terça-feira, setembro 04, 2018

ZONA HISTÓRICA DA TERRA ALBICASTRENSE


        RUA DE SANTA MARIA

Percorrer esta rua é “castigo” que não outorgo
 a ninguém, todavia, se tivesse uma varinha magica que me permitisse fazer alguma magia, pegava nela e dizia:  “que todos  aqueles que permitiram esta calamidade, percorrem esta rua cem vezes por dia, como penitencia”.  



                                                           O Albicastrense

5 comentários:

  1. Boa tarde amigo
    RUA DE SANTA MARIA - Nesta rua nasci e cresci. Ainda se vê uma das 3 casas que habitei com meus pais e tios. Esta rua, naquele tempo, era a rua de excelência, tinha de tudo: vários sapateiros, uma sapataria,tascas e mercearias,uma colectividade de relevo e que ainda hoje existe, um latoeiro e um caldeireiro,vários alfaiates,modistas,um ferreiro, 2 consultórios médicos, um advogado, uma senhora que fazias bolos caseiros para venda, uma loja de mobílias uma oficina de mármores e granitos e essencialmenteo respeito e consideração entre os moradores, pois ali residiam pessoas com diferentes níveis sociais. Tudo isso desapareceu
    ( até as pessoas ) e do comércio só resta uma tasca e uma associação - O Centro Artistico Albicastrense - colectividade de grande prestígio na cidade, antigamente e hoje. Que belos bailes ali se fizeram e que bons petiscos ali se comeram.
    A degradação está bem identificada pelas fotos e continua pela Rua dos Ferreiros que começa na Praça Luís de Camões e termina na Rua das Olarias ( largo de S. João ).
    Estas duas ruas bem podiam ser um espelho da cidade antiga, mas infelizmente estão no esquecimento do progresso actual. A preservação do original citadino não conta,mas depois surgem festas medievais no original citadino degradado. Mais não escrevo.
    um abraço
    JJB

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Amigo Baptista quem olha nos dias de hoje para o local, nem acredita que um dia toda esta zona já fervilhou como a descreve. mais uma vez obrigado pelo seu testemunho. Abraço

      Eliminar
  2. Boa tarde
    Voltei a pensar na minha rua e ainda me esqueci de referir uma carvoaria, uma cabeleireira, um senhor que morava mais ou menos no nº 40 ou 42 e fazia no verão gelados artesanais que depois vendia nos tradicionais barquilhos na cidade num triciclo e todo vestido de branco.Na altura eram uma maravilha. No inverno vendia castanhas. Havia ainda um forno para utilização pública para coser o pão, bolos e assados, forno esse que segundo constou a Camara adquiriu-o para recuperação. Foi essa a noticia que circulou. A recuperação não existuiu até hoje, o local lá continua e possivelmenteo o proprietário nem sabe da sua existência. As traseiras do velho Cine Teatro Vaz Preto dava para essa rua com saída aos frequentadores da Geral. Agora parece ser tudo sobre esta RUA.
    Um abraço
    JJB

    ResponderEliminar
  3. Andei na Escola do Castelo e lembro-me bem da vida que fervilhava naquelas ruas todas. Hoje a zona histórica está praticamente desabitada, as lojas acabaram, os moradores morreram ou foram para outro lado. Os supermercados nas grandes superfícies arruinaram o comércio tradicional e agora já podem vender o que querem aos preços que querem. Claro, ficam em geral localizados onde antigamente era campo e tem de se ir lá de carro, tudo muito longe. Como na zona histórica não há grandes possibilidades de estacionar os automóveis não é prático morar ali e ir fazer compras, tão longe para ir a pé. Depois vieram também as leis com asaes e máquinas especiais de facturar, que fizeram fechar o resto de algumas lojas que ainda havia. A cidade deslocou-se para antigos arredores, onde havia hortas, olivais e terrenos de cultivo em mimosas quintas. É a vida. Conclusão: o antigo centro histórico da cidade morreu e não vai ressuscitar. Haverá que intervir para o reanimar da forma mais adequada.

    ResponderEliminar
  4. Evolução dos tempos, o que não quero dizer, que tenha de morrer assim. Terá que haver outras formas de reactivar aquelas ruas:- Agreminações várias, residências para estudantes, etc. etc.. O que a Câmara podia fazer em colaboração com os proprietários, seria alterar o seu aspecto exterior, dando uma pintadela nos prédios que mais precisam e multar drásticamente todos os que fazem de determinados locais, caixote do lixo. Há dias passei por uma rua dessas e até colchões velhos havia.

    ResponderEliminar

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12 "ÙLTIMA")

Última publicação do excelente trabalho que António Roxo publicou em antigos jornais da terra albicastrense.   “O Espaço da vida polític...