UMA REPORTAGEM QUE ME MAGOOU O CORAÇÃO.
Ao
ler esta reportagem na revista Sábado, confesso que fiquei triste, não pelo que
lá está mas antes pelo que lá não está. Para
quem trabalhou no museu Francisco Tavares Proença cerca de trinta anos e lê uma
reportagem, onde se fala do museu Cargaleiro, do museu dos Têxteis, do Centro
de Interpretação do Bordado, do Barrocal, do Jardim do Paço e do Antigo Paço
Episcopal e nada de nada é dito sobre ele, confesso que me magoou cruelmente. Não
pretendo culpar quem escreveu a reportagem, bem entes pelo contrário, pois só
devemos elogiar quem bem fala da terra albicastrense.
Mas, não posso ficar de bico calado perante o facto de uma das melhores revistas
semanais do nosso país ter vindo à terra albicastrense escrever uma reportagem,
e nada de nada dizer sobre uma das instituições que mais prestigiou culturalmente
a terra albicastrense no passado recente. Nesse
passado, era hábito dizer-se, que vir a Castelo Branco e não visitar o nosso
museu, era quase como ir ao Vaticano e não ver o Papa, hoje, vem-se a Castelo
Branco e nem uma palavra se diz sobre ele.
Uma
pergunta não pode deixar de ser feita perante esta tristeza:
Quem
devem os albicastrenses “culpar” pelo deixa andar, pelas promessas não
cumpridas em favor do nosso museu, e pelo arrastar de obras, obras, que eram
para ser feitas em determinado prazo, mas que nunca mais terminam? Palavra
que me custa estar a malhar frequentemente numa instituição que amo e respeito
e na qual trabalhei, mas, ficar calado seria prestar um mau
serviço ao museu e à terra albicastrense.
O ALBICASTRENSE