sábado, outubro 05, 2024

ANTIGAS FONTES E POÇOS DA TERRA ALBICASTRENSE - (II)

 A NOSSA HISTÓRIA

(Continuação)
As fontes públicas mais antigas de que há notícia são as da Feiteira, do Penedo, do Torneiro, o Chafariz da Graça e da Defesa que tem atualmente a designação de Chafariz de S. Marcos.
Em sessão de 7 de abril de 1655, determinou a Câmara Municipal, que todo aquele que na Fonte da Feiteira ou na do Penedo lançasse pedra ou molhasse palha pagaria dois mil reis da cadeia e qualquer pessoa poderia acoimar com uma testemunha.
As fontes da Feiteira e do Penedo desapareceram, tendo-se tornado difícil saber hoje, a sua localização. Na mesma sessão da Câmara também se deliberou o seguinte: “Toda a pessoa de qualquer qualidade que seja que na Fonte do Torneiro lançar gato ou cão ou raposa ou outro qualquer bicho pagará quatro mil réis da cadeia e toda a pessoa que tirar algum bordo da dita fonte pagará seis mil réis da cadeia e lançando pau ou pedra pequena pagará quinhentos réis e, sendo filho-família, o que fizer alguma das coisas sobre ditas pagará seu pai por ele a condenação”.
A Fonte do Torneiro, também desaparecida, estava adjacente ao muro de vedação da Quinta da Carapalha em cujas imediações está atualmente a Estação do Caminho de Ferro. Em sessão de 18 de agosto de 1790 determinou a Câmara Municipal que se obrigasse uma pessoa de cada casa a limpar as fontes da Graça, da Pequeixada, da Devesa, do Tostão e da Fonte Nova “com pena de um tostão aplicado para a mesma limpeza, indo pessoas capazes de trabalhar que retirarão o entulho para longe”. Verifica-se, pois, que no fim do século XVIII havia, além das fontes citadas, mais a da Pàqueixada, da Devesa e a do Tostão e já existia também a Fonte Nova.
A Fonte da Pàqueixada, estava na confluência da atual Alameda de Salazar, (hoje 2010 Alameda da Liberdade) com a rua de D. Dinis em que foi transformado o antigo beco da Pàqueixada. Era um poço com grande abundância de água salobra que, segundo tradição possuía as virtudes de curar a inflamação dos olhos e de fazer despegar as sanguessugas da boca dos animais.
A Fonte do Tostão, era um poço circular situado na serra da Cardosa, nas proximidades do local onde existiu a Capela de S. Gens. A água deste poço era apreciada como uma das melhores de Castelo Branco. A Fonte Nova, ao nordeste da cidade, era um poço de grande caudal cuja água era utilizada como boa para usos domésticos.
(Continua) 
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1958. Autor: 
Manuel Tavares dos Santos.
O ALBICASTRENSE

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