No cunhal nascente sul da torre do castelo que ainda subsiste, existiu. Antes da sua derrocada em 1936 e da sua reconstrução em 1940, uma pedra quadrangular aparelhada à romano em duas almofadas que a dividiam em partes iguais, numa das quais estava esculpido um Phallo, emblema do Deus Priapo de religião pagã;
Nas proximidades do cunhal sul poente da alcáçova do castelo (hoje desaparecida) e aproximadamente à altura de
Na muralha foi encontrada uma lápide com uma inscrição tumular que vem transcrita e traduzida por António Roxo na sua Monografia de Castelo Branco, publicada em 1890;
Entre as ermidas de Santa Ana e da Nossa Senhora de Mércoles têm aparecido fragmentos de telhas e de utensílios de uso doméstico; Entre Escalos de Cima e Lardosa junto à estrada nacional, numa propriedade denominada Vale da Lagoa, foram descobertos alicerces de casas, utensílios, fragmentos de tijolos e algumas moedas do tempo de César; Na rua de Santa Maria,
Foram os vestígios das edificações romanas e a designação de Castelo Branco, tradução Portuguesa de Castra Leuca, que conduziram alguns autores à errónea persuasão de que era esta a povoação que estava situada na colina da Cardosa.
Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo, corroborando a opinião de Manuel Pereira da Silva Leal, diz no Elucidário que “ ainda que Cattaleuca, palavra grega, signifique ad albos, não podia existir algum dia na Cardosa que ficava entre Tejo e Douro, devendo, para ser a de Psolomeu, ficar entre Tejo e Guadiana”.
Ainda segundo o Elucidário de Viterbo, o município da Egitania abrangia os territórios situados desde a Zarça ( hoje na Espanha) Até Tomar e de Seia Até Almourol.
Dividia-se este município em preceptorias governadas pelos freires das Ordens Militares.
Subsistiu a antiga vila romana, situada na Cardosa, durante a época em que esteve submetida ao domínio dos suevo-godos e dos sarracenos. Após a conquista do antigo município da Egitania por D. Afonso Henriques, fez este rei uma doação da sua maior parte aos Templários, em 29 de Novembro de 1203 da era de César ou de 1165 da era de Cristo.
(Continua – 2 /103)
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos
O Albicastrense
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