O
ULTIMO CALDEIREIRO
DA
TERRA ALBICASTRENSE
DA
TERRA ALBICASTRENSE
Carlos
Antunes é sem qualquer duvida o últimos dos caldeireiros da terra
albicastrense, ao passar um dia destes pelo rua de S. Tiago, não pude deixar de
entrar na sua oficina e falar um pouco com ele.
Carlos
tem 66 anos, é cadeireiro desde os 12 e corre o risco de ser o último a exercer
esta velha arte na terra albicastrense.
Diz ele,
que a vontade pela arte de caldeireiro herdou-a de seu pai que abriu a oficina
na década de trinta do passado seculo, oficina que depois da morte do pai ele
herdou. Numa entrevista dada ao jornal “reconquista” em 2004, Carlos Antunes,
afirma que o negócio é “Um negócio de família”, explicando que “a arte foi
passando de geração em geração”.
Carlos
lamenta que nenhum dos filhos, nem qualquer outra pessoa lhe queiram dar
continuidade na profissão. Diz ele, que em tempos formou uma turma de jovens no
Centro de Formação Profissional de Castelo Branco, no final, todos os formados
mandaram para o caixote do lixo os seus ensinamentos, pois nenhum seguiu a arte
que lhes ensinou. Segundo Carlos Antunes, “na sua arte não há segredos” mas é
necessário haver “gosto e imaginação por ela”.
Carlos é
um verdadeiro artista, pena é, que a sua arte esteja em risco de extinção, pois
não havendo jovens para lhe dar continuidade na arte, o mais certo é ele ser
mesmo o último dos caldeireiros da terra albicastrense.
Uma
pergunta não pode deixar de aqui ser feita a quem esbanja dinheiros em cursos
de formação profissional da fava, cursos que na quase totalidade das vezes só
servem para dizer que alguém está a fazer alguma coisa:
“Com tantos desempregados no nosso país, porque raio não
se mete na oficina do Carlos dois ou três jovens e depois lhes fornecem
condições para se estabelecerem na arte?”
Responda
quem quiser ou souber, pois este albicastrense à muito que deixou de tentar
compreender os sábios responsáveis pelo sector da formação profissional no
nosso país.
O
ALBICASTRENSE
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