terça-feira, abril 02, 2013

ALBICASTRENSES ILUSTRES - XXXI


MANUEL DE OLIVEIRA DA SILVA CASTELO BRANCO

Nasceu em Castelo Branco a 25 de Dezembro se 1802, sendo filho de José da Silva Castelo Branco e de sua mulher D. Antónia do Almorão Capelo e Silva.
Tendo assentado praça com 19 anos, a 5 de Fevereiro de 1821, é nomeado porta-estandarte a 11 de Novembro do mesmo ano.
Passou a oficial em cadete, sendo alferes a 14 de Dezembro de 1825, em Cavalaria 11. Em virtude dos seus ideais liberais, emigrou no mês de Outubro de 1828, pela Galiza, para Inglaterra.
Estando em Plymouth em 1892, dali partiu para os Açores no navio Bolivar, desembarcando em Angra do Heroísmo, na Terceira, a 7 de Março do mesmo ano. Fez parte do exercito liberal que desembarcou nas praias do Mindelo, a 8 de Julho de 1832, sendo promovido a tenente a 26 do mês seguinte.
Toma parte nas açoes que tiveram lugar no sítio do Porto, onde foi gravemente ferido, tendo sido distinguido pelo valor demonstrado com o grau de Cavaleiro da Torre e Espada.
Promovido a Capitão, a 25 de Julho de 1833, está presente na Asseiceira a 16 de Maio de 1834, valendo-lhe a sua actuação nesta batalha, o Oficia-lato da Torre e Espada. Fez parte da Divisão Auxiliar a Espanha, onde esteve em Arminon.
Nomeado Cavaleiro da Ordem de Aviz, foi promovido a major a 1 de Julho de 1844, demonstrando grande zelo na repressão contra as guerrilhas de bandidos e malfeitores, quando comandava a 4ª e 5ª secções Militares da Sub-Divisão de Beja. Por decreto de 20 de Janeiro de 1847 é promovido a Tenente-Coronel do regimento de Cavalaria 8, por distinto comportamento e relevantes serviços na açao de Torres Vedras de 1846.
Distinguido com o grau da Cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, morreu na Acção do Alto do Viso, próximo de Setúbal, a 1 de Maio de 1847, quando à frente dos soltados comandava uma carga de cavalaria, como refere Pinho Leal.
Como militar e cavaleiro, dele ficou uma aura de bravura e intrepidez, de tal modo que Cristóvão Aires na História da Cavalaria Portuguesa, afirma:
Quantos soltados da nossa cavalaria sabem o que representa para a sua arma os nomes, por exemplo, do Marguês de Sá de Bandeira, de Cristóvão Teive, e do Barão de Sicosme, de José da Fonseca, de Simão da Costa Pessoa (Conde de Vinhais), de D. Carlos de Mascarenhas, de Manuela de Oliveira Castelo Branco, de António José da Cunha Salgado e, de tantos outros, que se tornaram ilustres quer nas lides cruentas da guerra ou quer nos profícuos trabalhos da paz? Pois estes nomes, com os factos que os tornaram conhecidos e memoráveis, devem ser decorados”.

Recolha de dados: “Figuras ilustres de Castelo Branco”, de Manuel da Silva Castelo Branco.
O Albicastrense

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