Portados
Quinhentistas de Cidade
de
Castelo Branco
(1979)
Por
Anacleto Martins
RUAS
SITUADAS FORA DA MURALHA
(Continuação)
RUA J. CARLOS ABRUNHOSA
(Antiga
Rua da Ferradura)
São
portados quinhentistas os portados números: 4, 8, 40, 42, e o 46,
com lintel trabalhado com ornatos manuelinos.
TRAVESSA
DA FERRADURA
São
quinhentistas os portados os números: 8, 10, 13, este com ornatos
manuelinos no lintel, e o 15.
RUA
MOUSINHO MAGRO
(Antiga
Rua do Postigo e temporariamente também de Almirante Reis)
Esta
rua situa-se, parte dentro e parte fora do circuito das muralhas e
tem os seguintes portados quinhentistas: 50, 52, 54, 56, 58, 60, e
62.
É
quinhentista o portado número 33.
RUA
DO SACO
(Atual)
São
quinhentistas os portados números: 14, 18, 20, e 22.
DENTRO
DO RECINTO DAS MURALHAS
RUA
DO RELÓGIO
São
quinhentistas os portados, números: 19 e 21, que são geminados, e o
23.
O
edifício correspondente aos números 19 e 21, tem janelas também
quinhentistas e uma delas apresenta lintel trabalhado com ornato
característico da época.
Entre
os números 21 e 23, situa-se, hoje, uma janela que foi também porta
quinhentista.
(Antiga
Praça Velha)
É
quinhentista o portado número 17, que corresponde ao edifício que
foi Celeiro da “Ordem
de Cristo”,
cuja cruz ostenta na fachada que dá para a Praça de Camões e na
fachada da Rua de Santa Maria, ao alto de curiosa escadaria com
balcão a dar para o 1º andar. No rés-do-chão, a ligar dois
compartimentos, apresenta ainda um belo arco de características
românicas.
RUA
DE SANTA MARIA
(Temporariamente,
de Mousinho Magro)
São
quinhentistas os portados geminados, números: 25 e 27; 29 e 31; 36 e
38; 62 e 64; 66 e 68; 71 e 73; 75 e 77; 79 e 81, 120 e 122, e os
portados simples, números: 35; 41; 47; 53; 70, em edifício a que
corresponde, no primeiro andar, uma janela também quinhentista com
adorno original, no lintel; 72; 83; 112; 113; que tem ao lado uma
janela quinhentista – adaptação de um portado da mesma época;
114; 116; 118 e 124.
NOTAS
DE VERÍSSIMO BISPO
(2013)
Rua
João Carlos Abrunhosa
Passados
trinta e três anos após o estudo do padre Anacleto, nada mudou
nesta velha rua da terra albicastrense. Ou seja: os cinco portados
contabilizados por ele, continuam nos seus devidos lugares e em bom
estado de saúde.
Travessa
da Ferradura
Também
nesta rua as coisas não mudaram. Os 4 portados constantes no
referido trabalho, estão de boa saúde.
Rua
Mousinho Magro
Depois
das duas ruas anteriores em que a situação não se alterou em
relação ao trabalho do padre Anacleto, surge a primeira tristeza
neste conjunto de oito ruas.
Dois
dos portados desta rua números 60 e 62, fazem parte de uma velha
casa que já não existe. Ou seja: a velha casa foi mandada abaixo
porque corria o risco de derrocada, porém, os dois portados foram lá
deixados (como
se pode ver numa das imagens colocadas neste post),
para serem colocados na casa quando esta for reconstruída. O pior é
que passados quase dois anos tudo continua na mesma.
Faço
aqui um apelo aos responsáveis pela autarquia albicastrense, para
que “obrigue”
este senhorio a recuperar esta velha casa, pois os velhos portados
não podem continuar na situação em que se encontram. Todos os
outros portados estão bem.
Rua
Tenente Valadim
O
único portado desta rua está de boa saúde.
Rua
do saco
O
padre Anacleto diz-nos no seu trabalho que em 1979 existiam nesta
rua quatro portados, (14, 18, 20 e 22). A situação é hoje bem
diferente: o portado número 14 foi pintado; o número 18 foi mandado
abaixo; o número 22 transformado em janela; apenas o portado número
14 continua de boa saúde. Uma desgraça é o mínimo que se pode
dizer desta pequena rua.
Rua
do Relógio
Os
portados desta rua estão bem, contudo, o mesmo não se pode dizer de
algumas das casas que os albergam.
Praça
de Camões
O
único portado desta Praça está de muito boa saúde. Para quem
ainda não olhou bem para este portado recomendo uma visita.
Rua
de Santa Maria
Confesso
que quando comecei a percorrer esta bonita rua da velha urbe
albicastrense, tive receio do que poderia encontrar, pois os portados
são muitos e o respeito por eles não abunda na terra albicastrense.
