quarta-feira, abril 30, 2008

TÚNEL DO LARGO DE S. JOÃO - 3


Passados cerca de vinte dias, após o descobrimento do túnel do largo de S. João, as obras continuam, (conforme se pode ver na foto 1).
Os albicastrenses continuam aguardar “serenamente” pela decisão da nossa autarquia, no que diz respeito ao túnel, (fotos 2 e 3).
O Albicastrense

terça-feira, abril 29, 2008

Jornais da minha cidade

4º Congresso Beirão Exposição das Beiras.

Jornal Acção Regional de 16 de Junho de 1929.
Sem comentários da minha parte… 
Mas aberto a quem os quiser fazer!

O Albicastrense

sábado, abril 26, 2008

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - (XIX)



Ruas da Minha Cidade
Rua Joaquim Martins Bispo
(Bairro do Socorro)
Dos muitos nomes de pessoas, que constam nas placas toponímicas da nossa cidade, este será mais um dos que pouco ou nada dizem aos albicastrenses.
Esta rua, situa-se num dos novos bairros da cidade (Bairro do Socorro),
e a personalidade que lhe dá nome, tem para mim um significado especial, pois trata-se de um antigo familiar meu (irmão do meu bisavô), que morreu em 1956.
Esta rua, fica muito perto do local onde moro, porém desconhecia por completo a sua existência até há poucos dias.
Quem foi
Joaquim Martins Bispo?
Era um homem Bom e um ferrenho admirador de tudo quando pudesse enaltecer a terra que lhe serviu de berço”, disse Jorge Seabra em 1956 num artigo publicado no antigo jornal “Beira Baixa”, dois messes após a sua morte.
Joaquim Martins Bispo nasceu a 28 de Junho de 1868, filho de João Martins Bispo, sapateiro e de Quitéria de Jesus ambos naturais de Castelo Branco, e moradores na rua dos Ferreiros. Casou com Amélia Gil, na ig
reja paroquial da freguesia e concelho de Castelo Branco, no dia 12 de Outubro de 1895.
Comerciante de grande prestígio na cidade, onde ganhou o título de decano dos comerciantes albicastrenses da sua época.
Entre os muitos empreendimentos em que esteve envolvido na cidade de Castelo Branco, podemos destacar: construção do antigo Hotel Turismo, melhoramentos no jardim do paço, construção do Cine Teatro Avenida e na constituição da corporação de bombeiros voluntários de Castelo Branco.
Fundador da antiga casa a “Popular”, que na altura teve direito a noticia nos jornais da cidade, a loja foi criada num edifício propositadamente construído para o efeito na rua Mousinho Magro, prédio que ainda hoje existe conforme podemos ver na fotografia aqui colocada.
Foi Presidente da Câmara Municipal,
(1) Vereador, Administrador do Concelho, Vogal da Junta Geral do Distrito, Presidente da Associação Comercial, e Director do antigo Teatro de Castelo.
Joaquim, faleceu em Castelo Branco no dia vinte e seis de Maio de 1956.
PS (1). Embora o Dr. Jorge Seabra se refira a Joaquim como antigo presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, até à presente data nada encontrei que possa confirmar esse dado.
Segue-se o artigo do Dr. Jorge Seabra publicado em 1956, no jornal já aqui mencionado sobre este meu antepassado que nunca conheci.
“Romeiros da Saudade”
O Comerciante Joaquim Martins Bispo
Não á sem a mais profunda das comoções que um “romeiro da saudade” vê desaparecer do número dos vivos outro “ romeiro da saudade”. Por isso, o falecimento, ocorrido há dois meses, do comerciante Joaquim Martins Bispo, veio encher de luto e cruciante angustia, toda a vasta falange dos “romeiros da saudade”, a que pertenceu como elemento activo e preponderante. Alto, seco, inteligente e extremamente bondoso, foi durante largas décadas, pessoa marcante no meio albicastrense. O seu dinamismo e iniciativa, aliados a uma modéstia e honradez inexcedíveis, estavam sempre, incondicionalmente, ao dispor da Grei. Para ele que nasceu em Castelo Branco, não havia terra mais linda nem mais progressiva do que a sua! Ouvi-lo discretear sobre os encantes e progressos da histórica urbe dos Templários, era como se escutássemos, enlevados, um hino tecido ás virtudes da boa gente da nossa Beira. Obcecado pelo amor á terra “mater”, exagerava-lhe, por vezes, numa ternura de encantar, as suas belezas e melhoramentos!
Mas quem é que, tributando verdadeira afeição à terra natal, a não alcandora nos píncaros da lua!? Presidente da Câmara, vereador, Administrador do Concelho, comerciante e industrial, a sua opinião era sempre escutada com religiosidade e respeito, raras vezes se enganando nos seus conceitos e maneiras de ver. Ponderado e com uma pratica imensa da vida, que foi longa e trabalhosa, vencia as dificuldades com um sorriso nos lábios e uma candura no coração, nunca se esquivando a colaborar na resolução de qualquer empreendimento quando visse que dele podia resultar um beneficio para o desenvolvimento de Castelo Branco. Meu parente muito próximo e meu amigo sincero, eu olhava-o e admirava-o como uma grata reminiscência do passado, desse glorioso passado em que não se mentia e tudo decorria meiga e brandamente. E que satisfação não era a sua, quando eu, num curto intervalo dos meus afazeres, dava uma saltada ate Castelo Branco!
