terça-feira, janeiro 12, 2021

CASTELO BRANCO NA REVISTA SÁBADO




UMA REPORTAGEM QUE ME MAGOOU O CORAÇÃO.
Ao ler esta reportagem na revista Sábado, confesso que fiquei triste, não pelo que lá está mas antes pelo que lá não está. Para quem trabalhou no museu Francisco Tavares Proença cerca de trinta anos e lê uma reportagem, onde se fala do museu Cargaleiro, do museu dos Têxteis, do Centro de Interpretação do Bordado, do Barrocal, do Jardim do Paço e do Antigo Paço Episcopal e nada de nada é dito sobre ele, confesso que me magoou cruelmente. Não pretendo culpar quem escreveu a reportagem, bem entes pelo contrário, pois só devemos elogiar quem bem fala da terra albicastrense. 
Mas, não posso ficar de bico calado perante o facto de uma das melhores revistas semanais do nosso país ter vindo à terra albicastrense escrever uma reportagem, e nada de nada dizer sobre uma das instituições que mais prestigiou culturalmente a terra albicastrense no passado recente. Nesse passado, era hábito dizer-se, que vir a Castelo Branco e não visitar o nosso museu, era quase como ir ao Vaticano e não ver o Papa, hoje, vem-se a Castelo Branco e nem uma palavra se diz sobre ele.
 Uma pergunta não pode deixar de ser feita perante esta tristeza:
Quem devem os albicastrenses “culpar” pelo deixa andar, pelas promessas não cumpridas em favor do nosso museu, e pelo arrastar de obras, obras, que eram para ser feitas em determinado prazo, mas que nunca mais terminam? Palavra que me custa estar a malhar frequentemente numa instituição que amo e respeito e na qual trabalhei, mas, ficar calado seria prestar um mau serviço ao museu e à terra albicastrense. 
                                             O ALBICASTRENSE

16 comentários:

  1. Faço sua as minhas palavras, Veríssimo. Lamentável, mas é verdade.

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  2. Pedro Miguel Salvado
    Um vergonha e um ataque à identidade albicastrense que demonstra bem a qualidade cultural de certos decisores politicos e técnicos ignorantes. O meu amigo Carlos Semedo, ilustre neo vereador das Culturas.. da CMCB, concorda com este tipo de reportagens, e de narrativas, particionadas pela Câmara, e com esta sistemática afirmação das "ausências" do sua paisagem profissional ? O Museu Tavares Proença é para extinguir? Tenham coragem e assumam que não querem saber do centenário. Museu ou já é tempo de mudança
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    1. Uma vergonha! É o mínimo que podemos dizer da actual situação do nosso museu.
      E aqui estou de acordo contigo quanto ao que dizes.
      Abraço

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    2. É triste que se esqueça da identidade de uma terra seja ela qual for,ou apaga-las da memória dos povos, mas só assim é que os (salvadores) enganam, os deixa andar e as futuras gerações.

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  3. Salete Afonso
    Completamente incompreensível.
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  4. José Pio
    A cultura podia ter vários caminhos....mas criou-se apenas uma auto estrada.
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  5. Júlio Vaz de Carvalho
    Subscrevo, na íntegra!!
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  6. Maria Manuela Rodrigues
    Faço das tuas palavras, minhas palavras, de facto é uma tristeza, como é que isto foi acontecer ao MFTPJUNIOR, o que fez o museu, para tal tratamento, será que foram os albicastrenses que não lhe deram o devido valor, ou foram valores de fora que falaram mais alto, de facto é triste, muito triste, como funcionária daquela instituição, se me dissessem à alguns anos atrás,que isto ia acontecer, eu diria que não estavam bons da cabeça.E pensar que fomos nós que votamos em quem nos abandonou, dá que pensar, isto levava a outras conversas mas não vale a pena, só não vê quem não quer, fico por aqui com tristeza, mas fico por aqui.
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  7. Sjoseg Sepol
    Para aqueles que não sabem, ou sequer julgavam ser possível, o jornalismo de antigamente não é necessariamente o jornalismo de hoje.
    É preciso distinguir desde logo o que é uma notícia e o que é uma peça jornalística.
    Uma notícia assenta em factos que o próprio jornalista vê na primeira pessoa e relata.
    Uma peça jornalística, nos dias de hoje, é algo que pode ou não, ser vivido ou experienciado pelo jornalista. Os dados para elaborar a peça jornalística podem simplesmente chegar ao jornalista sem que ele sai da sua secretária, ou indo ao local, ter de escrever sobre aquilo que o "patrocinador" lhe indicar.
    Isto é um pouco como quando há uns anos íamos ao médico em que ele receitava a substância correcta para o nosso mal, mas a "marca" escolhida era aquela que dava jeito receitar, para a marca lhe patrocinasse as férias.
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    1. Sjoseg Sepol
      O que está em causa não é a reportagem, mas antes, a triste realidade do nosso museu estar fora dessa reportagem. Ou seja, se fosse eu a escrevê-la talvez também não o mencionasse, pois ele está semi-morto.
      E aqui reforço a pergunta: quem devemos culpar por esse abandono, abandono que nos leva ao facto de nessa reportagem ele nem sequer ser mencionado?
      Abraço

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    2. Sjoseg Sepol por isso é que eu digo, ou os albicastrenses não lhe deram valor, ou foram valores de FORA que falaram mais alto, já vi acontecer isso à muitos anos aqui numa aldeia bem perto de nós.
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    3. Sjoseg Sepol
      O problema do Interior não é a interioridade Geográfica ou a distância a Capital. É a interioridade da cabeça das pessoas que teem poderes de gestão publica e fundos para mudar as coisas. Mas há exceções, como no Fundão.
      Falar-se em Turismo e não ter turistas, alguma coisa não está bem e não é apenas o problema das portagens.
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  8. Maria Manuela Rodrigues
    Será que a Cultura em Castelo Branco, alguma vez foi defendida pelos governantes albicastrenses ?,digo isto a avaliar pelo que fizeram ao MFTPJ, senão o primeiro, mas dos primeiros pontos culturais com relevância na cidade, tristemente assiste—se a este estado de abandono, para não falar das benditas obras de há anos por acabar, ano após ano, e não se vê, nenhum trabalhador da empresa a que a obra foi adjudicada, os visitantes continuam a ir pela rua para terem acesso ao piso superior, não percebo, se calhar não é para eu perceber. (Comentário feito no facebook).

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  9. Arminda Teixeira
    Tem toda a razão. Conheci bem o Museu, por lá consegui muito apoio para a formação e também ajudei nesse percurso. Grandes coisas foram feitas, grandes valores por lá passaram e lá nasceram. Entendo bem a sua tristeza. Falha, sim! Pois foi sempre um local de cultura a todos os níveis, até da música...
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  10. João Bispo
    Comprei a edição da Revista, mas não tem este artigo. Podem confirmar a data da publicação?
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    1. João, esta edição da revista Sábado foi-me oferecida pelo Samuel. A revista é de Novembro de 2020.

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