Felizmente
os meus receios eram injustificados, pois os portados contabilizados
pelo padre Anacleto, continuam a existir na sua totalidade.
Contudo
não posso deixar de aqui dizer, que muitos dos velhos portados estão
em casas degradadas e onde a vida perece ter sido extinta há muitos
anos.
Terminava
recomendando um visita a uma casa situada nesta rua. Casa que além
de ter um conjunto de belos portados, tem igualmente um lindíssimo
conjunto de janelas.
UM PEQUENO RESUMO DAS OITO RUAS:
Trinta
e três anos depois do trabalho do padre Anacleto, constatei, que
neste conjunto de oito ruas houve “apenas” 1 (UM) portado que foi mandado abaixo, (Rua do
Saco). Contudo, a situação em que muitos deles se encontram é
deveras preocupante, pois muitas das velhas casas em que eles se
situam, estão em péssimas condições.
(Continua)
O
Albicastrense
Que belíssimo roteiro!!!
Quantas vezes passei por elas sem me aperceber ...
Ab,
Amiga Idanhense.
ResponderEliminarNão podia estar mais de acordo.
Abraço
O Morão vai construir um Pavilhão multi-usos na Garage da Beira como fez o Frexes no Fundão.
ResponderEliminarCorrecto.
Caro anónimo
ResponderEliminarSerá!........
Ainda não tinha tinha conhecimento deste novo empreendimento.
Vamos aguardar para sabermos se tal é verdade.
Abraço
Gostaria de saber que informações tem sobre a rua de santa maria. é uma rua com muita história mas não é está a ser bem explorada.
ResponderEliminarSe tiver mais informações poderia mandar-me para o mail sun_bite@hotmail.com
Agradeço-lhe por dar importância a estas temáticas.
Amigo anónimo.
ResponderEliminarComo não tenho dados históricos sobre a rua de Santa Maria, fica aqui o seu pedido para que quem os possa ter o possa ajudar.
Tem razão quando diz: "que esta rua está a ser explorada", contudo, desse mal sofre toda a zona história da terra albicastrense.
Espero que alguém o possa ajudar.
Abraço
O Morão tem a Rua tão explorada até ao tutano. Veja que ainda não tapou buracos.Por favor chamem o Baltazar
ResponderEliminarNão existe 14 nem 16 na Rua do Mercado! Desconfio aliás que o 11 e o 11-A onde morou a Ti Vina não são portados quinhentistas, o 13, onde mora o Tonho Serra admito a possibilidade, assim como no 15 onde morou a Ti Sabel, no 17, onde morou a minha avó é impossível porque a porta e a janela são novas, assim como no 19, onde mora a Ti Maria. Não existe 20, nem 22, nem 24, mas sim 21, 23 e 25, sendo apenas os dois últimos quinhentistas. Creio também que à rua a que chama das "Couves" seja antes Rua poço das Covas. Tirando isto, excelentes publicações :)
ResponderEliminarAmigo SALVA-MESTRE (!...)
ResponderEliminarEm primeiro lugar, o meu bem-haja pelo seu comentário.
Em relação ás questões apresentadas por si, deixe que lhe diga o seguinte:
Quanto aos portados números 14 e 16 que diz não existirem, está enganado. São portados simples em péssimo estado, e ficam no pequeno pátio que agora dá entrada para o miradouro.
O numero 11 é igualmente quinhentista. O número 11-A é descrito pelo Padre Anacleto como quinhentista, contudo, não sei se atualmente ele lá está rebocado e pintado, ou se foi mandado abaixo. O 13 e o 15 também são quinhentistas. Quanto aos 17 e 19 tem razão, é erro meu, aliás, o padre Anacleto não os menciona no seu trabalho, eu é que os lá coloquei erradamente.
Quanto aos números 20, 22 e 24 eles existem mesmo. Eles encontram-se frente à casa que você diz ser a casa, onde morou a sua avó. Por fim, o batismo que eu fiz da Travessa do rua das Covas, para rua das Couves.
Aqui tenho uma explicação. Nesse dia comi um bom cozido, cozido que tinha umas excelentes couves, parece-me que as respectivas couves me subiram à cabeça e me levaram a trocar os nomes.
Mais uma vez, o meu bem-haja pelo seu comentário.
Embora não perceba do assunto, penso que, relativamente à Rua do Saco as conclusões não estão totalmente correctas, a saber: o portado 14 foi transformado em janela, embora mantenha a parte de cima do portado; o portado 18 foi abaixo efectivamente para dar lugar a um portão; o portado 20 parece manter-se intacto e o portado 22 não consegui ver muito bem, mas apesar de pertencer a uma casa aparentemente muito degradada, parece-me que está intacto.
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