segunda-feira, janeiro 20, 2020

O BURRINHO DA QUINTA DA MAGRE

O BURRINHO QUE SUBIA A AVENIDA MARECHAL CARMONA,
EM DIREÇÃO AO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS.

Os postes sobre o velhinho chafariz de S. Marcos, são por vezes motivo de agradáveis recordações para quem os lê.
Hoje ao fazer compras num hipermercado da terra albicastrense, fui confrontado por um velho amigo sobre uma história relacionada com o velho chafariz, dizendo-me ele, se não me recordava do burro dos dois irmãos da quinta da Magre.
Perante o meu entorpecimento da história do burro, ele recordou-ma: a quinta da Magre ficava ao lado da quinta da Messe, pelo meio delas passava a antiga estrada que começava no final da avenida que hoje chamamos de Humberto Delgado, em direção aos Escalos.
Disse-me o meu amigo, que a quinta da Magre era de dois irmãos carroceiros (o que faz fretes com carroça). Acontece que na quinta da Magre os burros tinham o respetivo palheiro, local onde estavam quando os donos não tinham trabalho para eles.
Segundo o meu amigo, um dos burros era motivo de admiração na terra albicastrense, pois todos os dias um dos burros fazia um interessante e agradável passeio. Saía da quinta de manhãzinha, subia a Avenida que na altura se chamava de Marechal Carmona (hoje Humberto Delgado), entrava na rua Francisco Tavares Proença Júnior, e virava à direita prá rua de S. Marcos em direção ao chafariz de S. Marcos. 
Chegando lá, engolia água do tanque até se fartar, descansava e depois fazia o caminho de regresso até a quinta da Magre, tudo isto, perante a admiração das pessoas que contemplavam este esperto burro. Tal como disse anteriormente, não tenho memórias desta curiosa história, todavia, lembro-me muito bem das quintas. Na quinta da Messe comi muitos e bons figos, pois eles estavam mesmo a mão de semear para quem passava rente ao muro da quinta.
PS Se alguém tiver conhecimento desta ou de outras histórias
ligadas ao nosso chafariz, pode coloca-las aqui.
O ALBICASTRENSE

11 comentários:

  1. Carlos Louro
    Boas recordações e grandes e valentes passagens... "Bom dia Ti Messe. Bom dia meu filho. Passa depressa que eu tenho um corno a arder ali no cabeço e não se pára com o cheiro... É para aquela puta ali da frente. Passa depressa". As melhores... É melhor não contar.
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  2. Abílio Valente Carlos
    Louro não é Messe era Messie amigo Louro.
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    1. António Veríssimo Bispo
      Carlos eu também a conheci como deves calcular. Ela tinha mesmo o nome de Messe, tal com a quinta à qual nos chamávamos a quinta da Messe.
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    2. Abílio Valente
      António Veríssimo Bispo perguntem aos netos Carlos e Aurélio.
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  3. Manuel Fevereiro
    Lembro-me bem da duas Quintas. A D. Messe que era casada com um Policia reformado. e tinham uma Carvoaria e uma taberna. Eu atravessava muitas vezes ( quando a D. Messe deixava) do lado da Estradas dos Escalos onde eu morava , para a Rua de Nª Sª De Mércules para ir para a Escola do Cansado. No tempo das melancias a D. Messe,vendia numa barraca que fazia junto do portão que dava para A Rua de Nª Sª de Mércules. Na quinta da Megre ia buscar tomates, para a Mercearia Inácio, onde trabalhei.. Boas recordações.
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  4. Carlos Louro
    "Messe" era o nome da senhora da quinta a que dávamos o mesmo nome. De origem ribatejana, esposa do Ti Simão. Senhora carismática, castiça e popular, muito à frente para aqueles tempos. A simpatia em pessoa com um grande coração para quem a conhecia. Com pêlo na venta quando lhe chegava a mostarda ao nariz. Tive o privilégio de conhecer a Ti Messe e a sua simpatia e ouvir o seu riquíssimo vocabulário quando se zangava. Boa gente, avós de gente boa, nossos amigos por ai.
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    1. Carlos Louro
      Boas recordações e grandes e valentes passagens... "Bom dia Ti Messe. Bom dia meu filho. Passa depressa que eu tenho um corno a arder ali no cabeço e não se pára com o cheiro... É para aquela puta ali da frente. Passa depressa". As melhores... É melhor não contar.
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    2. Manuel Fevereiro
      Quando a D. Mécia ( Messe para nós miúdos na altura) não me deixava passar da Estrada dos Escalos ou vice versa , eu dizia " Não volto a comprar rifas e o carvão vou comprar no Inácio , Ela dizia: passa mas que seja a última vez kkkk
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  5. Manuela Romão
    Obg Sr Veríssimo pelas lembranças que nos traz, eu não me lembro, mas gostei de saber.
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  6. António Manuel Lalanda
    Lembro-me da construção da Avenida Marechal Carmona e das muitas hortas que havia onde foi construída. Das quintas ao fundo da Av por onde corria uma ribeira também me recordo, agora a história do Burrinho é a primeira vez que oiço. Bem haja António Veríssimo Bispo
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  7. Alvaro Reis
    Ainda me lembro de a calçada à volta do chafariz ser como na foto.
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