segunda-feira, setembro 22, 2025

ANTIGOS JORNAIS DA TERRA ALBICASTRENSE

 JORNAIS DA MINHA TERRA

            UM POUCO DO SEU PERCURSO AO LONGO DOS TEMPOS (V)
                                                        (1846/1945)

  (Continuação)
Em 1924 publicava-se às quintas-feiras a “Ação Regionalista”. teve como seu diretor e editor; Manuel Pires Bento. Segundo consta, este periódico foi um verdadeiro defensor dos interesses regionais (que sempre estiveram acima dos interesses de partidos políticos).
O redator principal era; António Trindade. Foram fundadores; Albano Ramalho, António Trindade, Artur Silva, Francisco Marques Maia, Jaime Lopes Dias, João Eloy Nunes Cardoso, João Lino, João Matilde Xavier Lobo, João Mourato Grave, João Rodrigues Marques, José Martins Cameira, José Sena Esteves, Manuel Paiva Pessoa e Manuel Pires Bento. Com uma equipe tão ilustre não admira que a sua voz fosse escudada e as opiniões discutidas. Em 1927 anunciaram que se suspendiam temporariamente, reaparecendo assim que as circunstancias permitissem, dizendo que continuará a ser o que sempre foram. Foi este jornal que mais lutou pela via férrea Castelo Branco – Placência - Madrid. 
Em 1928 era seu diretor e editor; João Madilde Xavier Lobo, tendo como redator principal; José Lopes Dias e como secretario; João Mourato Grave. Terminou em 1931, mantendo sempre a feição regionalista.
Nota: Em 1931, (sete anos depois do seu aparecimento) esfumou-se da vista e da memória dos albicastrenses.Sem periodicidade fixa, saiu em 1924 o primeiro número do jornal; “Centro Artístico”. Era seu diretor e editor; Joaquim dos Santos Chita. Como administrador; Joaquim da Anunciação Morcela. Não se sabe quantos números saíram.
Nos meios académicos apareceu em 1926 “A Academia”. Era uma publicação quinzenal dirigida por; Vicente Rodrigues G. Cadete. Administrado por; João Vieira Pereira. Tinha como redatores; Alberto Trindade, Baltazar Alberto e José de Matos Ratinho. Era impresso em Leiria.
Em 1926 aparece o jornal; “A União” fundado por três professores de Liceu; José de Oliveira, Francisco Lopes Subtil e António do Rosário. Era um jornal semanário pertencente à União Liberal Republicana. Aparecem como fundadores; António Gonçalves, António Guilhermino Lopes, António Francisco Subtil, João António da Silveira, João Pires Marques e José de Oliveira. Era impresso na Covilhã.
Nasceu em 1927 o jornal; “A Era Nova”. Tinha como lema a defesa e propaganda do nosso distrito. Aparece como seu diretor; António Crucho Dias. Redator e editor; Eurico Salles Viana. Como administrador; José António da Conceição. Declara-se integrado no pensamento que presidiu ao movimento de 28 de Maio e tornou-se órgão das comissões administrativas da Junta Geral, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia do distrito de Castelo Branco.
Nota: Nas minhas pesquisas na biblioteca albicastrense, li alguns exemplares deste jornal e confesso que gostei bastante do que li. O seu fim deu origem ao aparecimento do jornal Beira Baixa.
A 12 de Abril de 1937 aparece a público um dos jornais que durante mais tempo se publicou em Castelo Branco (1937/1975), “A Beira Baixa”.
Tinha como lema no seu primeiro número; “Pelo estado novo e pela ordem e propaganda da província de Beira Baixa”. No cabeçalho trazia como diretor e editor; António Rodrigues Cardoso. Administrador e proprietário; José Portela. Feij Tinha redação na rua; Alfredo Keill em Castelo Branco. 
Nota: Tal como disse anteriormente, este jornal sucedeu ao jornal Era Nova. Pode dizer-se que seguiu a linha do seu antecessor e que só o 25 de Abril de 1974, o derrubou.
---------------------------------------------------------------------------------------------
A 13 de maio de 1945, surge, O  jornal; “Reconquista”. Jornal que irá tornar-se o verdadeiro dinossauro dos jornais albicastrenses. Tem como seu primeiro diretor; o Padre Albano da Costa Pinto e como redator principal; Duque Viera. Era seu editor; o comerciante Francisco Vilela, sendo composto e impresso na Tipografia Semedo, em Castelo Branco.
Tinha por princípio e como estatuto redatorial o seguinte texto: “O bem comum é o nosso programa e o nosso fim, Interessa-nos tudo de que possa resultar algum benefício para a coletividade, quer a pequena coletividade local quer a grande coletividade nacional. Como normas permanentes do nosso pensar e sentir, estão os princípios eternos do cristianismo”. 
Por este passaram grandes homens, entre eles destacava (como não podia deixar de ser) o padre Anacleto Pires da Silva Martins, homem que tive a honra de conhecer. Tem nos dias de hoje como diretor; José Júlio Cruz.
Nota: Um jornal com história na história da nossa cidade, e acima de tudo, um autentico dinossauro na imprense regional no nosso pais. Falar na imprensa regional e não falar da reconquista, é quase um pecado morta. Resta acrescentar, que o jornal comemorou em 2025 o seu 80º aniversario. 
FIM
PS. Os dados constantes nos postes; “Velhos jornais da minha terra”, foram recolhidos em antigos jornais, (e atuais) da nossa cidade, assim como em publicações que se encontram na biblioteca albicastrense.
O ALBICASTRENSE

Sem comentários:

Enviar um comentário

ANTIGOS JORNAIS DA TERRA ALBICASTRENSE

  JORNAIS DA MINHA TERRA             UM POUCO DO SEU PERCURSO AO LONGO DOS TEMPOS (V)                                                       ...