da nossa terra consulte o trabalhos do Sr.Engenheiro M. da S. Castello Branco e do Dr. Lopes Dias onde esses autores citados se basearam.
ResponderEliminarOlá António. Essa rua chamava-se Quelha do Espírito Santo, pelo menos a acreditar em alguns residentes com os quais falei e que foram para lá viver quando o topónimo era este.
ResponderEliminarNaquela actividade de que te falei, iremos chamar a atenção para a outra Rua do Saco.
Stalker.
ResponderEliminarBem-haja pela informação.
Manda-me a data da realização da actividade que falamos.
Um abraço.
E com candeeiros tipo Alfama. Rídiculo. Em Monsanto também lá os pôs. Esse tipo só faz merda por onde passa. Mas é disso que o povão gosta.
ResponderEliminar