domingo, março 14, 2010

MUSEU DE FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR - V


UM PEQUENO COMENTÁRIO
SOBRE OS PRIMEIROS ANOS DO NOSSO MUSEU

Tal como prometi, aqui ficam mais três páginas da história do nosso museu, (1910/1961).



(Continuação)
Após alguns anos de permanência no convento de Santo António, o museu muda de poiso e instala-se no edifício, que hoje conhece-mos por Conservatório Regional.
A permanência do museu neste espaço, será sol de pouca dura, três anos depois muda-se para as dependências da Repartição das Obras Publicas, (Edifício do Governo Civil) onde vai ficar até ao início da década de setenta do século XX.
Sobre os anos de permanência do museu no edifício do Conservatório, pouco ou nada se sabe. Com a mudança para o edifício do Governo Civil, pode dizer-se, que começava uma nova etapa da sua história, pois ele irá manter-se neste local aproximadamente 40 anos. Mas também é neste período de tempo, que o museu vai sofrer a sua pior adversidade. Se a morte de Tavares Proença, contribuiu para que o museu andasse ao deus dará nos primeiros anos da sua existência, os roubos de que foi vítima durante a sua estadia nas instalações do Governo Civil, mutilaram profundamente o seu espólio numismático.
Em 1930, (já no edifício do Governo Civil), é aprovado pela nossa autarquia, o primeiro regulamento de funcionamento do museu. É igualmente nomeado nessa altura para Director Conservador; António Elias Garcia, que se irá manter no cargo até 1959. Com novas instalações e com António Elias Garcia no cargo de Director Conservador, pouco ou nada irá mudar. Para o comprovar, aqui ficam algumas palavras de Elias Garcia referente a esse período:
Apertado em, praticamente, duas salas, durante mais te trinta anos, viu-se passar a oportunidade de se instalar na Velha Domus Municipalis, hipótese que fora encarada superiormente, como deixa ver a letra dos citados decretos nº 16578 e 17927, pois com espanto de toda a gente e com o máximo desrespeito pelo que estava determinado, os antigos paços concelhios, eram ocupados, após o seu restauro, por outras repartições”.
Apertado no seu espaço físico, e desprezado pelos responsáveis políticos da nossa cidade durante quase 40 anos, o dia-a-dia do museu era de continuidade em relação ao seu passado.
Perante este espaço tão apertado, começa a alvitrar-se a ideia de nova mudança, ou da construção de um edifício de raiz para nele se instalar o museu. Sobre essa ideia e sobre os seus resultados, falaremos no próximo posts. 

(Continua)

Notícias sobre o museu, publicadas
em antigos jornais da nossa cidade.
O Albicastrense

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