O ÚLTIMO DOS IRMÃOS
FREI BARTOLOMEU DA FONSECA
(Inquisidor geral do Santo Oficio)
No seguimento das publicações sobre Frei Roque do Espírito Santo, Frei Egídio da Aposentação e Diogo da Fonseca, segue-se o último dos irmãos, Frei Bartolomeu da Fonseca.Frei Bartolomeu da Fonseca doutor em Cânones pela Universidade de Coimbra e
o primeiro colegial de São Paulo. Bartolomeu da Fonseca foi o terceiro filho de
Francisco Martins da Costa e o segundo de Perpetua da Fonseca, (segunda
esposa), nasceu em Castelo Branco entre 1530/38 e terá falecido por
volta de 1620. Fez os seus estudos no real colégio de São Paulo de Coimbra, e ali foi o
primeiro colegial que entrou por oposição, quando D. Sebastião o fundou
novamente, tendo inclusivo chegado a reitor deste mesmo colégio.Começou a sua carreira servindo em Coimbra em 1579 com o cargo de deputado
do Santo Oficio, por altura em que D. Sebastião e o Cardeal Infante
D. Henrique, então inquisidor-mor, ali estabeleceram a inquisição. Nomeado com 30 anos inquisidor em Gôa, (segundo o seu testamento, contra a
sua vontade), permaneceu ali onze anos, onde exerceu os cargos de inquisidor e
deputado da mesa da consciência, em Gôa perseguiu, julgou e condenou os
chamados cristãos novos. Durante os anos que esteve em Goa promoveu muitos autos
da fé (1) ”quasi todos os annos”,
(segundo palavras suas)Chamado por El Rei a Lisboa serviu na inquisição como inquisidor no tempo
do Principie Alberto, que era o inquisidor Geral. Foi mandado para Coimbra para
compor discórdias entre os inquisidores e a câmara, Bartolomeu da Fonseca
abreviou despachos, fez autos da fé, e pacificou as discórdias (!), (mais uma
vez segundo palavras suas).Durante aproximadamente cinco anos, esta personagem, (que eu designaria
de maligna), esteve na corte Portuguesa, (segundo ele) tendo durante esse
tempo conseguindo destruir e rebater as maquinações dos sediciosos fazendo com
que El Rei ficasse “mui satisfeito” com os ministros da inquisição em Portugal. Segundo livro publicado em 1905 (2) por Victor Ribeiro, Bartolomeu da
Fonseca terá feito três testamentos, um em 1595 outro em 1617 e por fim o
ultimo em 1620,Em 1605/6 após uma queda em Castela, e estando em perigo de vida, pediu licença
para se retirar da corte, tendo vindo para Castelo Branco. Foi então chamado a
Lisboa por El Rei, para que fosse residir no Santo Oficio. Nas pesquisas feitas mandadas fazer por Victor Ribeiro ao Padre Manuel
Duarte Preto em Castelo Branco, não foi encontrado qualquer documento
comprovativo de que ele esteja sepultado na Capela dos Fonsecas, na sacristia
do Convento da Graça, porém, foi possível assegurar-se que ali se encontram os
seus despojos, assim como os do irmão Diogo e seus descendentes.(1) -
Os autos da fé consistiam em cerimónias mais ou menos
públicas onde eram lidas e executadas as sentenças do Tribunal do Santo Ofício,
(sentenças de morte na fogueira ou
tortura por todos os meios, o fanatismo era tal que nem Garcia da Horta escapou a tal
monstruosidade, foi condenado post-mortem
em 1580 pelo Tribunal do Santo Ofício pelo “crime de judaísmo”, os
seus ossos foram desenterrados e queimados);(2) – O livro “Os testamentos do
Inquisidor Bartolomeu da Fonseca”, por Victor Ribeiro, pode ser consultado
na Biblioteca Alberto Beneviste. O Albicastrense
FREI BARTOLOMEU DA FONSECA
(Inquisidor geral do Santo Oficio)
No seguimento das publicações sobre Frei Roque do Espírito Santo, Frei Egídio da Aposentação e Diogo da Fonseca, segue-se o último dos irmãos, Frei Bartolomeu da Fonseca.
Frei Bartolomeu da Fonseca doutor em Cânones pela Universidade de Coimbra e
o primeiro colegial de São Paulo. Bartolomeu da Fonseca foi o terceiro filho de
Francisco Martins da Costa e o segundo de Perpetua da Fonseca, (segunda
esposa), nasceu em Castelo Branco entre 1530/38 e terá falecido por
volta de 1620. Fez os seus estudos no real colégio de São Paulo de Coimbra, e ali foi o
primeiro colegial que entrou por oposição, quando D. Sebastião o fundou
novamente, tendo inclusivo chegado a reitor deste mesmo colégio.
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