A TERRA ALBICASTRENSE NO PASSADO
A Feira mais antiga da memória
da cidade é identificada em 1390. Por esta época, o movimento mercantil
desenvolvia-se e tinha o seu assente no interior e cercanias do castelo
ressaltando a Rua do Mercado, topónimo ainda hoje existente. Mais tarde,
descendo pela Rua Nova, permanece durante séculos no Largo da tradicional Praça
Velha.
O desvio da vida ativa, para
fora das muralhas, os locais de vendas comerciais, andaram em redor da Igreja
da Sé até, que aos poucos e poucos, passando pelo atual Largo de Rei D. José,
foram parar ao largo da Devesa onde se mantiveram, muito além dos anos 50.
Com o crescimento da atividade
comercial na cidade, intimamente relacionada com a situação geográfica de
transição Norte/Sul, Leste/Oeste, juntamente com o movimento de muitas outras
atividades de produção, únicas na região nasceu em 1420, por mandado de D. João
I, uma feira com a duração de 15 dias, da segunda metade de abril até ao
primeiro dia do mês de maio.
Duzentos anos depois – 1641,
uma outra feira é criada no dia de S. João. Com o decorrer das necessidades
prementes das trocas comerciais nasceram, no período de 1641 a 1760, mais
quatro feiras, que se realizavam nas seguintes datas e meses: 12 de maio, 25 de
abril, 2 de agosto e 4 de outubro.
Este clima de profusão de
feiras teve retrocessos, com a extinção de algumas. Em 1762, realizavam-se em
Castelo Branco um mercado, no primeiro domingo de cada mês, variando o dia da
semana com o decorrer dos anos.
Em 1848, nova feira aparece de
1 a 4 de janeiro. Nem sempre foi pacífica e a
existência do local das feiras e mercados.
Conhecem-se alguns distúrbios,
intimamente ligados ou à cobrança exagerada de impostos ou à competição, por
vezes selvagem, de um mercado livre em demasia.
Existe documentação municipal
e outra, que informa de algumas intervenções das forças da ordem. A tolerância
das necessidades da subsistência da comunidade albicastrense, nem sempre foi
tomada na devida consideração pela instituição municipal.
Nos dias de hoje os mercados
realizam-se à segunda-feira, depois de muitas lutas e alterações e as feiras,
têm as seguintes datas: 6 de Janeiro, 30 de Agosto, 4 de Outubro e 18 de
Dezembro.
Hoje, as feiras perderam muito
ou quase tudo da sua dinâmica inicial.
As facilidades do incremento
comercial ditaram, à sua quase totalidade, a sentença de morte. As que hoje ainda existem, vão
passando, por meros movimentos turísticos desta ou daquela região, completamente
afastadas das necessidades, onde tiveram origem.
Da memória das feiras e
mercados na cidade de Castelo Branco restam o Largo da Devesa, o Velho Mercado
Municipal, que o tufão acelerou o desaparecimento e o famoso vendedor de
melancias da Devesa, durante mais de 50 anos, o Tio Carriço. Esta figura, muito
popular na cidade, tinha uma maneira singular de escolher as boas melancias,
pela ponta de uma vara e enorme orgulho, em vender com mais de 20 quilos. Hoje,
com a aceleração da industria agrícola e a uniformidade quê se quer dar ás melancias, todas do mesmo tamanho e parecidas como os ovos de avestruz, o Ti
Carriço diria: "estas não valem uma parrachica".Recolha de dados históricos: "Castelo Branco Antigo" da autoria de Ernesto Pinto Lobo.O ALBICASTRENSE
O desvio da vida ativa, para fora das muralhas, os locais de vendas comerciais, andaram em redor da Igreja da Sé até, que aos poucos e poucos, passando pelo atual Largo de Rei D. José, foram parar ao largo da Devesa onde se mantiveram, muito além dos anos 50.
Com o crescimento da atividade comercial na cidade, intimamente relacionada com a situação geográfica de transição Norte/Sul, Leste/Oeste, juntamente com o movimento de muitas outras atividades de produção, únicas na região nasceu em 1420, por mandado de D. João I, uma feira com a duração de 15 dias, da segunda metade de abril até ao primeiro dia do mês de maio.
Duzentos anos depois – 1641, uma outra feira é criada no dia de S. João. Com o decorrer das necessidades prementes das trocas comerciais nasceram, no período de 1641 a 1760, mais quatro feiras, que se realizavam nas seguintes datas e meses: 12 de maio, 25 de abril, 2 de agosto e 4 de outubro.
Este clima de profusão de feiras teve retrocessos, com a extinção de algumas. Em 1762, realizavam-se em Castelo Branco um mercado, no primeiro domingo de cada mês, variando o dia da semana com o decorrer dos anos.
Em 1848, nova feira aparece de 1 a 4 de janeiro. Nem sempre foi pacífica e a existência do local das feiras e mercados.
Conhecem-se alguns distúrbios, intimamente ligados ou à cobrança exagerada de impostos ou à competição, por vezes selvagem, de um mercado livre em demasia.
Existe documentação municipal e outra, que informa de algumas intervenções das forças da ordem. A tolerância das necessidades da subsistência da comunidade albicastrense, nem sempre foi tomada na devida consideração pela instituição municipal.
Nos dias de hoje os mercados realizam-se à segunda-feira, depois de muitas lutas e alterações e as feiras, têm as seguintes datas: 6 de Janeiro, 30 de Agosto, 4 de Outubro e 18 de Dezembro.
Hoje, as feiras perderam muito ou quase tudo da sua dinâmica inicial.
As facilidades do incremento comercial ditaram, à sua quase totalidade, a sentença de morte.
Da memória das feiras e mercados na cidade de Castelo Branco restam o Largo da Devesa, o Velho Mercado Municipal, que o tufão acelerou o desaparecimento e o famoso vendedor de melancias da Devesa, durante mais de 50 anos, o Tio Carriço. Esta figura, muito popular na cidade, tinha uma maneira singular de escolher as boas melancias, pela ponta de uma vara e enorme orgulho, em vender com mais de 20 quilos.
Recolha de dados históricos: "Castelo Branco Antigo"
da autoria de Ernesto Pinto Lobo.
O ALBICASTRENSE
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