Então, agarrando-me carinhosamente no braço, levava-me por ali fora a todos os recantos da cidade, na insofrida ânsia de me mostrar os seus mais recentes progressos. Ainda me lembro de que, em dada altura, me levara, com agilidade e optimismo dum rapaz e trepando pelas íngremes ruas do Castelo, até lá acima ao Miradouro de S. Gens, belo empreendimento camarário e que havia sido inaugurado há pouco. A subida fora para mim, apesar de novo, um tanto fatigante, mas os frutos colhidos, com tão surpreendente espectáculo, regalaram-me a alma! Dizia-me Joaquim Martins, todo alegre e envaidecido:
Então que tal o Jorge? Magnifico, adorável, embasbacante! Respondia-lhe. E não lhe mentia. É que o panorama dali desfrutado, vasto e grandioso, nunca mais se esquece, perdendo-se os olivedos por ali fora, quase até aos contrafortes da Gardunha! Depois, vindo os dois por ali abaixo de escantilhão, ala para a parte nova da cidade, que, nessa altura, começava a germinar, a desentranhar-se em artérias modernas e espaçosas.
E Joaquim Martins, pletórica de seiva e bom humor, não obstante a sua avançada idade, ia-me dando informes de tudo e a propósito de tudo… Olha, aqui, vai construí-se o Cine Teatro, e mais alem, outra “garagem”. Outra “garagem”!? Sim, outra “garagem”. Depois, compreendes a nossa terra não pode estagnar, ficar para traz… É preciso caminhar … E eu, enternecido, ia-o ouvindo atentamente, nas suas doutas explicações, certo de que com Homens assim, Castelo Branco jamais sossegara.
Quando em 1929, se efectuou, na capital da Beira Baixa, o IV “Congresso Beirão”, o entusiasmo e dinamismo dispendidos por Joaquim Martins, foram de tal ordem apreciáveis, em especial nos sectores: recepção de congressistas, ornamentação de ruas e festivais no parque, que, sem a sua colaboração, o dito congresso, seria como uma coisa sem açúcar ou um caldito, embora substancial a que faltasse o devido tempero. É que o prestigio e o bom nome da cidade que viu nascer, estavam em jogo, tornando-se pois, necessário desenvolver um esforço prodigioso para que tudo saísse um miminho e a avalanche de visitantes levasse, da linda e acolhedora terra beiroa, as mais gratas impressões.
Depois, muito mais tarde, a quando da “1º Romagem de Saudade”, a sua actividade mostrou-se, igualmente, prodigiosa e pletórica de seiva e mocidade. Ainda estou a vê-lo, nessa parada de solidariedade dos antigos escolares do liceu, um tanto triste e cabisbaixo, por o vendaval lhe haver, inclementemente destruído grande parte das ornamentações… Mas eu, para o consolar, ia-lhe dizendo que a chuva não tinha… importância e que a falta de festões e bandeiras, seria suprida, com vantagem, pelo calor da nossa fé e pelo entusiasmo dos nossos corações!
Era um Homem bom e um ferrenho admirador de tudo quanto pudesse enaltecer a terra que lhe serviu de berço.
Falecendo quase nonagenário, nunca foi velho! A sua actividade, impulsionada por um invulgar entusiasmo, dava-lhe um ar juvenil, encantador, metendo a um canto os que podiam já ser, sem favor seus netos! Quando, em 1947 na “Romagem de Gratidão”, os romeiros mais novos, lhe puseram, sobre os ombros, como homenagem às suas excelsas virtudes a avançada idade, uma capa de estudante, a fim de descerrar, na frontaria da “Domus Municipalis”, a lapide comemorativa da romagem do ano anterior, a sua desenvoltura, puxando pelo pano que a envolvia, foi de tal ordem rápida e magnifica, que a todos enterneceu! Isto tudo, meus amigos, faz parte do passado, dum passado relativamente recente.
É certo, mas muito saudoso para o meu sensível coração. Não quis, o destino, que Joaquim Martins Bispo, o egrégio Papa da infindável legião dos saudosistas pudesse assistir à última “ Romagem”. Ele achava-se já por essa altura, gravemente enfermo, desconhecendo, mesmo que a grande festa de solidariedade dos antigos escolares do liceu estava a decorrer. Fui visita-lo, contrito e cabisbaixo. Ainda me reconheceu e abraçou carinhosamente, não obstante a morte se aproximar a passos agigantados.
E decorridos umas semanas após o meu regresso ao Porto, Joaquim Martins Bispo desapareceu do número dos vivos, deixando em todos os que tiveram a ventura de o conhecer, a mais profunda das saudades. E assim se vão extinguindo, pouco a pouco, os grandes valores da boa terra albicastrense, e nós ficando mais sós, mais tristes e mais descrentes… Uma pena!
Porto, Julho de 1956 – Jorge de Seabra
O Albicastrense

