Museus regionais fora
Da
Rede Portuguesa de MuseusIsabel Pires de Lima, Ministra da Cultura afirmou durante o debate do Orçamento
de Estado para 2007, na Assembleia da Republica, ser intenção do governo remeter para as Câmaras Municipais a gestão dos museus nacionais que têm uma linha marcadamente regional.
Ouvido pela Agência Lusa Joaquim Morão o Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco (Socialista) disse desconhecer as afirmações de Isabel Pires de Lima.
Joaquim Morão, afirmou ainda defender a continuação do Museu Francisco Tavares Proença na rede Portuguesa de Museus, adiantando “só estamos disponíveis mediante condições que não sejam prejudiciais para a Câmara”
O Presidente da Câmara, assegurou ainda que a autarquia iria estar atenta a futuros desenvolvimentos sobre o assunto.
O Presidente da Câmara da Guarda (Socialista) pronunciou-se igualmente sobre o assunto tendo afirmado aceitar a gestão do Museu da cidade, desde que a medida seja acompanhada por “transferências financeiras” tendo acrescentado ainda que por “principio não achava mal, acho até muito bem”, afirmou o autarca há agência Lusa.
O engraçado neste problema, (se for possível dar alguma graça a este assunto), não é o governo querer entregar às referidas autarquias a gestão dos Museus em causa, (pois deste governo os Portugueses bem podem esperar sentados algo de bom), mas antes as reacções dos Presidentes das Câmaras sobre o assunto em causa.
Qual é a parte do bolo que nos vai calhar?
É caso para aqui lembrar uma velha canção: ”money, money, money”…
Meus senhores não seriam mais lógico perguntar-se desde logo, será que as referidas instituições, assim como as populações locais, ficam melhor servidas com a integração dos Museus nas suas autarquias?
Ou será que as medidas do governo (PS) a que pertencem são mais importantes que os interesses das populações que juraram defender?
O silêncio sobre o assunto é total, a discussão entre os responsáveis culturais do burgo é silenciosa, podendo até dizer-se que o silêncio é de ouro. Atrever-me-ia a dizer que depois das medidas tomadas e aplicadas pelo MC iremos com certeza protestar silenciosamente.
Como já aqui afirmei por diversas vezes, trabalhei no Museu Francisco Tavares Proença Júnior ao longo de 27 anos, e durante esse tempo assisti a muita “merda” vinda de Lisboa e dos seus mentores culturais. Durante esses mesmos anos existi igualmente ao trabalho cultural desenvolvido pelas várias vereações da nossa autarquia, podendo expressar que também aqui, a cultura é filha bastarda do orçamento.
Gostaria no entanto de aqui ressalvar algum trabalho feito pela actual vereação da Câmara Municipal de Castelo, que considero positiva.
Perante tal cenário qual a resposta dos albicastrenses quanto ao futuro do seu museu? Comente e dê a sua opinião!