UMA ENORME INSTITUIÇÃO DA TERRA ALBICASTRENSE,
A QUEM TODOS DEVEMOS MUITO.
Em 1891
o Dr. Hermano José das Neves Castro e Silva, a convite do então provedor,
publicou a primeira monografia da Misericórdia de Castelo Branco.
Em 1958 José Lopes
Dias por altura do 5º centenário da Rainha Leonor de Lencastre, reeditou a publicação
com prefácio e notas da sua autoria.
Tenho a edição de
1958 (adquirida por mim numas das feiras de velharias realizadas em Castelo
Branco), livro onde José Lopes Dias dá a conhecer no prefácio da obra, quem foi
H. Castro e Silva. Para que a memória de H. Castro e Silva não se desvaneça
aqui ficam alguns dados sobre ele.
A
MISERICÓRDIA DE CASTELO BRANCO
APONTAMENTOS
HISTÓRICOS – 1891.
(H.
CASTRO E SILVA)
Parte do prefácio da 2ª edição: Hermano José das Neves
Castro e Silva, foi clínico muito querido e respeitado, nesta cidade,
popularmente conhecido pelo “Dr. Hermano”. Aqui realizou a sua mensagem de médico
distinto e benemérito, cidadão considerado e digno, investigador de antigualhas
e escritor, numa palavra, um grande médico e um verdadeiro homem. Nascido na vila do
Fundão, a 1 de Agosto de 1846, a vida pública e profissional decorreu-lhe quase
inteiramente em Castelo Branco.
Era filho de Manuel Joaquim da Silva, daquela
vila e de D. Carolina Josefina Amália da Silva, da Pampilhosa. Casou com D. Felícia
Leopoldina Robalo e Silva, sua digníssima companheira; e faleceu nesta cidade
com, 47 anos de idade.
Profissional
infatigável, consumiu-se no combate à doença, tendo desempenhando alguns cargos
políticos como vogal da Junta Geral, de 1879 em diante. Bondoso e esmoler,
gozava da maior simpatia popular que igualmente abrangia a esposa D. Felícia. Incumpria-o o provedor
e amigo Caldeira Pedroso, de rebuscar alguns documentos necessários ao esclarecimento
de uma questão da Misericórdia, em juízo, e o seu fino espírito, naturalmente,
tomou gosto à devassa das coisas longínquas do passado, dispondo-se a ressuscita-las
em toda a curiosidade e exactidão.
Assim trouxe a público a monografia da Misericórdia,
por certo a mais escrupulosa obra de história publicada em Castelo Branco, mas
sobreviveu apenas alguns meses a esta gloria.
Um percalço fatal da sua actividade clínica contaminou-o duma terrível infecção da época, a gangrena gasosa, vulgarmente designada erisipela negra ou bronzeada. O desenlaço inesperado causou a maior consternação, desencadeando sucessivas manifestações de sentimento e de saudade. A cidade em peso, acompanhou-o, na última jornada, ao jazigo da família Caldeira Pedrosa.
Um percalço fatal da sua actividade clínica contaminou-o duma terrível infecção da época, a gangrena gasosa, vulgarmente designada erisipela negra ou bronzeada. O desenlaço inesperado causou a maior consternação, desencadeando sucessivas manifestações de sentimento e de saudade. A cidade em peso, acompanhou-o, na última jornada, ao jazigo da família Caldeira Pedrosa.
O ALBICASTRENSE
Sem comentários:
Enviar um comentário