Nasceu em Castelo Branco por meados do século XV e nesta vila faleceu em 1515. Conhecem-se os nomes dos pais: Rui Gonçalves de Castelo Branco e Guiomar Vaz de Castelo Branco. Fidalgo da casa de D. Manuel I, militou pelo norte de África e regressando a Portugal, não consegue obter do Paço, cabal satisfação às suas pretensões. Desiludido com a mesquinhez duma vivência palaciana, regrada por dependências que lhe tolhiam a liberdade do espírito, regressa a Castelo Branco em 1512.
Fez parte da corte do rei D. Afonso V, tendo ocupado o cargo de contador, na Guarda. Celebrizou-se pela cantiga “Senhora, partem tão tristes”, de carácter amoroso, conservam-se algumas composições suas no cancioneiro geral de Garcia de Resende.
A sua obra estendeu-se também a outros temas, como a presença portuguesa no norte de África ou questões morais relacionadas com o desprezo pela vida na corte, mais tarde retomado por Sá de Miranda. É notável a perfeição formal e a riqueza estilística de que deu provas noutros poemas também reunidos no Cancioneiro Geral.
João Rodrigues de Castelo Branco, como era seu nome encontra-se sepultado na capela-mor da Igreja de Santa Maria do Castelo, de Castelo Branco, em campa armoriada da família da esposa.
Fez parte da corte do rei D. Afonso V, tendo ocupado o cargo de contador, na Guarda.
A sua obra estendeu-se também a outros temas, como a presença portuguesa no norte de África ou questões morais relacionadas com o desprezo pela vida na corte, mais tarde retomado por Sá de Miranda.
João Rodrigues de Castelo Branco, como era seu nome encontra-se sepultado na capela-mor da Igreja de Santa Maria do Castelo, de Castelo Branco, em campa armoriada da família da esposa.
Cantiga partindo-se....
Senhora, partem tão tristes
Meus olhos, por vós, meu bem,
Que nunca tão tristes vistes
Outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
Tão doentes da partida,
Tão cansados, tão chorosos,
Da morte mais desejosos
Cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes os tristes,
Tão fora de esperar bem,
Que nunca tão tristes vistes
Outros nenhuns por ninguém.
PS. Dados históricos retirados do
livro: "Autores nascidos no distrito de Castelo Branco" da
Autoria de António Forte Salvado.
Albicastrense
Para quando outro volume, recolhidos pelo Mestre António Salvado, destes magníficos e tão desconhecidos autores nascidos em Castelo Branco?
ResponderEliminarCaro anónimo tem toda a razão do mundo quanto aos magníficos desconhecidos.
ResponderEliminarQuanto ao Dr. António Forte Salvado ele não para, o meu desejo é que continue por muitos e muitos anos a fazer aquilo que gosta de fazer: "ESCREVER".
Adorei saber da historia desse albicastrense e, tambem de reler esse lindo poema.
ResponderEliminarLindo poema!!
ResponderEliminarTemos de ter orgulho nos nossos poetas.