(Continuação)
Fora da cerca, mas já muito antigas, eram duas as ruas ligadas a ocupações
artesanais, a rua das Oleiros e a do Arrabalde dos Oleiros, outra, a dos
Currais, outra, a instalações de recolha de animais, e a do Arrabalde dos
Açougues, à existência de estabelecimentos de matança de rês e venda da sua
carne.
A rua de S. Sebastião e o largo de S. João à localização das Capelas, já
desaparecidas, com estas invocações, a da Ferradura talvez devido à sua forma,
as da Amoreirinha e da Figueira pela razão apontada em relação à do Sobreira e
a do Pina, talvez por nela se situar residência de alguns membros da importante
família daquele apelido.
Mas a cidade foi crescendo, quer ocupando partes do amplo espaço da Devesa,
quer irradiando para mais de que um pólo de crescimento passando três deles a
ser conhecidos pelos nomes das capelas cujos arredores foram ocupando, como os
de S. Marcos, do Espírito Santo da Senhora da Piedade.
Em todos esses espaços foram nascendo novos largos, ruas e travessas e
foram surgindo nomes que os individualizavam: de Santo António, da Sé, das
Damas, dos Prazeres, da Quinta Nova, largo, rua e travessa de S. Marcos,
travessa do Chafariz, largo e rua do Espírito Santo e largo e calçada da
Senhora da Piedade.
Mais tarde, na zona do Montinho ou da Fonte Nova, foi implantada a rua com
este último nome, para ligação ao largo da Sé.
É de supor que muitos destes nomes terão sido atribuídos em seguimento da
recomendação feita à Câmara pelo Governador Civil e referida na ata da sessão
de 17 de Janeiro de 1846.
(Continua)
Ps. Texto retirado do livro, "Castelo Branco, Um Século na Vida
da Cidade", da autoria de, Manuel A. de Morais Martins
O Albicastrense
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