sexta-feira, abril 25, 2008

Castelo Branco na História XXIII

(Continuação do número anterior)
Existiam nesta igreja as confrarias de Santíssimo Sacramento, das Almas e de Nossa Senhora do Rosário, que foram transferidas para a igreja de S. Miguel da Sé após a extinção da Freguesia de Santa Maria.
Por portaria de 9 de Outubro de 1849 foi concedida à Confraria de Nossa Senhora do Rosário autorização para continuar a exercer os ofícios divinos na igreja de Santa Maria com a obrigação, de tomar a seu cargo a conservação e decência do templo, sem que essa concessão lhe conferisse o direito à posse do edifício.
Da invocação de Nossa Senhora do Rosário e comunicando com a capela-mor da igreja houve uma capela, instituída por Gaspar Mouzinho Magro, por testamento feito em 29 de Agosto de 1684 e um codicilo de 26 de Abril de 1685.
Este benemérito nasceu em Castelo Branco em 1611 e faleceu na mesma cidade em 29 de Agosto de 1684, legando à Virgem Maria de Rosário da igreja de Santa Maria do Castelo todos os seus bens, constituídos por 39 propriedades.
Os bens de Gaspar Mouzinho Magro foram descritos num tombo, ainda existente, ao qual se deu princípio em 20 de Junho de 1706, em obediência á seguinte disposição testamentária: “Primeiramente se há-de fazer tombo, de todos os bens de raiz e casas que se acharem serem nossas, assim meus como do meu irmão para que em nenhum tempo se possam alhear nem trespassar e porque não faça duvida declaro que esta Capela que ambos instituímos, assim ele como eu, é uma só e não uma do meu irmão e outra minha e a missa quotidiana somente uma”.
Segundo o testamento, haviam falecido seus irmãos Francisco Mouzinho e Merenciana Mouzinho, deixando os seus bens a Nossa Senhora do Rosário com obrigação de missa quotidiana, no caso de não existirem filhos dele e que já tinham falecido também os seus filhos Luís e António.
Contem, o mesmo testamento, as seguintes disposições: “E porque meu irmão instituiu uma Capela de seus bens, na mesma forma e maneira eu instituo à qual vinculo e ajunto todos os meus bens, nomeio por minha herdeira a Sempre Virgem do Rosário, da Igreja de Santa Maria do Castelo, queira aceitar esta nossa herança e queira por seus infinitos merecimentos e como mãe de Jesus Cristo, que nesta herança entrem também as nossas almas, como de seus escravos e cativos para que este nome, merecemos gozar da presença
eterna de seu filho Jesus Cristo. Amem. Amem. Amem”.
23/103
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor.
M. Tavares dos Santos
O Albicastrense

quarta-feira, abril 23, 2008

Apanhados albicastrenses


Nas Barbas do Vaz Preto

Se a estatua falasse, que diria ela ao bichinho que ali deixou o presente?

Primeira hipótese

Não tens outro local, para fazer o serviço?

Segunda hipótese

Então… já não mereço respeito!!!

Terceira hipótese

E se fosse c…… para outro lado!!!

O Albicastrense

terça-feira, abril 22, 2008

1º de Maio de 1900

1º De Maio
Em
Castelo B
ranco
01 – 05 – 1900

O 1º de Maio celebrou-se, pela primeira vez em Castelo Branco no longínquo ano de 1900, a iniciativa pertenceu a um grupo de artistas locais.
A festa foi engalanada pela tuna Artistas Albicastrense, que durante o dia percorreram as ruas da cidade, ao som dos acordes musicais e do
estrondear dos foguetes que estalejavam no espaço.
A festa prolongou-se pela noite dentro na sede da tuna, onde ouve os discursos, alusivos ao 1º de Maio.
Cento e oito anos depois, aqui fica o cartaz da Intersindical, relativo ao 1º de Maio de 2008.

O Albicastrense

ANTIGOS JORNAIS DA TERRA ALBICASTRENSE

JORNAIS DA MINHA TERRA UM POUCO DO SEU PERCURSO AO LONGO DOS TEMPOS (ll) Em 31 de Janeiro de 1889 aparece outro semanário; “ O Distrito de C...